Dossiê de contratações ilegais na SEJAP com desvios de milhões de reais serão encaminhados a Comissão de Transição do Governo Eleito

    dosseieA Comissão de Transição do Governo Flávio Dino vem mantendo entendimentos com a atual administração, buscando informações em vários setores para que possa pelo menos ter uma ideia de como se encontra a máquina governamental para que a partir de informações possa começar a traçar seus planos de metas. O Movimento Auditores Unidos Contra a Corrupção construiu um dossiê  de um contrato viciado a partir de uma simples portaria do ex-secretário Sebastião Uchôa, em que a empresa Gestor Serviços recebeu ordem para executar uma farra de contratos para beneficiar 294 pessoas com salários variando entre mil e quinhentos a sete mil reais, sem a obrigatoriedade do exercício de qualquer atividade. No documento constam os nomes de todos os contratados com os seus respectivos salários e pode-se observar que muita gente tem ligações com autoridades dos poderes constituídos.

     Mensalmente são gastos 1,5 milhão de reais, de acordo com o Movimento de Auditores Unidos Contra a Corrupção – MAUCC, que inclusive chegou a encaminhar uma cópia do dossiê para o Ministério Público. A farra de contratos teve inicio desde o mês de abril do ano passado, conforme portaria publicada no Diário Oficial do Estado. Nos levantamentos feitos pelo MAUCC fica bem evidente que criminoso contrato corrupto foi feito para atender interesses de muita gente envolvida dentro de todo o contexto da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária.

      A SEJAP na administração do ex-secretário Sebastião Uchôa se transformou em um antro de corrupção com a concessão de reajustes e prorrogações de contratos milionários mediante termos aditivos, antes dos dois períodos de emergência, mas foi a partir da decretação dela é que a  corrupção se tornou deslavada. Muitos recursos que deveriam ser aplicados nas unidades prisionais e que seriam para proporcionar um atendimento digno para a população carcerária nunca chegou aos beneficiários e toda a problemática com assassinatos e fugas foram resultantes da falta de investimentos e construção de novas unidades prisionais para diminuir a superpopulação.

      O mais interessante é que instituições como o Conselho Nacional de Justiça, o Ministério Público, as Varas das Execuções Criminais, o Conselho Penitenciário do Estado até mesmo a farsa montada com a criação do Comitê de Gestão Integrada, diante da cruel realidade não conseguiram visualizar todas as barbáries praticadas dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, com o registro de quase 50% de assassinatos em relação ao ano passado e a corrupção que ainda é mantida dentro de várias unidades prisionais. O Dossiê das Contratações Ilegais será entregue a Comissão de Transição do Novo Governo para que ela tenha apenas uma noção que os espera dentro do Sistema Penitenciário do Estado.

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