Presidente da Fetaema luta em defesa de famílias de agricultores vítimas do latifúndio e de políticos perversos

aldirChico Miguel, líder rural e presidente da Fetaema  com o importante apoio da assessoria jurídica da entidade e de polos sindicais, tem conseguido reverter junto a justiça mediante importantes provas, muitas reintegrações de posses, a maioria delas com pedidos sem a comprovação da cadeia dominial das terras questionadas. O dirigente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Maranhão entende que precisa ser dado um basta aos interesses de políticos, empresários, latifundiários e grileiros, que mediante documentação produzida em cartórios, inclusive de terras devolutas, para expulsar famílias com ocupações centenárias, requerendo reintegração de posses perante a justiça. As práticas estão cada vez mais audaciosas, proporcionando muitas tensões no campo, gerando conflitos e confrontos, resultando em expulsões, incêndios criminosos até em templos católicos, sem falarmos nos assassinatos. A influência de políticos com a utilização do aparelho policial, acentua cada vez mais a imposição de que o poder tudo pode, destaca o dirigente da Fetaema, entendo que o momento exige um basta, principalmente com a chegada de um novo governo para combater os vícios perversos que dominam segmentos policiais e da justiça no interior do Maranhão, afirma Chico Miguel.

    Nos últimos dias, Chico Miguel, dirigentes sindicais e assessores jurídicos conseguiram suspender despejos na comunidade de “Engenho”, no município de São José de Ribamar; “Forquilha”, em Benedito Leite; “Etel Rural”, em Riachão; “Gado Bravinho”, em Balsas e em “Santa Maria dos Moreiras”, na cidade de Codó. Estava prevista a expulsão de mais de 400 famílias, as quais iriam sofrer a violência policial para deixarem posses seculares.

    O maior responsável por toda a problemática é o INCRA do Maranhão, hoje uma espécie de gueto do Partido dos Trabalhadores, que tem se transformado em instituição de defesa dos interesses de empresários, latifundiários e principalmente de políticos, fazendo inclusive convênios nada transparentes com prefeituras com objetivos eleitorais que precisam ser investigados pelo Ministério Público Federal. Várias entidades quilombolas estão encaminhando denúncias ao Ministério Público Federal para que a Controladoria Geral da União faça uma auditoria no órgão, que também não honrou o assentamento das 165 famílias que deixaram as terras Awá Guajá. Algumas ações para o problema só tomaram rumo, depois do juiz federal José Carlos do Vale Madeira, decidiu adotar providências enérgicas.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *