Beneficiários do Bolsa Família gastam dinheiro com apostas no jogo do Tigrinho e continuam passando fome

Se alguém ainda duvidava que o Brasil está a anos-luz de estar pronto para as mudanças que precisa, agora não resta mais dúvidas. Além do atraso secular causado pela nossa colonização, que demorou apenas 300 anos para criar o primeiro curso superior no Brasil, 500 anos depois de Cabral, o brasileiro médio ainda parece viver com uma mentalidade da Idade da Pedra – ou, no caso, das bets.

De acordo com um estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), 63% dos apostadores brasileiros já estão comprometendo sua renda com apostas. E isso não é tudo. Impressionantes 19% admitiram parar de comprar comida no mercado para continuar apostando, enquanto 11% preferiram deixar de gastar com saúde e medicamentos para alimentar o vício nas bets.

E não pense que essa bomba se limita a quem pode esbanjar dinheiro. O Banco Central revelou que só em agosto, beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em sites de apostas esportivas – isso representa 21,2% do total de recursos do programa naquele mês. Sim, o dinheiro que deveria comprar arroz, feijão e remédio está indo direto para o tigrinho, a pandinha e as cobrinhas da vida!

Desde janeiro deste ano, 24 milhões de brasileiros, fizeram pelo menos uma transferência, para sites de apostas. O perfil mais comum é de jovem entre 20 e 30 anos, com uma média de R$ 100 por aposta. Mas, adivinha? Conforme a idade avança, o valor também aumenta, e brasileiros com mais de 60 anos estão gastando, em média, R$ 3 mil por aposta. Isso mesmo, a terceira idade que devia estar aproveitando o sossego, está apostando pesado nas bets.

Cassinos Físicos ou Tigrinho Online?

Agora, a pergunta é: de quem é a culpa? Claro, parte é da própria população, mas o Estado também tem suas mãos sujas nesse jogo. Como pode o Brasil permitir o funcionamento de apostas online, mas proibir cassinos físicos? Quem geraria mais empregos?

Jornal da Cidade Online

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