Governadora pediu o cargo para Sebastião Uchôa e o exonerou da Sejap. O fato teria ligação com a prisão do diretor da Casa de Detenção

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A governadora Roseana Sarney mandou às últimas horas da manhã de hoje, comunicado urgente para Sebastião Uchôa, então Secretario de Justiça e Administração Penitenciária para que entregasse o cargo imediatamente ou seria exonerado. A decisão da Chefa do Executivo Estadual, queem outras vezesgeralmenteeram reconsideradaslembrando o caso de um especialista em gestão penitenciária de Minas Gerais, convidado para assumir a pasta e quando aqui chegou tentaram emplacá-lo na Secretaria Adjunta e ele simplesmente retornou ao seu Estado. Acostumado a reverter as mais diversas situações em que se envolveu, muitas vezes recorrendo a religiosos da Igreja Católica e Evangélica, as lágrimas derramadas e a pessoas de todos os poderes constituídos do Estado, principalmente os que tinham cargos nas contratações que sangram 1,5 milhão de reais mensalmente dos cofres públicos, desta vez o problema foi maior. A celeridade também para o pedido imediato do cargo foi a prisão do diretor da Casa de Detenção, Cláudio Barcelos, pessoa da estreita confiança do secretario e as insinuações dele de que teria o autor da denúncia contra o acusado e a tentativa de querer opinar no trabalho da SEIC.

  Foi a partir da retirada dos agentes e inspetores penitenciários, com a exceção das pessoas da sua mais alta confiança e a colocação de monitores e vigilância armada, que os problemas tomaram dimensão, com o aumento de assassinatos, duas barbáries e com decapitações de presos, as fugas se tornaram mais acentuadas e a corrupção passou a imperar dentro das unidades prisionais, gerando problemas diários. Por temer até visitar as unidades prisionaisquerendo se distanciar da realidade e mais preocupado em prejudicar as pessoas, a postura de poderoso apontavam em direção de várias articulações para permanecer no cargo no próximo governo.

A verdade é que a governadora Roseana Sarney vinha sofrendo fortes pressões para defenestrar Sebastião Uchôa do cargo, uma vez que a classe politica já havia identificado que o problema no Sistema Penitenciário era ele e o próprio passado dele na pasta em outras oportunidades deixaram marcas de um péssimo administrador e criador de problemas.

A prisão de Cláudio Barcelos, diretor da Casa de Detenção e pessoa da mais expressiva confiança de Sebastião Uchôa, inclusive para servir de dedo duro e passar informações sobre as ações da Policia Militar e a Força Nacional dentro das unidades prisionais, causou um transtorno ao secretário, que logo recorreu à sua mídia particular para informar que a prisão dentro da Casa de Detenção, foi em razão de solicitação de investigação feita por ele à Superintendência Estadual de Investigações Criminais, no que imediatamente desmentido e suscitou desconfianças. Os negócios feitos dentro da Casa de Detenção envolvia muito dinheiro e a SEIC continua trabalhando no sentido de chegar a quadrilha operada por Cláudio Barcelos.

Por ironia do destino, a informação da exoneração de Sebastião Uchôa, chegou ao conhecimento dos agentes e inspetores penitenciários no momento em que faziam uma paralisação pública previamente comunicada ao secretário e a governadora Roseana Sarney, cobrando condições dignas de trabalho para que não venham correr riscos de vida constantemente e mais precisamente pela moralidade administrativa dentro do Sistema Penitenciário.

O líder sindical César Bombeiro de vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, foi uma das pessoas mais perseguidas por Sebastião Uchôa, que inclusive chegou a mandar fazer levantamento da vida pregressa dele e nada encontrou que o desabonasse, o que elevou ainda a sua irá contra o agente penitenciário. Ao tomar conhecimento da exoneração do secretário, disse que é apenas o primeiro passo, os demais virão com certeza, quanto a sua responsabilidade criminal nos 85 assassinatos dentro dos cárceres no período de 18 meses da sua gestão e as aproximadamente mais de 150 fugas de unidades prisionais. Há uma necessidade de ser feita uma auditoria dentro da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária, principalmente em contratos milionários reajustados e renovados através de termos aditivos, a contratação de 294 pessoas pela empresa Gestor Serviços mediante uma portaria do secretário com custos mensais de 1,5 milhão de reais, sem a obrigatoriedade das pessoas trabalharem. Convênio de 1,4 milhão de reais com a APAC, que hoje atende apenas quatro apenados em um sitio no Paço do Lumiar e inúmeras outras irregularidades, em está a compra de dois milhões de reais em móveis que não foram entregues e muitos outros problemas que deverão ser identificados neste ou no outro governo, uma vez que vamos cobrar em respeito aos cidadãos e cidadãs que foram criminosamente agredidos por Sebastião Uchôa. O nosso objetivo não é rancor e nem vingança e sim em busca da verdade com transparência e o respeito a dignidade humana, o que Sebastião Uchôa não conhece e nem avalia, por não ser portador de sensibilidade, acentuou César Bombeiro.

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