Carreata dos Servidores da Assembleia em greve causou espantos para muita gente diante da corrupção deslavada no Poder Legislativo

         aldir

    Hoje, antes do inicio da carreata dos grevistas da Assembleia Legislativa do Estado, que lutam pela reforma do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, conversei com um pequeno grupo de funcionários com mais de 20 anos de serviços, os quais me disseram em tom de desabafo: Somos apenas 25% de todo o quadro geral, que realmente trabalha e é cobrado e que é constantemente fiscalizado e que tem a menor remuneração.

             De todos os 42 deputados estaduais, apenas o deputado Eduardo Braide tem procurado se sensibilizar as nossas reivindicações, os demais se escondem e até evitam pelo menos nos cumprimentar. A partir do momento em que passamos a denunciar que existe um acentuado quadro de servidores fantasmas no Parlamento Estadual, a impressão que fica é que há um envolvimento geral, inclusive daqueles se dizem defensores dos direitos da população e ainda chegam a falar em transparência, mas na verdade também comem pelas beiradas, me afirmou o grupo.

           A partir do momento em que as instituições que deveriam fiscalizar o Poder Legislativo se omitem a combater a corrupção, o nepotismo e outras improbidades, elas deixam de ter legitimidade para execrar pessoas dos mais diversos segmentos sociais, conhecidas por elas como os chamados Zés Roelas. Hoje na Assembleia Legislativa do Maranhão se pratica a imoralidade pública com o dinheiro do povo, e tudo é feito abertamente na certeza da impunidade. Esta semana, durante uma reunião, quando um diretor preposto do deputado Humberto Coutinho, presidente da casa, nos propôs reajuste de 3%, dissemos a ele, que se fossem demitidos 50% dos funcionários fantasmas, com facilidade seria feita a reforma do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, começando pelo adjunto dele, que ganha 16 mil reais e não trabalha. Foi o bastante para ele meter a viola no saco, afirmou o grupo de servidores.

        Durante a carreata, posteriormente transformada em passeata, os grevistas receberam a solidariedade da população e inúmeras foram as manifestações de indignação para as frases que denunciavam a corrupção na Assembleia Legislativa do Estado.

 

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