Nota do presidente do Diretório Estadual do PT, Augusto Lobato em que reafirma decisão do Encontro de Tática Eleitoral, no qual o partido negou apoio a candidatura de Eliziane Gama, de nada adiantou e acabou tornando pública a fragilidade do Partido dos Trabalhadores e a submissão ao governador Flavio Dino.
Ao manifestar-se claramente contra a candidatura da trabalhadora rural Adriana Almeida, presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores – CUT, o PT se decidiu pela coligação com o PCdoB para o senado, acatando o nome de Eliziane Gama, que juntamente com o deputado federal Wewerton Rocha, serão os candidatos apoiados pelo PT.
O presidente Augusto Lobato, depois de ter fritado o nome da companheira Adriana Oliveira, deveria ter ficado calado, o que seria bem mais prudente diante do vexame publico de ter que engolir a candidatura de Eliziane Gama, que foi empurrada goela abaixo pelo governador Flavio Dino, o que não deve ter sido de muito sacrifício, uma vez que o jogo estava com cartas marcadas.
O vergonhoso para Augusto Lobato foi ter perdido a total credibilidade e respeito de inúmeros companheiros, muitos dos quais responsáveis para ele ser guindado à presidência estadual do PT, não apenas pelo apoio a Eliziane Gama, mas pelo veto ao nome da companheira histórica Adriana Oliveira.
Quanto à questão de criticar Eliziane Gama como golpista, de nada vai adiantar, uma vez que na coligação para o senado, o PT está dentro do contexto dos partidos de apoio e os tempos de rádio e televisão do Partido dos Trabalhadores serão usados por Eliziane Gama e Wewerton Rocha para pedir votos. Caso os militantes e candidatos do PT venham a fazer campanha contra a candidata ao senado integrante da própria coligação, podem ser vistos e cobrados por infidelidade partidária.