Desestabilização do Sistema Penitenciário se estende ao interior do Estado

      buracoA corrupção deslavada e os desmandos impostos pela recente direção da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária continuam com reflexos bem vivos dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Apesar da governadora Roseana Sarney ter demitido tardiamente o então secretário Sebastião Uchôa, muita gente insiste em dizer que ele entregou o cargo. Se em momentos mais sérios e cruciantes ele não teve gesto digno de tal natureza, nem mesmo nas duas barbáries, não seria agora com mais uma das manjadas fugas de presos. Muito pelo contrário ele conseguia mobilizar muita gente para pressionar a governadora a mantê-lo no cargo. Um juiz da Vara das Execuções Penais se expôs ao ridículo de ir para emissoras de rádio pedir para a governadora manter Sebastião Uchôa no cargo, e intempestivamente acusava sem um mínimo de prova, agentes penitenciários, atingindo inclusive as famílias deles, em total discordância com princípios éticos, tendo expressado o mesmo sentimento através de um jornal local.

   A destruição imposta pelo ex-secretário foi tão perversa que apesar dele ter sido demitido, as raízes do mal continuam impregnadas dentro do Sistema Penitenciário e muitos dos elementos colocados por ele, que se transformaram em negociantes, continuam  incentivando a desestabilização de todo o Sistema.

   De ontem para hoje, o GEOP evitou uma fuga de mais de 15 presos no Presidio São Luís 2, detectando a tempo um túnel escavado  e na Penitenciária de Pedrinhas os presos conseguiram serrar as grades de algumas celas e quando se preparavam para fugir foram pegos pelo pessoal do GEOP. Em Pedreiras, que já teve um dos presídios mais organizados do Sistema Penitenciário, a partir das transferências de presos perigosos da capital para lá, surgiram inúmeros problemas com tendências de aumento.  Ontem houve mais uma tentativa de fuga e existe uma grande tensão na unidade, que solicitou reforço policial ao secretário Marcos Afonso Júnior.

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