Sérgio Moro compara prisão preventiva de corruptos à de ‘serial killers’

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       – O juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba, deu pistas de que a operação pode estar chegando ao fim. Segundo o juiz, a maior parte dos trabalhos em Curitiba já foram feitos e a operação se espalhou pelo Brasil. 

          “[…] A parte mais relevante do caso envolve os beneficiários com foro privilegiado”. E aí a jurisdição não é em Curitiba. Se encontram no STF. Pontualmente, casos de beneficiários com foro privilegiado que perderam suas posições, como o ex-presidente da Câmara, ele foi processado e julgado e cumpre pena neste momento. Nessa perspectiva, me parece que os trabalhos em Curitiba, embora seja imprevisível um fim, já percorreram um bom caminho”. 

        O magistrado reconheceu, no entanto, que a força-tarefa não acabará com a corrupção do país.

         “As pessoas muitas vezes têm uma ideia que a operação Lava Jato vai acabar com a corrupção”. Isso não vai acontecer […] A Lava Jato tem começo, meio e fim. Vai acabar e espero que ela acabe bem. Mas novos casos de corrupção certamente vão surgir. E que vão exigir novos desafios por parte das instituições brasileiras.

        Moro afirmou que a prisão preventiva de suspeitos de corrupção segue a mesma lógica da detenção de um “serial killer” antes do julgamento final.

         Ele afirmou que boa parte das medidas cautelares tem como objetivo proteger a sociedade e as vítimas de novos crimes.

        “Aqui podemos fazer uma comparação com uma situação que vemos muito no cinema: casos de serial killers. Não vai esperar ele ser preso até o fim do julgamento para que haja uma nova vítima”, afirmou.

         “O mesmo raciocínio existe para a corrupção sistêmica. O que foi observado é que essas pessoas praticavam esses crimes de maneira sistemática, reiterada. Daí a necessidade de usar um instrumento drástico para impedir a prática desses crimes”, declarou o magistrado.

             Ele citou o caso do ex-ministro José Dirceu, sem nomeá-lo, que é acusado de receber propina enquanto era julgado no caso do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal). A declaração foi dada em entrevista à GloboNews exibida na noite desta terça-feira (17).

         Moro classificou como “proposta absurda” a tentativa de impedir delação premiada de pessoas presas. Ele disse, porém, que a Lava Jato entra numa fase em que se exige “acordos com condições mais rigorosas”.

           Ele citou como exemplo o caso do operador financeiro Lúcio Funaro, que ficará dois anos preso. A Procuradoria-Geral da República foi criticada pelos termos do acordo com Joesley Batista, da JBS.

         “É importante evitar benefícios excessivos a esses indivíduos”, afirmou.

           Moro disse que, embora veja reação de agentes políticos a fim de afetar o combate à corrupção, avalia que “nada de efetivo foi feito”. Mas vê como frustrante a ausência de lideranças políticas que consigam avançar nas “pautas reformistas”, como fim do foro privilegiado.

         “A maior frustração resultante de todo esse caso é o fato de que ainda faltam lideranças políticas que se sobressaiam com esse discurso em defesa aos trabalhos de investigação e com discurso reformista”, disse o magistrado.

DEMOCRACIA

         O magistrado relacionou o baixo apoio à democracia aos reiterados casos de corrupção. A parcela de brasileiros que apoia pelo menos uma forma de governo “não democrática” e que mostra simpatia por militares no poder é maior do que a média global, segundo um levantamento realizado pelo americano Centro de Pesquisas Pew em 38 países.

         “Essa própria frustração que as pessoas manifestam em relação à democracia não é contra a democracia em si, mas é verificar que existem pessoas que se aproveitam de posições de poder para agir em benefício privado”, afirmou.

        Ele voltou a negar ter pretensões políticas. Disse que “as pesquisas perdem tempo quando colocam o meu nome”.

         Moro também comentou críticas a dois episódios protagonizados por ele. O magistrado defendeu sua presença na estreia do filme “Polícia Federal: a lei é para todos”, inspirado na Lava Jato.

         “Não fiz o filme. Não tenho controle sobre ele. Fui convidado para a estreia e fui. Não tem qualquer relação. Confesso que nem comi pipoca, como sugere uma foto”, disse ele.

           Ele disse também que a foto sorrindo ao lado do senador Aécio Neves (PSDB-MG) num evento “não significa nada”.

         “Fui num evento público em que, na organização, acabei ficando ao lado dele. O senador é espirituoso e tem seus momentos jocosos. Mas isso não significa nada, nenhuma aprovação de eventuais atos ilícitos do senador. A foto sugere mais do ela significa. Aliás, ela não significa nada”, declarou Moro.

          Ele não quis comentar os casos relacionados ao ex-presidente Lula, já condenado num dos processos.

          “Sobre o caso do Lula, é uma pergunta complicada para eu responder porque ele já foi condenado num caso, o caso se encontra em apelação no TRF-4, e é um tribunal composto por magistrados absolutamente sérios, que vão tomar a melhor decisão no caso, confirmando ou não a condenação… e por outro lado ele tem casos pendentes aqui na vara. Então, eu não me sinto confortável em falar sobre o caso dele, já que existem casos pendentes que ainda vão demandar julgamentos da minha parte”, declarou.

Fonte: Yahoo Noticias

Especialista elenca cobranças irregulares que encarecem conta de energia

Especialista explica os diferentes percentuais de ICMS e as taxas cobradas em cada Estado.

              O aumento da tarifa de energia elétrica, através da chamada “bandeira vermelha”, elevou ainda mais os gastos do consumidor brasileiro. Boa parte da conta de luz é composta por tarifas, como a TUST e TUSD, de transmissão e distribuição de energia, e alguns Estados cobram o ICMS sobre essas taxas, e não ao que realmente foi consumido, elevando os gastos mensais na média de 20% a 30% da conta.

            De acordo com a tributarista Raquel Amaral, do escritório Rosely Cruz Sociedade de Advogados, o cálculo sobre todos os itens que compõem a conta, e não somente sobre a energia consumida, é irregular, visto que o ICMS somente incide sobre o preço da mercadoria, e não sobre tributos e tarifas do sistema.

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É importante ressaltar que o ICMS incide sobre as operações com a energia, pelo fato de que estas equivalem à circulação de mercadorias, o que não se configura no caso da TUST e da TUSD, as quais têm a função de remunerar o ‘serviço de transporte’ de transmissão e distribuição de energia elétrica. Por essa razão, o STJ, ao analisar a questão, consolidou seu entendimento no sentido de excluir da base de cálculo do ICMS os valores referentes à TUST e à TUSD, tendo em vista que essas tarifas não correspondem à venda de energia“, explica a advogada.

             Raquel esclarece que o consumidor pode ajuizar ações requerendo a exclusão da base de cálculo do ICMS os valores relativos a essas tarifas cobradas indevidamente. “A redução do impacto tributário pode ser uma economia diferencial para os consumidores“.

              Outro ponto que gera discussão, de acordo com a advogada, são os diferentes percentuais de ICMS cobrados pelos Estados, que variam de 18% a 25%. Essas alíquotas podem variar conforme a essencialidade do produto, porém, ela explica que muitos Estados cobram o ICMS sobre energia pela mesma alíquota que incide sobre produtos supérfluos, mesmo sendo a energia um item de primeira necessidade.

              Para a especialista, essas são medidas combinadas que podem trazer uma grande economia no valor da conta.

Fonte: Migalhas

Frustração afasta vítimas de violência doméstica da Justiça

Dados de amplo estudo sobre a aplicação da Lei Maria da Penha também ajudam a desconstruir o mito de que o homem violento sustenta a casa

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  Violência doméstica: 39% das vítimas não pretendia, ao denunciar o companheiro, que ele fosse preso (Getty Images/Getty Images)

              Mulheres vítimas de violência doméstica que buscam o Sistema de Justiça se sentem frustradas e não ouvidas. E se o tempo voltasse atrás, não estariam dispostas a passar por todo o processo novamente.

              A conclusão é da pesquisadora Marília Montenegro de Mello, ao analisar um amplo estudo sobre a aplicação da Lei Maria da Penha (11.340/2006), nos casos de violência doméstica que tramitam na justiça do país.

              A pesquisa tem como objetivo ajudar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a diagnosticar entraves na aplicação da Lei Maria da Penha pelo Judiciário.

              O estudo faz parte da 2ª edição da série Justiça Pesquisa, idealizada e custeada pelo CNJ, que abordou seis temas relacionados ao Judiciário brasileiro.

             A frustração no curso da denúncia e da instauração de processo nos casos de violência doméstica foi um dos pontos analisados no diagnóstico elaborado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap).

             Foram entrevistadas 75 vítimas de violência, de sete cidades brasileiras – Recife, Maceió, João Pessoa, Belém, São Paulo, Porto Alegre e Brasília.

             De acordo com a coordenadora da pesquisa, Marília Montenegro de Mello, além de traçar o perfil socioeconômico da vítima e do agressor, a pesquisa “deu voz a ela”.

Revitimização

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As narrativas das vítimas revelaram frustração em relação ao tempo de tramitação do processo, considerado muito longo.

  A maioria das mulheres entrevistadas também afirmou se sentir revitimizada durante o percurso do processo. Entre os motivos apontados para a frustração estavam as expectativas em relação ao autor de violência.

            Os dados revelaram que 39% das vítimas não pretendia, ao denunciar o companheiro, que ele fosse preso. Apenas 16% das entrevistadas afirmou ver na pena privativa de liberdade uma possibilidade de solução.

             Quando questionadas se voltariam a buscar o Sistema de Justiça criminal no caso de sofrerem novas agressões, ou se recomendariam o processo a alguém, a maioria das vítimas afirmou que somente recomendariam o processo por não enxergarem outra forma de proceder.

            “Não é por acreditar na possibilidade de resolução do conflito por meio do processo penal, mas por saber que não poderia fazer justiça pelas próprias mãos”, diz  Marilia Montenegro.

              A maioria das entrevistadas (57%) tinham entre 26 e 40 anos e, em quase 70% dos casos que envolviam violência conjugal, o casal tinha filhos menores de idade.

              Em 45% dos casos, as vítimas possuíam um relacionamento longo com o autor da agressão, variando entre 7 e 30 anos. Nos relacionamentos de média duração (entre um e sete anos) os números também foram expressivos, representando 28% dos casos.

Mulher sustenta a casa

              Além das entrevistas, os pesquisadores analisaram cerca de 1.750 decisões judiciais; uma média de 250 processos por cidade. “A ideia é entender como a Justiça vê e decide sobre a violência doméstica contra a mulher”, disse a coordenadora. A maioria dos casos analisados (97%) foi de relacionamento conjugal.

              Os resultados do estudo ajudam a desconstruir o mito de que o homem violento sustenta a casa. Em 31% dos casos de violência analisados é a vítima quem paga os gastos domésticos; em 21% o autor da violência e em 24%, ambos participavam do pagamento das contas do lar.

            A pesquisa revelou também a reação da mulher após sofrer a violência. Segundo o relatório, 36% se separaram do agressor após a experiência; 21% logo após e 15% ainda passaram um tempo antes de se separarem. Casais que mantiveram o casamento representam 31%, apesar de 8% deles terem experimentado um período de separação logo após o fato.

Falta de especialização

            Além das vítimas, a pesquisa também quis entender o perfil dos juízes que trabalham com o tema e o resultado foi preocupante. Segundo a Marília Montenegro, dos 24 magistrados de varas especializadas entrevistados, apenas quatro tinham algum tipo de capacitação na área.

           “Percebemos que há ausência de critério na escolha dos juízes escolhidos para as varas de violência doméstica. E isso vai impactar no tratamento recebido pelas vítimas, familiares e autores de violência nas unidades judiciárias, tanto na delegacia como no Judiciário. E em todos esses espaços há frustração por parte do jurisdicionado”, afirma.

            O estudo, que também foi feito com grupos focais de equipes multidisciplinares dos tribunais, chegou a uma conclusão surpreendente em relação a percepção das vítimas e autores e o trabalho dos juízes e advogados nas suas causas.

           “As partes saem da audiência sem entender o que se passou. As equipes nos reportaram que eles (psicólogos e assistentes sociais) precisam traduzir, esclarecer, as questões jurídicas para a vítima, assim como para o autor de violência”, disse a coordenadora da pesquisa, que apontou como fundamentais os grupos reflexivos para homens, pois esclarecem as situações de gênero e permitem que as consequências de suas ações sejam conscientizadas.

              A pesquisa ainda deverá passar por análise e adequação técnica do Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ antes de ser publicada no Portal do órgão.

Fonte: Agência CNJ de Notícias.

Lista do TCE-MA de gestores com contas desaprovadas para a Justiça Eleitoral é reconhecida

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 O Tribunal de Contas do Estado do Maranhão dá importantes exemplos sobre a transparência

 

   No início do mês, o TCE maranhense adotou uma atitude considerada como de vanguarda entre os próprios Tribunais de Contas. Por meio de resolução, o Tribunal garantiu que a lista de gestores com contas desaprovadas nos últimos oito anos possa ser acompanhada desde a sua elaboração por qualquer interessado, além da Justiça Eleitoral e do Ministério Público. A medida foi saudada como uma prática de transparência a ser disseminada nacionalmente.

             A Lei das Eleições determina o envio da lista de gestores com contas desaprovadas nos últimos oito anos anteriores à realização de cada eleição até o dia 15 de agosto à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público Eleitoral (MPE), nos anos em que ocorrerem eleições. O TCE inovou ao decidir elaborar a lista de forma permanente, contínua, automática e transparente.

             Depois de ter sido saudada pelo presidente da Associação dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), conselheiro Valdecir Pascoal (TCE-PE) durante as comemorações dos 70 anos do TCE maranhense, em São Luís (MA), a medida resultou agora em homenagem prestada diretamente ao presidente do órgão, conselheiro Caldas Furtado, durante III Congresso Internacional de Controle e Políticas Públicas, que se realiza na cidade de Curitiba (PR).

             O presidente do TCE recebeu placa de reconhecimento das mãos do conselheiro Sebastião Helvécio (TCE-MG), presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB), uma das entidades promotoras do evento, ao lado do Tribunal de Contas do Paraná (TCE/PR). De acordo com Helvécio, o conselheiro maranhense foi escolhido para receber a homenagem “em virtude dos relevantes serviços prestados ao desenvolvimento do Sistema de Controle Externo brasileiro, especialmente na condução de ações relativas à Lei 9.504/97 (Lei das Eleições)”.

             O presidente do TCE/MA recebeu o reconhecimento como um estímulo que amplia suas responsabilidades no desenvolvimento de ações que possam contribuir para a modernização da corte de contas maranhense. “Essa homenagem deve ser estendida a todos os servidores do TCE-MA, que estão dedicados à construção de um tribunal à altura de sua missão constitucional. Juntos conseguiremos superar todos os desafios inerentes à nossa atuação, contribuindo para o alcance de um Maranhão com maior qualidade na gestão pública”, afirmou.

                  TRANSPARÊNCIA – Um dos aspectos mais importantes da medida estabelece que, para fins de gestão e transparência das informações, sejam evidenciadas em listas à parte, também no sítio eletrônico do TCE, as alterações decorrentes de revisão do próprio TCE ou de cumprimento de ordem judicial. Nesses casos, constará indicação do número do processo de revisão ou do processo judicial.

                   Na página do TCE, o número do processo de contas e o do respectivo processo de revisão funcionarão como meios de ligação eletrônicos às principais peças do processo, que incluem o teor integral do parecer prévio ou acórdão (relatório, voto do relator e demais votos escritos), parecer do Ministério Público de Contas, defesa do responsável e recursos apresentados e relatórios do corpo técnico.

                 “Trata-se de uma medida de alcance extraordinário, que ultrapassa a mera questão do deferimento ou não de candidaturas. De fato, a decisão de dar ampla publicidade à lista é uma contribuição efetiva à mudança de hábitos políticos em nosso estado”, observa o presidente do TCE, conselheiro Caldas Furtado.

                  “Essa iniciativa do TCE marca uma afirmação de seriedade e compromisso efetivo com a luta contra a corrupção, a favor da transparência e da ética”, enfatiza o desembargador Lourival Serejo, que acompanhou e contribuiu com sugestões para a formatação da resolução, durante seu período á frente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

                   Na avaliação do procurador da República, José Raimundo Leite Filho, a decisão do TCE vem preencher uma grave lacuna no combate à corrupção no estado. “A falta desses dados e informações do processo de contas criava enormes dificuldades ao Procurador Regional Eleitoral, obrigado que está a trabalhar, nas impugnações, com prazo muito exíguo, já que essa relação tradicionalmente, por aqui, somente se divulgava às vésperas do processo de registro de candidatura”.

 Fonte: ASCOM TCE-MA

 

 

 

TJMA atende Sindjus-MA e decide enviar à Assembleia Legislativa proposta de incorporação dos 21,7% e 11,98%

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Pleno do TJMA aprova encaminhamento de proposta à Assembleia Legislativa para incorporação dos 21,7% e 11,98%

O Pleno do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) decidiu, em sessão realizada na manhã desta quarta-feira (18), que seja encaminhada à Assembleia Legislativa uma proposta de Lei para a incorporação definitiva dos percentuais de 21,7% e 11,98% aos vencimentos dos servidores da Justiça. Se aprovado no Parlamento, o projeto de Lei vai alterar as tabelas de vencimentos dos cargos efetivos e das funções gratificadas do Quadro Único de Pessoal do Poder Judiciário para incorporar os percentuais. Estes são decorrentes da conversão dos vencimentos em URV e de ações ajuizadas por conta da Lei 8.369/2006.

A sessão foi acompanhada pelo vice-presidente do Sindjus-MA, George Ferreira, e pelo secretário-geral do Sindicato, Márcio Luís Andrade Souza, tendo em vista que a decisão é relativa ao Processo Digidoc N° 27334/2017, por meio do qual o Sindicato pedia, justamente, a elaboração de um projeto de Lei para a incorporação dos percentuais de 21,7% e 11,98% aos vencimentos dos servidores do Poder Judiciário. “O Sindicato vai agora atuar junto à Assembleia Legislativa para sensibilizar os deputados pela aprovação do projeto de lei o mais rápido possível”, explicou George Ferreira.

Agregação de Comarcas

Na mesma sessão plenária, o TJMA decidiu agregar a Comarca de Sucupira do Norte à Comarca de Mirador; e a Comarca de Tasso Fragoso à Comarca de Balsas. O Sindjus-MA, por meio do seu Departamento Jurídico, fez sustentação oral para pedir que os servidores das comarcas que serão agregadas sejam ouvidos sobre a remoção, inclusive, por meio da realização de uma audiência pública. “O presidente do Tribunal de Justiça assegurou que todos os servidores serão ouvidos, que eles terão oportunidade de manifestarem-se sobre a sua lotação”, afirmou Márcio Souza.

Reposição de perdas inflacionárias

A direção do Sindjus-MA também aguarda a definição a presidência do TJMA sobre a reposição de perdas inflacionárias de 2015 e 2016 aos salários dos servidores. Em agosto passado, durante reunião com a direção do Sindicato, o presidente do TJMA, desembargador Cleones Cunha, comprometeu-se em informar decisão sobre questão até o dia 28 de outubro, Dia do Servidor Público.

Fonte: SINDJUS-MA

Eleitores do Maranhão que atuarem como mesários serão isentos de taxas de concurso

            Há muitos benefícios em atuar como mesário. Entre eles, além de a democracia ser fortalecida, o eleitor do Maranhão que aceitar o trabalho terá isenção em taxas de concursos promovidos pela administração pública direta, indireta, autarquias, fundações públicas e entidades mantidas pelo poder público no âmbito estadual.

Para garantir a isenção, o eleitor maranhense terá que comprovar o serviço prestado através de declaração ou diploma expedido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão que contenha nome completo, função desempenhada e data da eleição ao qual foi convocado e nomeado para funcionar como componente de mesa receptora de voto ou de justificativa, na condição de presidente de mesa, de primeiro ou segundo mesário ou secretário, membro ou escrutinador de junta eleitoral, supervisor de local de votação, também denominado de administrador de prédio, e os designados para auxiliarem nos trabalhos, inclusive os destinados à preparação ou montagem de votação.

A isenção foi garantida pelo governador Flávio Dino que assinou a Lei 10.698/17, proposta pelo deputado estadual Bira do Pindaré, aprovada pela Assembleia Legislativa e publicada no Diário Oficial da União no último dia 13 de outubro.

De acordo com os números do grupo de servidores que trabalha com a temática no Regional, em 2014 foram 6.679 eleitores que participaram das eleições como mesários voluntários e em 2016 foram 8.028, sendo 4.888 no interior do estado e 3.140 na capital.

Para se inscrever como mesário é bem simples. Basta preencher formulário disponível no endereço eletrônico www.tre-ma.jus.br, guias institucional / responsabilidade socioambiental ou pelo número 0800 098 5000 (Disque Eleitor).

Outra novidade é que o TRE-MA lança agora nova campanha institucional que trata do tema mesário voluntário. O novo layout resulta de compromisso assumido pelo grupo de trabalho e que, desta vez, integra vários segmentos de gênero, raça, deficiência, entre outros.

A divulgação de informações da nova campanha será feita na imprensa e nas redes sociais sobre as vantagens de ser mesário voluntário, visitas a faculdades, distribuição de cartazes e panfletos, veiculação de peças gráficas em outdoors e traseiras de ônibus, entre outras ações. Tudo será feito com a expectativa de acrescer o número de mesários voluntários das últimas duas eleições.

O que é ser mesário voluntário?

A Justiça Eleitoral conta com o apoio de cidadãos conscientes de suas atribuições e comprometidos com a atividade a ser desempenhada, garantindo, dessa forma, transparência no processo eleitoral. As eleições são de interesse de toda a comunidade e o trabalho dos mesários, juntamente com o dos funcionários da Justiça Eleitoral, garante que a vontade do eleitor seja respeitada.

Vantagens de ser mesário

– Dispensa do trabalho pelo dobro dos dias de convocação, sem prejuízo de salário, mediante declaração expedida pela Justiça Eleitoral (Art. 98, da lei 9.504/97);

– O exercício das atividades de mesário será considerado como critério de desempate em concurso público (desde que haja previsão no Edital);

– Quanto aos servidores públicos, o exercício das atividades de mesário será considerado como critério de desempate, em caso de promoção (Lei nº 4.373/65 – Cód. Eleitoral, Art. 379, §§ 1º e 2º);

– Reconhecimento público de serviços prestados à Justiça Eleitoral (entrega de Certificado);

– Horas complementares/extracurriculares nas universidades conveniadas por serviços prestados à Justiça Eleitoral – 30 (trinta) horas para o primeiro turno e 24 (vinte e quatro) horas para segundo turno, se houver.

Quem pode ser mesário?

Todo eleitor, maior de 18 anos, em situação regular perante a Justiça Eleitoral.

Quem não pode ser mesário?

– Os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau inclusive, e também o cônjuge;

– Os membros de diretórios de partidos políticos caso exerçam função executiva;

– As autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo;

– Os que pertencerem ao serviço eleitoral.

ASCOM – Assessoria de Imprensa e Comunicação Social

 

CÂMARA MUNICIPAL EM FOCO

Pavimentação: Vereador Ricardo Diniz pede obras urgentes em bairros

O vereador Ricardo Diniz (PCdoB) apresentou requerimento à Câmara
Municipal pedido providências à Prefeitura de São Luís, por meio da
Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, visando a pavimentação
asfáltica das avenidas 10 de Janeiro e Tayson e da rua 6 no Residencial
Nestor. As vias encontram-se prejudicadas por buracos que desfavorecem a
fluidez do trânsito, causando danos aos veículos e prejuízos aos
proprietários, além de causar transtornos aos pedestres.

Segundo o vereador os moradores já solicitaram melhorias várias vezes e estão preocupados com a falta de infraestrutura. “Esperamos que as obras
de asfaltamento do Residencial Nestor sejam incluídas no cronograma, os
moradores aguardam ansiosos a chegada do asfalto”, explicou Ricardo Diniz.

Para o bairro Matões no Turu, o vereador Ricardo Diniz solicitou a
realização de obras de asfaltamento, desobstrução de bueiros, iluminação
pública, limpeza e capina da rua Bom Jesus. “De acordo com a avaliação das
pessoas que residem no bairro, é imprescindível a realização de reparos
constantes na rua para permitir um melhor acesso durante o dia e a noite,
melhorando assim a qualidade de vida de quem mora na comunidade”, concluiu o vereador.

Silvino Abreu cobra  a limpeza e a cobertura da Vala da Macaúba  

                O vereador Silvino Abreu (PRTB) protocolou requerimento na Câmara Municipal, solicitando que a Prefeitura de São Luís – por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) – faça a limpeza da Vala da Macaúba, no Bairro da Macaúba,

               No pedido que será enviado, por meio de ofícios pela Mesa Diretora da Câmara, ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior e ao secretário da Semosp, Antônio Araújo, Silvino Abreu diz que a vala está quase obstruída, por causa da quantidade de lixo e lama.

              Em seu pleito, Silvino Abreu pede ainda que a Prefeitura, por meio da Semosp, realize os estudos técnicos para que seja efetuada a cobertura removível da Vala da Macaúba, para evitar o acúmulo de lixo e a contaminação das pessoas que moram na área.

              Silvino Abreu acredita que o prefeito e o secretário atenderão o pleito da comunidade, e mandarão incluir a limpeza e a cobertura da Vala da Macaúba no cronograma de obras da Prefeitura, que está beneficiando vários bairros da capital maranhense.

Câmara aprova pedido do Vereador Cézar Bombeiro para audiência pública sobre Escolas Comunitárias

            O vereador Cézar Bombeiro (PSD) vai levar para debate em audiência pública no plenário da Câmara Municipal de São Luís, problemas sérios e angustiantes relacionados as escolas comunitárias. Elas são referências da primeira escola de milhares de crianças e mais precisamente nas comunidades mais pobres e até mesmo excluídas. A data de audiência pública ainda não está definida.

               Em inúmeros bairros, as escolas comunitárias acabam também absorvendo creches e acabam não conseguindo atender nenhuma das duas demandas, diz o vereador Cézar Bombeiro, pela sua larga experiência comunitária em dezenas de bairros de São Luís. A minha preocupação como vereador e muito mais como cidadão é que necessário se torna a oferta digna de escolas para a infância, se pensando em construir crianças, jovens, adolescentes e adultos em cidadãos de bem pela educação, daí é que eu acredito em transformação social a partir da infância, diz o vereador.

               Sei que existem boas escolas comunitárias e que precisam de apoio e até mesmo parceria com o poder público para que possam oferecer ensino de qualidade a crianças e adolescentes. Tem muitas propostas boas e muita gente se disponibilizando para contribuir com as escolas comunitárias, o que com certeza deve ser objeto de discussão na audiência pública, fala Cézar Bombeiro.

              Se conseguirmos melhorar consideravelmente as escolas comunitárias com o acompanhamento do poder público e de outras instituições para evitar clientelismo, e que elas não se transformem em instrumento de interesses de pessoas, sem qualquer compromisso com as crianças quanto a educação. É possível, daí que um debate será bem importante, afirma o vereador do PSD.

Fonte: Diret-Comunicação-CMSL

Flavio Dino barra emenda para a compra de mamógrafo para o Hospital Aldenora Belo em pleno Outubro Rosa

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  Se o governador Flavio Dino estava à procura de criar mais uma séria indisponibilidade com a população maranhense e mais precisamente com as mulheres e logo no campo da saúde feminina, vai ter que tentar justificar o injustificável, principalmente quando a se vê a Secretaria de Estado da Saúde, pagando salário amigável para funcionária não trabalhar e os aluguéis camaradas para amigos do poder.

             Flavio Dino com o seu elevado autoritarismo e criando mecanismos políticos para tentar justificar a sua atitude de barrar uma emenda parlamentar de R$ 750 mil do deputado Eduardo Braide, destinada para o Hospital Aldenora Belo e justamente para a compra de um mamógrafo para a unidade hospitalar de referência no Maranhão e para a prevenção do câncer.

              Naturalmente o Governador do Estado, por não se preocupar com a saúde das mulheres pobres que lotam todos os dias o Hospital Aldenora Belo, não deve ter conhecimento de que 80% dos casos de câncer de mama no Estado são tratados exatamente no Hospital Aldenora Belo, o que chegou assustar as servidoras da Assembleia Legislativa do Estado que assistiram palestra proferida pela médica mastologista Gláucia Mesquita, do Aldenora Belo, convidada por parlamentares e a direção do poder legislativo para falar sobre a prevenção e o tratamento do câncer de mama na programação do Outubro Rosa da Assembleia Legislativa do Estado. A médica revelou também na palestra, que o mamógrafo é o meio mais eficaz para o diagnóstico precoce da doença.

               Mais um mamógrafo no Hospital Aldenora Belo, que atende com muita seriedade e competência as pessoas da capital e de dezenas de municípios do Maranhão e de outros Estados, principalmente jovens e senhoras que procuram exames preventivos, com certeza irá dar uma dimensão bem ampla a saúde de milhares de mulheres pobres sem recursos. Todas necessitam da realização dos exames, que são cobertos pelo SUS, além de refletir positivamente para o próprio Estado, quando de uma avaliação bem ampla, sem que tenha investido nada.

                Caso o governador não reveja a sua posição quanto a emenda parlamentar de autoria do deputado Eduardo Braide, que consta da Lei Orçamentária aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado e sancionada pelo próprio governador Flavio Dino, ele corre o risco de enfrentar movimentos de mulheres que lutam por saúde e vida digna. O interessante é que a atitude do governador foi exatamente durante o Outubro Rosa, mas comenta-se que ele nunca foi visto portando o laço rosa, símbolo de apoio a campanha.

Ministério Público do Trabalho revela que mais de 60% dos casos de trabalho escravo no Maranhão envolvem condições degradantes

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A escravidão humana é séria no Maranhão e o nosso Estado é o maior exportador de mão de obra escrava.

 

O estudo do MPT-MA inclui também jornada exaustiva, servidão por dívida e trabalho forçado

           Levantamento divulgado nesta quinta-feira (19) pelo Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) revelou que, dos 52 procedimentos em curso sobre trabalho análogo ao escravo no estado, 61,5% envolvem condições degradantes como alojamentos inadequados, falta de banheiros, não fornecimento de água potável e alimentação insuficiente.

                 Depois das condições degradantes, a jornada exaustiva é a segunda característica de trabalho escravo mais presente no Maranhão. Segundo o estudo, 21,1% dos casos em acompanhamento pelo MPT-MA envolvem a submissão de trabalhadores a esforço excessivo, sobrecarga ou jornadas longas e intensas.

                A servidão por dívida é a terceira característica mais comum, totalizando 11,5% dos casos. Ela ocorre quando o trabalhador adquire um débito vinculado ao serviço. “Pode envolver gastos com alimentação, equipamentos de trabalho, transporte e aluguel. A cobrança pelo empregador é abusiva e a vítima não consegue sair dessa situação”, adverte o procurador do Ministério Público do Trabalho, Marcos Sérgio Castelo Branco Costa.

               A quarta e última característica de trabalho escravo é o trabalho forçado, encontrado em apenas 5,7% dos casos sob investigação do MPT-MA. De acordo com o órgão, ele ocorre quando a pessoa é mantida no serviço por meio de fraudes, isolamento geográfico, ameaças e violências físicas e psicológicas.

 Legislação oficial

                Conforme consta no artigo 149 do Código Penal brasileiro, os quatro elementos que caracterizam o trabalho escravo são: condição degradante, jornada exaustiva, trabalho forçado e servidão por dívida. Cada um deles representa a violação de  direitos fundamentais e fere a dignidade do trabalhador, colocando em risco a saúde e a vida das vítimas.

 Mudanças

                     No entanto, o Ministério do Trabalho publicou, na última segunda-feira (16), a Portaria Nº 1129/2017, que modificou as características do trabalho análogo ao escravo. Desse modo, passou a ser exigida a restrição de liberdade de locomoção do trabalhador e a manutenção de segurança armada pelo empregador, o que contraria o artigo 149 do Código Penal, que considera suficiente qualquer um dos quatro elementos para caracterizar o crime.

 Pedido de Revogação

                   O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público Federal (MPF) recomendaram a revogação da Portaria ao Ministério do Trabalho (MTb). Foi concedido um prazo de 10 dias, que expirará na próxima sexta-feira (27). Os órgãos consideram a publicação inconstitucional e contrária ao que prevê o Código Penal e as Convenções 29 e 105 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Trabalho escravo no Maranhão

Dos 52 casos em acompanhamento:

32 envolvem condições degradantes

11 possuem jornada exaustiva

6 apresentam servidão por dívida

3 submeteram as vítimas ao trabalho forçado

Fonte: MPT-MA

Andrea Murad aciona Direitos Humanos, ONU e Câmara Federal sobre jaula em delegacia de Barra do Corda

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  A deputada estadual Andrea Murad está em Brasília e levou nesta quarta-feira (18), para o Ministério dos Direitos Humanos, ONU e Câmara dos Deputados, o caso da jaula na delegacia de Barra do Corda, onde faleceu o empresário Francisco Silva, de 40 anos, preso no dia 8 de outubro após se envolver em uma acidente de trânsito. Depois de passar horas sob sensação térmica de 40 graus, Francisco passou mal e faleceu.

              A parlamentar entregou um dossiê e relatou o caso à equipe do Ministério dos Direitos Humanos. Participaram da reunião o Secretário Executivo Johaness Eck, Anderson Couto, da Assessoria de Controle Interno, e o Assessor Victor Quilici, este adiantou que levará o caso imediatamente à Ministra Luislinda Dias, que está cumprindo agenda no Piauí.

            “Precisamos fazer uma representação no Ministério Público, essa seria a primeira medida, e conversar com a Ministra para demais providências. Tem que ter intervenção do Estado nisso aqui. Vamos acionar a Cidadania, que é uma secretaria ligada diretamente à tortura, porque isso aqui é caso evidente de tortura, vou entrar em contato. Vou passar também para a Ouvidoria dos Direitos Humanos para que possa fazer uma averiguação. A ministra chega amanhã, vou despachar com ela sobre isso e não tenho a menor dúvida que ela vai intervir e tomar as medidas. É capaz até dela querer ir pra lá”, disse Victor Quilici, Assessor da Ministra Luislinda Dias.

              Na ONU, o mesmo dossiê também foi protocolado para Niky Fabiancic, Coordenador Residente do Sistema ONU e Representante Residente do PNUD no Brasil. Em reunião na Câmara dos Deputados, Andrea Murad apresentou o caso ao presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias, o deputado federal Paulo Fernando dos Santos (PT), junto com o deputado federal Hildo Rocha.

            “Esta sua representação é forte e a gente vai tomar todas as medidas necessárias. Aqui a gente encaminha para as autoridades nacionais e não nos impede de encaminhar para a estadual”, disse o presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias na Câmara dos Deputados.

            “É importante ter todas as frentes possíveis para coibir esse tipo de prática no governo Flávio Dino, que está consentindo com esta condição medieval, sendo comparado até ao estado islâmico, reprovável por todos pra quem tenho relatado essa vergonha no Maranhão. A jaula está lá, as condições são ilegais segundo a Lei de Execução Penal e contra as normas internacionais. Então não podemos permitir que o governador continue infringindo a lei”, disse Andrea.

Fonte: Agência Assembleia