Interferência política do PT na Petrobrás pode ser a volta à cena recente

O terceiro mandato do Lula (PT), como em outras gestões do petista, mira na “galinha dos ovos de ouro”, a Petrobras, e põe em prática um plano para reestruturar a estatal. O Governo do PT pretende interferir diretamente na política de preços da empresa e nos dividendos distribuídos a acionistas da estatal. Nesta quinta-feira (2), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, defendeu que a política de preços de paridade de importação para combustíveis, a PPI, deixe de ser “o único parâmetro” para tabelar os valores.

– O importador é meu competidor. Me obrigar a praticar o preço do concorrente não faz sentido – alegou.

– A Petrobras vai praticar preços competitivos de mercado nacional conforme ela achar que tem que ser, para garantir sua fatia de mercado. Se é o PPI o melhor preço, por acaso, que seja. Mas na maior parte das vezes talvez não seja. O PPI, para a Petrobras, só garante ao concorrente uma posição confortável – acrescentou.

A distribuição de bilhões de dividendos, por enquanto, será mantida. Mas, a produção de petróleo pela Petrobras, que hoje é considerada a segunda mais lucrativa petroleira do mundo; por incrível que pareça, será abandonada paulatinamente. É que o PT planeja investir em transição energética.

– A produção do petróleo não vai desaparecer de uma hora para outra, mas a Petrobras não se furtará de investir em novas fronteiras. Queremos ser protagonistas da economia de baixo carbono, explicou o presidente da Petrobrás. A verdade é que existem muitas incertezas com a forte influência política partidária na empresa.

Jornal da Cidade Online

 

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