Clube Militar lança nota forte, cita STF e relembra reação do Congresso na Revolução Militar

Hoje, 31 de março de 2025, simboliza 61 anos do início da Revolução Militar que marcou o país no século passado. Em memória da data, o Clube Militar lançou uma forte nota citando as ações do Congresso Nacional e revelando o que aconteceu com o STF.

Leia a nota na íntegra:

A Nação e suas instituições

O 31 de março permanece na História como acontecimento determinante para a evolução do Brasil. A história de um povo não se resume à evolução das suas instituições, mas é sempre por elas e pelo seu funcionamento, que se afere o grau de desenvolvimento desse povo. Deflagrada para evitar que o Brasil se decompusesse na anarquia, na corrupção e na guerra civil, a Revolução de 1964, uma vez cumprido seu papel reformador, pôde restaurar a normalidade democrática porque respeitou, preservou e consolidou as instituições do País.

Foi o Congresso que depôs João Goulart segundo o próprio rito, com a participação do STF, instalando uma presidência em exercício. Foi o Congresso que elegeu Castello Branco para Presidente da República, concedendo-lhe 361 (trezentos e sessenta e um) votos, 3 (três) a Juarez Távora e 2 (dois) a Gaspar Dutra. Foi o Congresso, com uma Câmara de Deputados onde três quintos dos seus integrantes pertenciam à base do antigo Presidente da República, que aprovou mais de 700 (setecentas) leis, 11 (onze) emendas constitucionais, 312 (trezentos e doze) decretos-leis e 19.259 (dezenove mil duzentos e cinquenta e nove) decretos até 1967, despertando de uma letargia de quase vinte anos para participar do esforço de reformas de que o País necessitava. E foi esse Congresso que, convocado pela Câmara de Deputados, trabalhou ingentemente, de dezembro de 1966 a janeiro de 1967, no projeto e nas 884 (oitocentas e oitenta e quatro) emendas, desdobradas em 1.800 (mil e oitocentas) modificações, muitas da oposição, que resultaram no texto da nova Constituição, a primeira das instituições.

Em 1964, o STF permaneceu intocado, sendo visitado pelo presidente Castello Branco no segundo dia de seu mandato. Os tribunais exerciam normalmente suas atribuições e a imprensa era livre o bastante para criticar o projeto de lei do governo, cuja aprovação pelo Congresso, com modificações, festejada pela própria imprensa, resultou na Lei de Liberdade de Manifestação do Pensamento e da Informação, nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967, em vigor até 2009.

A representação e a soberania popular foram reforçadas com o Código Eleitoral de 1965, pelo qual as mulheres se igualaram aos homens em suas obrigações eleitorais; ordenaram-se os procedimentos de voto no exterior e de propaganda gratuita no rádio e na TV; e aumentou-se a transparência do processo eleitoral, com a criação da fiscalização das mesas receptoras pelos partidos políticos. Sob esse código se realizaram as eleições de 1966, 1968, 1969, 1970, 1972, 1974, 1976, 1978, 1982 e 1985, as quais sufragaram, pelo voto direto sempre, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores, e pelo voto indireto, os executivos federal e estadual, até 1982, quando as eleições de governadores e vice-governadores voltaram a ser pelo voto direto, como foram em 1965.

Foi essa institucionalidade, o compromisso com a estrutura legal, que, em 1968, permitiu ao País enfrentar a violência revolucionária com discricionariedade sem arbítrio, a linha moral que distingue a justiça da opressão, da perseguição e da revanche. E tal qual o fio de Ariadne, foi essa institucionalidade que se desenvolveu para guiar a normalização da vida política do País, desde a abolição das medidas de exceção até a anistia, culminando na inauguração, em 1985, de um novo regime, pela primeira vez na História do Brasil, sem golpe de estado.

O Brasil, durante esse período da História marcado por enormes desafios, instabilidade e ameaças à paz, avançou em todos os campos. E se o fez foi porque se fortaleceu institucionalmente, condição indispensável à segurança jurídica, à paz social e à mobilização dos agentes econômicos, os fatores que permitiram que o País vivesse o ciclo de maior crescimento sustentado e desenvolvimento integral da sua História, com apoio e participação da sociedade civil.

A rememoração da Revolução de 31 de março de 1964 reitera o compromisso dos Clubes Naval, Militar e de Aeronáutica com o Brasil e a sua democracia, o farol que guiou os veteranos aqui reunidos ao longo de suas carreiras a serviço da Pátria. E lembra que não há Nação sem instituições e que elas devem atender às demandas para as quais foram criadas, acima de interesses, partidos e ideologias, em prol de todos os brasileiros.”

João Alfredo Prado Mota de Faria – Almirante de Esquadra (Ref.) – Presidente do Clube Naval

Sérgio Tavares Carneiro – General de Brigada (R1) – Presidente do Clube Militar

Marco Antônio Carvalho Perez – Major Brigadeiro do Ar (Ref.) – Presidente do Clube da Aeronáutica

 

Governo Lula é derrotado em ação contra o jurista Tiago Pavinatto sobre Flavio Dino no Complexo da Maré no RJ

Em decisão que marcou uma derrota para a Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD), criada pelo governo Lula, o juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, extinguiu o processo movido contra o jurista, jornalista e colunista Tiago Pavinatto. A ação buscava a condenação do comunicador e jurista por suposta propagação de informações falsas sobre a visita do então ministro Flávio Dino ao Complexo da Maré. Criada em janeiro de 2023, a PNDD, vinculada à Advocacia-Geral da União (AGU), vem sendo criticada por sua atuação considerada por muitos como um instrumento de intimidação judicial contra vozes dissidentes — uma prática conhecida internacionalmente como SLAPP (Strategic Lawsuits Against Public Participation), comum em regimes que tentam cercear a liberdade de imprensa e o direito à crítica.

Na ação protocolada em 26 de junho de 2023, o órgão do governo solicitava não apenas o pagamento de R$ 300 mil por supostos danos morais coletivos, como também exigia que Pavinatto publicasse um vídeo em suas redes sociais se retratando por declarações feitas sobre a visita institucional de Dino. A medida foi duramente criticada por setores da sociedade civil e defensores da liberdade de expressão, que associaram a atuação da PNDD ao fictício “Ministério da Verdade” descrito na distopia “1984”, de George Orwell.

Na decisão, o juiz Rocha Penteado rejeitou os pedidos da AGU, destacando que os direitos fundamentais — especialmente os ligados à liberdade de expressão e à informação — são prerrogativas do cidadão frente ao Estado, e não o contrário.

“Tais direitos correspondem a prerrogativas que historicamente pertencem aos indivíduos, e, em sua essência, são exercidos e oponíveis pelo cidadão em face do Estado, jamais o contrário”, afirmou o magistrado em seu parecer.

Jornal da Cidade Online

Deputados americanos pedem oficialmente o uso da severa lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes

Os deputados Maria Elvira Salazar e Rich McCormick enviaram uma carta ao presidente Donald Trump pedindo que ele puna o ministro Alexandre de Moraes (STF) do Brasil, com a Lei Magnitsky.

Essa lei é extremamente severa, pois proíbe a entrada dos sancionados em solo norte-americano e impede transações financeiras com empresas e cidadãos dos EUA. A iniciativa foi inicialmente cogitada pelo empresário Elon Musk. Agora conta com um pedido público de parlamentares americanos.

Trump irá se manifestar e sua decisão parece previsível. Vamos aguardar. As expectativas são grandes, principalmente entre as vítimas inocentes do todo poderoso e arbitrário ministro do STF.

Jornal da Cidade Online

 

Mais um escândalo no Governo Lula: Em 03 cidades têm mais bolsistas do Pé-de-Meia, do que estudantes

Não poderia ser diferente em se tratando do PT e Lula. O programa ‘Pé-de-Meia’ já aponta sérios indícios de corrupção.

Matéria de André Shalders no Estadão diz o seguinte:

 “Uma das principais apostas do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Programa Pé-de-Meia tem mais beneficiários do que alunos matriculados na rede pública em pelo menos três cidades, localizadas na Bahia, no Pará e em Minas Gerais. O programa também chega a contemplar mais de 90% dos alunos de ensino médio em pelo menos 15 cidades de cinco Estados. Além disso, há casos de beneficiários que aparentam ter renda acima da permitida pela regra do programa que paga bolsa para alunos mais carentes.

O MEC afirma que a responsabilidade pelas informações prestadas é das Secretarias estaduais de Educação. A pasta disse ainda que trabalha com os Estados para corrigir eventuais problemas.” Sim, eles voltaram à cena do crime.

Jornal da Cidade Online

Flavio Dino, o breve! O “suicídio jurídico”.

O integrante mais recente do STF cometeu “suicídio jurídico” e dificilmente escapará de um julgamento no Senado por flagrante crime de responsabilidade, já em 2027.  

Lei 1.079/1950:

Art. 39. São crimes de responsabilidade dos Ministros do Supremo Tribunal Federal:

2 – Proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa;

São evidentes as suspeições de Moraes e Zanin, mas Dino supera a todos pelo cinismo.

Seu crime é tão óbvio, que apenas o rei Salomão, em seus provérbios, explica a absurda presença no julgamento de Anderson Torres, Ministro da Justiça que o precedeu, de Jair Bolsonaro (notório adversário político) e de todos os acusados que, evidentemente, o arrolarão como testemunha, por seu protagonismo no dia 08 de janeiro, quando agiu com negligência, no mínimo culposa: 

“Em vindo a soberba, sobrevém a desonra (Pv 11:2a).

Gerson Gomes. Jornalista.

 

Lula volta a ofender as mulheres e defende Janja, que esbanja gastança com dinheiro do pagador de impostos

Lula é incorrigível. Com demonstrações constantes de machismo e misoginia. Neste sábado (28) mais uma vez ele demonstrou essas suas péssimas qualidades. Para defender a gastança e as viagens desnecessárias de Janja, às custas dos pagadores de impostos, Lula ofendeu as mulheres ‘donas de casa’.

E, para piorar, garantiu que Janja vai continuar fazendo o que quiser, com o dinheiro do pagador de impostos.

“A mulher do presidente Lula não nasceu para ser dona de casa. Ela vai estar aonde ela quiser, vai falar o que ela quiser e vai andar pra onde ela quiser. É assim que eu acho que é o papel da mulher”, disse ele.

Faltou-lhe o princípio da seriedade e transparência, para registrar que o dinheiro esbanjado por ela é do povo, que deveria ser empregado em favor da saúde, educação e de muita gente que está passando, vítimas do engodo e da mentira da promessa da picanha feita por Lula, em campanha.

Jornal da Cidade Online

Alexandre de Moraes mentiu em plena sessão do STF, sobre decreto de Donald Trump

Alexandre de Moraes disse que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), citou o sistema eleitoral do Brasil como “um modelo de sucesso”. O ministro disse ainda que a “lisura das urnas eletrônicas” é, hoje, “defendida até pelo governo norte-americano”. A declaração foi feita na quarta-feira (26), quando proferia o voto acatando a denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República) para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) réu.

“O presidente norte-americano Donald Trump alterou a legislação por ato executivo – equivalente ao nosso decreto autônomo – para melhorar as eleições. […] O Brasil é citado expressamente como modelo de sucesso pelo presidente norte-americano. Enquanto isso, aqui, houve toda uma preparação para colocar em dúvida as urnas eletrônicas. E a Abin, sob a gestão de seu então diretor-geral, participou desse movimento”, disse o ministro.

Na realidade, Trump assinou na terça-feira (25) um decreto que altera as regras eleitorais dos EUA. No entanto, não há defesa da lisura das eleições ou das urnas eletrônicas brasileiras, como citado por Moraes. O Brasil é mencionado como um país que consegue identificar os eleitores por meio de um banco de dados biométricos.

No site da Casa Branca, uma nota com as mudanças determinadas por Trump cita o Brasil no seguinte trecho:

“Apesar de ter sido pioneiro no autogoverno, os Estados Unidos agora falham em aplicar proteções eleitorais básicas e necessárias que são adotadas por nações modernas e desenvolvidas, bem como por aquelas ainda em desenvolvimento. Índia e Brasil, por exemplo, estão vinculando a identificação dos eleitores a um banco de dados biométrico, enquanto os Estados Unidos, em grande parte, dependem da autodeclaração de cidadania”.

Jornal da Cidade Online

Procurador Geral do Maranhão denuncia ‘atuação criminosa’ de assessores do ministro Flávio Dino

O Procurador Geral do Maranhão, Valdênio Caminha, denunciou ao STF e à PGR uma suposta atuação criminosa de dois assessores do ministro Flávio Dino. Segundo ele, Túlio Simões e Lucas Souza teriam invadido o sistema interno da Procuradoria Estadual para obter documentos usados numa ação que favorece o deputado estadual Othelino Neto, aliado de Flavio Dino com ações no STF contra o Governo do Maranhão.

A ação, movida pelo Solidariedade, acusa a gestão estadual de nepotismo e tenta afastar Caminha do cargo. O procurador, por sua vez, afirma que os documentos foram acessados ilegalmente com login institucional da PGE, sem autorização, num claro uso político da máquina pública. Os acusados negam qualquer irregularidade, dizem ter usado senhas próprias e que os documentos seriam públicos. No entanto, a denúncia aponta que os acessos ocorreram com login institucional da PGE, sem qualquer autorização formal, levantando sérias dúvidas sobre quebra de sigilo e violação institucional.

A denúncia traz à tona um possível escândalo de uso político de estruturas estatais e levanta uma pergunta incômoda: assessores de um ministro do STF podem acessar sistemas estaduais para intervir em disputas políticas locais? O caso promete gerar desdobramentos graves. E pode ser apenas a ponta de um iceberg.

Karina Michelin. Jornalista.

 

O Maranhão poderá ter canceladas, 108 obras na área da educação paralisadas e inacabadas, adverte o FNDE

O prazo para que estados e municípios respondam às diligências técnicas do Pacto Nacional pela Retomada de Obras na Educação Básica e Profissionalizante termina nesta segunda-feira (31).

O prazo para que estados e municípios respondam às diligências técnicas do Pacto Nacional pela Retomada de Obras na Educação Básica e Profissionalizante termina nesta segunda-feira (31). De acordo com o Ministério da Educação, 863 obras em todo o país ainda estão pendentes de resposta. A presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba, afirma que a falta de regularização dos empreendimentos resultará no cancelamento do projeto. Segundo ela, o prazo foi prorrogado diversas vezes, mas agora a data é definitiva. 

Confira quantas obras por unidade da federação ainda não responderam às diligências técnicas iniciais:

  • AC – 5                AL -14         AM -27           AP – 12
  • BA – 96             CE – 60       DF – 1            ES – 3
  • GO – 63             MA – 108    MG – 38       MS – 3
  • MT – 24             PA – 104     PB – 15          PE – 60
  • PI – 51                PR -19          RJ – 19          RN – 17
  • RO – 4                 RR – 15        RS – 21          SC – 9
  • SE – 22               SP – 19        TO – 34

O intuito do pacto é contribuir para a retomada e conclusão de obras paralisadas em escolas de educação básica e profissionalizante. Até o fechamento desta reportagem, 1.849 empreendimentos foram aprovados. Desse total, 287 já foram concluídos. 

Confira a situação das obras

Inacabadas (1.537)   Em andamento (1.008   Paralisadas (694)
Concluídas (287)   Obras paralisadas (258)

O programa prevê um investimento total de R$ 4,1 bilhões. Os recursos serão utilizados na criação de mais de 552 mil vagas em tempo integral ou até 1,1 milhão de vagas em dois turnos nas redes públicas de ensino.

Fiscalização

O Tribunal de Contas da União (TCU) deu início ao trabalho de fiscalização sobre empreendimentos de municípios que aderiram ao Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica e Profissionalizante (Pacto).

O TCU informou que o trabalho vai contar com a colaboração do Observatório Social do Brasil (OSB), instituição sem fins lucrativos que reúne mais de 3.500 voluntários em 17 estados brasileiros. A ideia é que os voluntários façam coleta de dados sobre contratos, projetos arquitetônicos, planilhas de preços, cronogramas físico financeiros e execução dos serviços, com o objetivo de garantir maior controle social sobre o uso dos recursos públicos.

O FNDE disponibiliza três painéis de monitoramento online com o intuito de dar maior transparência acerca do andamento das obras. Um deles é o Painel FNDE Power BI. Outro canal disponível é a Plataforma Antonieta de Barros. As informações também podem ser consultadas no Portal SIMEC. O Tribunal coloca à disposição do cidadão canais de atendimento pelo e-mail cacidadao@tcu.gov.br e pelo telefone 0800-644-2300.

BRASIL 61

Justiça condenou o plano Humana Saúde Nordeste por exigir laudo médico trimestral de terapia de autismo


A empresa Humana Saúde Nordeste também foi condenada a pagar danos morais coletivos de R$ 200 mil ao Fundo Estadual Direitos Difusos. A “Humana Saúde Nordeste” foi condenada na Justiça estadual a suspender a exigência de atualização de laudo médico a cada três meses, para a autorização das terapias, garantindo acesso irrestrito às terapias. A empresa também deverá pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 200 mil ao Fundo Estadual de Direitos Difusos. A decisão do Douglas de Melo Martins (Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís) acolheu parte dos pedidos do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (PROCON/MA), que questionou a legalidade a exigência de laudos médicos trimestrais para autorizar terapias para Transtorno do Espectro Autista (TEA).

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)

Segundo denúncia dos pais de uma criança, a Clínica “Acolher”, que atende pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), comunicou sobre a imposição dessa nova norma, pelo plano Humana Saúde, para oferecer o atendimento. Essa norma exige que os usuários do plano apresentem documentos e realizem avaliações médicas periódicas a cada três meses para obter autorização das terapias especiais e manter a continuidade do tratamento multidisciplinar. Outra reclamação feita na Justiça foi que a Humana Saúde apresentava apenas três médicos neurologistas e nenhum neuropediatra.

RELAÇÃO DE CONSUMO

No caso em análise, o juiz entendeu que se trata de uma relação de consumo, uma vez que os planos de saúde prestam serviço médico-hospitalar mediante remuneração dos clientes, e estão sujeitos às normas do Código de Defesa do Consumidor Lei 8.078/90.

A decisão também foi fundamentada na Lei Estadual nº 11.465/2021, que estabeleceu a validade indeterminada do laudo médico que atesta o transtorno de autismo.

Além disso, a Resolução Normativa ANS nº 539/2022, também mencionada na decisão, garante a cobertura ilimitada para terapias essenciais no tratamento do autismo, como como fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia.

AUTISMO É DEFICIÊNCIA

Na sentença, o juiz declarou que quem possui autismo é considerado pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais, conforme a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Lei nº 12.764/2012), e tem direito à atenção integral à saúde e atendimento multiprofissional.

“Dessa forma, ao impor a exigência de avaliações médicas com frequência para o acesso ao tratamento em questão, sem qualquer respaldo legal, a ré cria empecilhos desnecessários a pessoas vulneráveis, principalmente pelo fato de o autismo configurar uma neuro divergência permanente e incurável”, ressaltou Douglas Martins.

Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça