Promessa de Paulo Vitor com o pessoal demitido da câmara sem direitos trabalhistas não se sustenta

O vereador Paulo Vitor, presidente licenciado da Câmara Municipal de São Luís e empossado no último final de semana no cargo de Secretário de Estado da Cultura do Maranhão, proporcionou muita preocupação às 143 pessoas que trabalhavam no legislativo municipal, muitos dos quais com 20 anos e outros com mais de 30 anos, inclusive com carteira assinada, que foram demitidas pelo ex-presidente Osmar Filho, que além de não recolher as obrigações a previdência, de maneira arbitrária não pagou os direitos trabalhistas dos ex-servidores. Ele chegou a insinuar que era orientação da justiça, mas depois recuou, uma vez que a decisão judicial era pela exoneração, mas quanto aos direitos trabalhistas e obrigações a previdência, a responsabilidade era totalmente da Câmara Municipal.

                  Paulo Vitor em campanha prometeu resolver o problema    

À época alguns vereadores manifestaram solidariedade aos demitidos, mas nenhum teve coragem de cobrar dentro do parlamento municipal, o ato autoritário e irresponsável do ex-presidente, hoje deputado estadual. Em 2021, o vereador Paulo Vitor em campanha à presidência do legislativo municipal, publicamente em entrevista a uma emissora de rádio, registrou que a metade do seu 13º salário seria destinado para compra de cestas básicas das pessoas que tiveram os seus direitos desrespeitados, além de recorrer a outros colegas com gestos semelhantes. Paulo Vitor criou uma expectativa muito forte, de que na presidência da Câmara Municipal iria em busca de uma solução para o problema.

Paulo Vitor eleito, manteve a expectativa e em novembro de 2022 em entrevista a uma emissora de rádio, declarou que estava em conversações com todos os 31 vereadores para que em cada gabinete fossem colocadas duas pessoas em cargos comissionados. Para o universo de 143 pessoas prejudicadas oferecer 62 vagas, não foi bem aceita e eles voltaram a conversar com os advogados que patrocinam as suas ações na Justiça do Trabalho, com a observação de que iriam aguardar outra manifestação do vereador Paulo Vitor, que inclusive já sabe das pretensões das pessoas demitidas. Elas querem o recolhimento das contribuições previdenciárias para garantia de direitos, inclusive aposentadorias e o pagamentos dos seus direitos trabalhistas, salientando que se o novo presidente conseguir fazer o legislativo municipal honrar os pagamentos, ele estaria demonstrando como pessoa e político, seriedade e respeito a direitos legítimos, mas infelizmente a sua decisão é contrária, pelo que já demonstrou.

                   Retomar a ação judicial contra a Câmara Municipal

Estive conversando com um grupo dos prejudicados, eles lamentam que o vereador Paulo Vitor tenha se esquivado das promessas, uma vez que fora do legislativo municipal e numa secretaria estadual, com absoluta certeza, o que pode ocorrer são os conhecidos adiamentos constantes, enquanto a Ação Judicial fique retardada.

Os ex-servidores da Câmara Municipal vão se reunir e solicitar aos seus advogados celeridade na ação e se organizam para fazer movimentos denunciando o ato de violência e a omissão dos vereadores, de que diante da realidade optaram pelo silêncio da covardia, afinal de contas todos os prejudicados são povo e a falta de compromisso é a realidade.

Fonte: AFD

 

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