Armas apreendidas pela Policia Militar dentro do Complexo de Pedrinhas
A violência que toma proporções bem acentuadas na capital e no interior do Maranhão, sempre é colocada como parte integrante do contexto nacional, com a desculpa para justificar a irresponsabilidade do governo. Em nosso Estado ela tem crescido por falta de politicas de segurança e social, levando-se em conta que na visão do ex-secretário Aluísio Mendes, que por desconhecer os princípios mais elementares concernentes a segurança pública e com a arrogância que sempre lhes foi inerente, conseguiu destruir o pouco existia e não teve nem um pouco de humildade para aprender e executar ações com as dezenas de delegados experientes e competentes que integram o quadro da Secretaria de Segurança Pública. Hostilizou muitos deles e se uniu a um grupo que lhes era subserviente e batia palmas para todas as asneiras e atos irresponsáveis praticados.
Muitos recursos públicos foram gastos através de contratos superfaturados, abandonando-se as delegacias atualmente sucateadas, a capacitação profissional de pessoal, veículos sem condições para otransporte de pessoal e armas altamente superadas. A impressão que ficou da administração do candidato a deputado federal é que o Sistema de Segurança Pública, com ele e o coronel Franklin Pacheco no comando da PM é que temiam um enfrentamento a criminalidade, dando origem a celeridade de assassinatos na capital e no interior e a inclusão de São Luís, no mapa da das cidades mais violentas do mundo. No interior do Estado a Policia Militar estava sempre a serviço de políticos e empresários ligados ao Palácio dos Leões para expulsar famílias de trabalhadores e trabalhadoras rurais das suas posses de terras seculares, empurrando-as para a marginalização. Os jovens acostumados à agricultura de subsistência tiveram apenas uma alternativa, se tornarem presas fáceis para as drogas, a prostituição e a inserção total na criminalidade. Os conflitos agrários alimentados pelos interesses particulares dos gestores do INCRA e do ITERMA, têm sido os grandes responsáveis pelo êxodo rural, criando bolsões de miséria nas sedes municipais e em inúmeras ocupações na capital. Os problemas não são maiores, devido a luta bem determinada da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Maranhão – Fetaema, na liderança do Movimento Sindical Rural.
A verdade é que temos no Estado do Maranhão mais de 700 mil pessoas passando fome sem acesso a qualquer fonte de renda. Somas vultosas de recursos adquiridos por empréstimos pelo executivo estadual para o combate a pobreza são desviados pela corrupção deslavada. O pouco quando chega é em forma de clientelismo com a troca de cestas básicas por votos, e que vem sendo utilizado nos dias atuais. Muita gente recebe e ainda pede mais, mas na hora do voto, eles já têm uma novaconsciência de não irão alimentar lobos para devorá-los e optam pelo que entendem ser melhor.
Quando vemos os assassinatos, os assaltos em suas diversas formas e o terror tomando conta da população, o sentimento de cobrança que nos domina é perguntar pela segurança pública. A violência não se combate só com policiais, viaturas, armas, monitoramento de qualquer ordem, mas com enfrentamento a corrupção e politicas públicas sociais sérias e transparentes, principalmente de saúde, educação, saneamento básico, geração de emprego e renda, produção de alimentos,criando-se oportunidades para jovens e para todos. Muitos conseguiram lutar e concluir cursos superiores, técnicos e capacitação profissional nas mais diversas áreas, mas não têm oportunidades de trabalho. Até os que se submetem a concursos públicos estão fazendo movimentos públicos em busca da nomeação, uma vez que, conforme afirmam, os cargos estão ocupados por interesses políticos eleitorais.
Sob todos os aspectos, os responsáveis pela real situação da violência em todo o Maranhão, são: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Se cada um fizesse a sua parte com competência e transparência, com certeza a problemática seria menos violenta, não estaria adentrando em instâncias dos poderes constituídos como ocorreu hoje no Fórum de São Luís.