Deputado Pastor Gil (PL-MA) retira assinatura da CPMI de 8 de janeiro por negociata com o PT

O que o governo do Lula (PT) tenta esconder sobre os atos ocorridos no dia 8 de janeiro, em Brasília? Parece que não há mais dúvidas de que algo muito grave realmente aconteceu. Para tanto, basta ver o desespero dos petistas em tentar de todas as formas barrar a CPMI. O deputado Pastor Gil (PL-MA) foi um dos deputados que retirou a sua assinatura da CPMI de 8 de janeiro, depois de ter negociado com PT cargos no segundo escalão e emendas parlamentares.

Eles estão fazendo qualquer negócio para evitar a instauração da Comissão, que pretende investigar a fundo eventuais omissões e responsabilidades nos atos contrários à gestão do petista, que terminaram em depredações a três prédios públicos de Brasília.

O Planalto já intimidou e ameaçou deputados de primeiro mandato, no sentido de que eles não receberiam as verbas de emendas parlamentares, caso não retirassem a assinatura do requerimento pedindo a instalação do colegiado.

Segundo denúncias, o PT chegou a ofertar R$ 60 milhões em recursos públicos para evitar a CPMI. Mas, agora, a ofensiva inclui até promessa de cargos de segundo escalão do governo. Entre os postos ofertados, estão a diretoria do Banco do Nordeste, as superintendências da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e também do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

Autor do pedido de instauração da CPMI, o deputado André Fernandes (PL-CE) disse que a base governista já conseguiu a retirada de três nomes da lista: Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), Célio Silveira (MDB-GO) e Pastor Gil (PL-MA). Mas, avisou:

– Eles estão retirando, mas a gente está colocando mais – comemorou.

Milton Vieira (Republicanos-SP), Luiz Nishimori (PSD-PR), Junior Lourenço (PL-MA), Celso Russomanno (Republicanos-SP) e Luciano Vieira (PL-RJ) aderiram à oposição ao Governo do PT e assinaram o pedido, que, até o momento, tem o apoio de 191 deputados e 35 senadores.

Prudente e astuto como uma serpente, Lula sabe que não tem a maioria dos votos nem na Câmara e nem no Senado. Por isso, Lula deixou para os meses de março e abril a distribuição de cargos menos relevantes, aqueles do tipo “cala a boca, parlamentar”.

Jornal da Cidade Online

 

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