Rodrigo Maia assina decreto dando 180 dias para rádios solicitarem migração do AM para FM

O deputado Rodrigo Maia, no exercício da presidência da República, assinou decreto (9.270) nesta quinta-feira, 25, que fixa prazo de 180 dias para as rádios AM manifestarem interesse na adaptação de outorga do serviço de radiodifusão, migrando para FM.

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DECRETO Nº 9.270, DE 25 DE JANEIRO DE 2018

Fixa prazo para manifestação de interesse na adaptação de outorga do serviço de radiodifusão sonora em onda média, de caráter local, regional e nacional, para a execução do serviço de radiodifusão em frequência modulada.

O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 33, § 1º, da Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, e no art. 11, § 1º e § 2º do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto nº 52.795, de 31 de outubro de 1963,

DECRETA :

Art. 1º Fica aberto, por cento e oitenta dias, contados da data de publicação deste Decreto, o prazo previsto no § 1º do art. 2º do Decreto nº 8.139, de 7 de novembro de 2013, para as prestadoras do serviço de radiodifusão sonora em onda média, de caráter local, regional e nacional, apresentarem requerimento ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações para solicitar a adaptação de suas outorgas para execução do serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 25 de janeiro de 2018; 197º da Independência e 130º da República.

RODRIGO MAIA

Elton Santa Fé Zacarias

Petrobras reduzirá preços do diesel e da gasolina nas refinarias a partir deste sábado

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 – A Petrobras reduzirá os preços do diesel em 1,3 por cento e os da gasolina em 0,2 por cento nas refinarias a partir de sábado, segundo comunicado divulgado nesta sexta-feira.

                  Os reajustes fazem parte da nova sistemática de formação de preços da companhia, em vigor desde julho, que prevê alterações até diárias para os valores dos combustíveis. O interessante é que os aumentos são refletidos imediatamente nos postos e sempre superam os percentuais divulgados. Quanto a redução, não são levadas a sério e em alguns Estados, são obedecidos mediante a intervenção dos órgãos fiscalizadores, dentre os quais o Procon.

Fonte: Yahoo Noticias

 

Justiça de Balsas decide que o SAAE e não pode cobra conta de água por estimativa

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   O Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE) não pode cobrar conta de água por estimativa, caso a unidade consumidora não possua hidrômetro. Este é o entendimento de sentença proferida pelo Poder Judiciário em Balsas, de autoria do juiz substituto Pablo Carvalho, respondendo pela 1ª Vara da comarca. A sentença condenou o SAAE a realizar a instalação de hidrômetro na residência do autor da ação, no prazo de 15 dias, sob pena de multa diária de R$ 100,00 (cem reais) em caso de descumprimento, assim como ao pagamento da quantia de R$ 2 mil a título de indenização por danos morais.

                Na ação, o consumidor requereu a instalação de hidrômetro em sua unidade consumidora, assim como a condenação da empresa concessionária ao pagamento das diferenças de valores gerados na sua conta de água, durante o período em que seu imóvel ficou sem o equipamento de medição.

                 Segundo o autor, o SAAE vinha cobrando em excesso os valores devidos a título de tarifa de fornecimento de água, desde 2014, de forma que a unidade consumidora, por não possuir hidrômetro, vinha pagando valor calculado por estimativa. Afirmou ainda que sofreu transtornos diversos em virtude da má prestação do serviço. A empresa, por sua vez, alegou inexistirem vícios no abastecimento ou que os mesmos decorreriam de força maior, e que não teria sido demonstrada a ocorrência do dano moral reclamado.

                  O juiz ressaltou que o cliente comprovou que em sua residência não havia hidrômetro instalado, informação constante na própria fatura de consumo e assumida pela empresa, que realizava a cobrança por estimativa, desconsiderando o efetivo consumo do consumidor. Nesse caso, segundo a sentença, a cobrança deveria ocorrer com base na tarifa mínima, sendo indevido o cálculo por estimativa por não corresponder ao serviço efetivamente consumido, o que ocasiona o enriquecimento ilícito da empresa, por cobrar em desacordo com o serviço usufruído.

                  A sentença esclarece que ficou demonstrada a conduta ilícita da SAAE, qual seja, a omissão injustificada da instalação do hidrômetro na residência do autor, com cobrança de valores indevidos. O juiz também condenou a empresa concessionária a restituir ao consumidor, em dobro, os valores pagos indevidamente.

Assessoria de Comunicação
Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão

Cármen Lúcia nega dois habeas corpus em favor de Lula

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Cármen Lúcia nega dois habeas corpus em favor de Lula

Os dois pedidos foram apresentados por estudantes de Direito

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, negou na noite de ontem (24) dois pedidos de habeas corpus em favor do ex-presidente Lula. O petista foi condenado, por unanimidade, em segunda instância, pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), a 12 anos e um mês, em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo sobre o triplex localizado no Guarujá (SP).
Os dois pedidos foram apresentados por estudantes de Direito. Em um deles, foi pedida a concessão de liminar “até o esgotamento de todas as possibilidades de recursos da segunda instância”. O outro pedido diz que haveria “eminente ameça de prisão injusta, sem trânsito em julgado, podendo gerar constrangimento irreversível e ilegal (…) sem qualquer prova cabal”.
A argumentação apresentada pela ministra para os pedidos foi similar, tendo por base a argumentação de que “não é atribuição do STF decidir, neste momento, esta questão”.
Fonte: Congresso em Foco

A Segunda Esquadra da Marinha

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                                                                 André Trindade e Carlos Nina*

A criação e implantação da Segunda Esquadra da Marinha do Brasil é um projeto antigo, consequência lógica na realidade de um país continental como o Brasil, com litoral de 7.367 km e apenas uma Esquadra, sediada no Rio de Janeiro.

                    Os críticos do projeto perguntam: se a Primeira Esquadra não atende satisfatoriamente às suas finalidades, por falta de recursos, como ou para que criar uma segunda Esquadra?

                   O Ministro da Defesa, Raul Jungmann, em entrevista concedida em junho de 2016, na Base Aérea de Campo Grande (MS), quando de conflito fronteiriço com o Paraguai, admitiu que sua pasta estava engessada por falta de recursos, cuja liberação emperra no Congresso Nacional. Referia-se à presença do Exército nas fronteiras, mas a situação não é diferente com relação às demais Forças.

                  Não tem este breve texto o objetivo de analisar os critérios pelos quais o Congresso Nacional libera as verbas públicas, apenas enfatizar a importância desses recursos para fortalecer, desenvolver e manter as Forças Armadas. E isso diz respeito à implantação da Segunda Esquadra da Marinha do Brasil, tanto quanto à eficácia da Primeira.

                As questões levantadas pelos opositores da instalação de mais uma Esquadra da Marinha são pertinentes, mas não são procedentes nem têm consistência sob o aspecto político, econômico e social, quando se trata de pensar sobre o País, como Estado e como Nação, sua proteção, integridade e desenvolvimento. Do contrário, não teríamos sequer chegado ao estágio atual, que, com certeza é bem melhor do que já foi no passado, por razões óbvias.

               As dificuldades não devem ser vistas como óbices e sim como desafios, que as Forças Armadas conhecem, estudam, discutem em suas esferas próprias, mas cujas decisões dependem de esferas políticas fora de sua alçada. É aí que deve entrar a sociedade civil, a quem servem o Exército, a Aeronáutica e a Marinha do Brasil.

                É necessário que cada cidadão, a sociedade civil e suas organizações conheçam suas Forças Armadas, suas finalidades, suas dificuldades e saibam como apoiá-las para que sejam dotadas de recursos necessários para atingir suas finalidades e cumprir seus deveres constitucionais, que são a defesa da Pátria, a garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem (Art. 142, CF). Para isso as Forças Armadas devem estar sempre preparadas, pois o preço da liberdade é a eterna vigilância, como já teria dito Thomas Jefferson no século XVIII. E o mundo não está ficando menos belicoso. Basta atentar para o noticiário.

                Estar preparado não significa dizer em estagnação. É preciso conhecer a importância da atuação das Forças Armadas em tempos de paz, além da prontidão na defesa da integridade nacional, protegendo suas fronteiras, seu litoral, inclusive a plataforma marítima e o espaço aéreo brasileiro. Atuam em emergências para socorrer a população em calamidades públicas, inclusive em cooperação com outros países, a serviço da ONU. É nelas que significativa parcela da juventude, nas escolas militares, recebe o que ainda há de formação cívica no País. Desenvolvem atividades sociais nas comunidades onde estão inseridas ou em projetos aos quais se associam.

                Desistir de expandir a presença militar no País, acomodando-se sob o argumento de falta de recursos, é usar a estratégia da avestruz, quando, na verdade, o que deveria haver era uma mobilização consciente em torno da reivindicação de recursos que fortaleçam essa presença, como caminho seguro para preservar e manter os fundamentos da República, dos quais os primeiros são a soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana (Art. 1º, CF).

                  Tratar, portanto, da instalação de uma Segunda Esquadra da Marinha é cuidar do interesse nacional, para proteger mais diretamente as regiões Norte e Nordeste. No caso da Segunda Esquadra da Marinha, em que pese o manifesto e legítimo interesse de outros estados, a ilha de São Luís, localizada no Estado do Maranhão, foi escolhida de acordo com estudos técnicos, levando em consideração a sua posição geográfica estratégica, assim como essa mesma circunstância pesou na escolha de Alcântara para a instalação da Base de Lançamento de Foguetes, como alternativa ao Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, localizada no Estado do Rio Grande do Norte.

                   Além da localização geográfica estratégica, as características do litoral maranhense, a profundidade do canal marítimo, a variação das marés, a navegabilidade na Baía de São Marcos e sua estrutura portuária também foram fatores técnicos determinantes para essa escolha, uma vez que o projeto prevê uma elevada operação de embarcações.

                  É evidente que para o Estado e, particularmente, para a Capital serão incalculáveis os benefícios, desde o desenvolvimento econômico e social trazidos pela implantação de uma Esquadra da Marinha, pois propiciará a criação de centenas de empregos diretos e indiretos, movimentará o comércio e industria local, estimulará a criação de um centro de produção e difusão de conhecimento, além de fomentar na sociedade uma cultura Naval pelos interesses das coisas do mar, das atividades realizadas pela Marinha do Brasil e pela prodigalidade da natureza na formação da área portuária da Ilha.

                A implantação da Segunda Esquadra, de acordo com informações veiculadas na visita do Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Comandante da Marinha do Brasil, ao Governador Flávio Dino, trata-se de um investimento em torno de R$ 3 bilhões até a sua concretização. O Governador tem sido receptivo ao projeto e até pediu medidas políticas e administrativas ao então Ministro da Defesa, Aldo Rebelo, quando, em fevereiro de 2016, esteve com o Governador do Maranhão (tecnodefesa.com.br).

                A Marinha do Brasil já tem área reservada em relação à estudos futuros de implantação de uma Base Naval na Ilha de São Luís, mas depende de decisão política para que o processo seja desencadeado, com vistas à instalação da Segunda Esquadra da Marinha.

                De acordo com as autoridades no assunto, esse é um projeto que levará em torno de vinte anos para ser implementado. Isso significa dizer que demorar na tomada dessa decisão será retardar ainda mais o atendimento a uma demanda que já se impõe há décadas.

                É imprescindível, portanto, que a sociedade brasileira conheça as atribuições e deveres de suas Forças Armadas, contribua de forma cívica para que lhes sejam dadas as condições satisfatórias ao atendimento das necessidades inerentes a um país da envergadura do Brasil, com uma população de 190.732.694 de pessoas (IBGE,2010), 8.514.877 km2 (IBGE) de área, fronteira com dez países, um litoral de 7.367 km de extensão, a cujo contorno somam-se quase dois mil quilômetros, se consideradas as saliências e reentrâncias, uma rede hidroviária dividida em 12 bacias hidrográficas, com 63 mil km de extensão de rios e lagos, dos quais 42 mil km são de rios potencialmente navegáveis, mas somente 20 mil são utilizados economicamente para o transporte interior, de acordo com dados da ANTAQ (2012). Isso sem falar das riquezas naturais como o Pantanal Mato-Grossense, a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica e a Amazônia Azul®.

                   Já se passaram 195 anos desde a formação da (Primeira) Esquadra da Marinha. A descentralização das atividades da Marinha é premente. O processo é lento. Urge que seja iniciado. Em prol da preservação das riquezas nacionais, do Brasil, sua soberania e sua gente.

André Trindade é Capitão de Mar e Guerra da Marinha do Brasil e ex-Capitão dos Portos do Maranhão. Carlos Nina é advogado e mestre em Direito Econômico e Político (Mackenzie)

 

Trabalhadores rurais ameaçados por jagunços são vítimas de prisões arbitrárias no Maranhão

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Comunidade da gleba Negra Velha, no município de Luís Domingues, está ameaçada por pistoleiros e, além disso, duas pessoas foram presas em uma ação da polícia e casas foram queimadas.

            Trabalhadores rurais da Gleba Negra Velha, situada no município de Luís Domingues, Maranhão, encontram-se ameaçados por jagunços armados. São cerca de 50 famílias que utilizam a terra para o plantio do roçado, sendo este o principal modo de vida. Essa ameaça parte de um grupo de grileiros da região, que promovem a extração de recursos vegetais e minerais nesse território.

             Desde o ano de 2017, diversas ações intimidatórias, bem como o uso de violência, já foram aplicadas por esse grupo, que se diz proprietário da terra. No dia 4 de janeiro de 2018, uma das pretensas proprietárias da terra, provocou uma ação possessória não sentenciada com o apoio da Polícia Militar (PM), ateando fogo em casas de trabalho e morada dos lavradores. Nesse dia, dois Ima Sendo que um destes lavradores é idoso, e chegou a passar mal durante a prisão.

               A denúncia foi apresentada na Secretaria de Segurança Pública do Estado do Maranhão, onde os trabalhadores exigem medidas urgentes por parte dos órgãos competentes, de modo a coibir a ação dos jagunços, como também a punição dos policiais envolvidos nesta ação.

               Nesta última segunda-feira, 22 de janeiro, agentes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) visitaram o local para realizar o acompanhamento jurídico dos trabalhadores rurais.

                Devido às ameaças e a possibilidade do uso de armas de alto calibre pelos jagunços, os trabalhadores rurais seguem sem acessar suas plantações e temem pelas suas vidas.

Confira mais imagens da comunidade Negra Velha:

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Imagem mostra onde trabalhadores foram algemados e ficaram por 24 horas em pé, sem água e comida. Crédito: CPT-MA

Fonte: CPT Nacional

Corregedoria Geral de Justiça vai investigar a prisão de jovem por mais de 08 meses em Pedrinhas sem ordem judicial

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Thiago Arthur ficou por oito meses preso na Penitenciária de Pedrinhas de forma irregular. A Procuradoria Geral de Justiça bem que pode determinar as Vara das Execuções Penais fazerem auditoria no Sistema Penitenciário quanto a população carcerária

  Por meio de Portaria assinada pelo corregedor-geral da Justiça, desembargador Marcelo Carvalho Silva, foi aberto procedimento investigatório pela Corregedoria Geral da Justiça (CGJ-MA) para apurar possível irregularidade na prisão de Thiago Arthur Fonseca Ferreira.

                     O jovem, que figura como parte em ação criminal que tramita na 8ª Vara Criminal de São Luís, teria permanecido preso por oito meses no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, sem ordem judicial. O erro foi identificado por meio de correição realizada na vara judicial pela juíza Oriana Gomes.

                     O corregedor determinou ao juiz titular da unidade o encaminhamento, no prazo de cinco dias, de informações sobre a instrução e cópia integral do processo. Na Portaria, o corregedor considerou o dever da CGJ de promover a apuração de fatos que possam eventualmente consistir em irregularidade praticada por servidores ou magistrados de primeiro grau no exercício das funções; assim como o disposto na Resolução N° 13/2011, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o artigo 173 do Regimento Interno do TJMA.

 Assessoria de Comunicação

Corregedoria Geral da Justiça (CGJ-MA)

Trama do PT prevê o fim da Lei da Ficha Limpa

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A Lei da Ficha limpa surgiu por iniciativa popular, numa campanha memorável que angariou mais de 2,5 milhões de assinaturas. De acordo com o texto da lei pessoas que estejam condenadas em segunda instância ficam impedidas de se candidatarem a cargo eletivo.

É justamente o caso de Lula, com a sua condenação confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª. Região (TRF-4).

Será também o caso de Gleisi Hoffmann, que ainda neste semestre deverá ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, se condenada, ficará inelegível e poderá ser presa.

Nesse sentido, em mais uma trama encabeçada pelo PT, o PCO (Partido da Causa Operária), um agregado do PT, lançou esta semana uma campanha pelo fim da Lei da Ficha Limpa.

                  A Lei da Ficha Limpa foi aprovada com exaltações contundentes de instrumento para a moralidade e combate a políticos corruptos, tanto na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, destacando-se o deputado José Eduardo Cardoso e Flavio Dino e o senador Aluísio Mercadante.  Ela foi sancionada sem quaisquer restrições pelo então Presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Fonte: Jornal da Cidade Online

Entenda as diferenças entre auxílio doença comum e acidentário

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Muitos bancários têm dúvidas quanto aos direitos trabalhistas. Um dos benefícios que mais causa confusão entre os trabalhadores é o auxílio-doença.

O auxílio-doença é dividido em dois tipos: acidentário e previdenciário. A seguir, esclareceremos algumas dúvidas sobre esse auxílio, mostrando suas diferenças.

Para requerer um auxílio doença ao INSS é necessário comprovar, em perícia médica, doença ou acidente que o torne temporariamente incapaz para o seu trabalho.

O empregado deve estar afastado do trabalho há pelo menos 15 dias (corridos ou intercalados dentro do prazo de 60 dias se pela mesma doença).

O auxílio doença previdenciário (B31) é de direito do segurado que tiver contraído doença não decorrente de sua atividade laboral. Para ter direito ao benefício, é exigido um período de carência de 12 meses, no qual o trabalhador deverá ter contribuído ao INSS.

Esse tipo de auxílio não garante ao beneficiário estabilidade de emprego, assim como não obriga o empregador a depositar o FGTS durante o período de afastamento.

O auxílio doença acidentário (ou B91) tem relação direta com o exercício da atividade laboral. O segurado pode recorrer ao auxílio quando sofrer qualquer acidente no seu local de trabalho, ficando impossibilitado de exercer suas funções, ou quando for acometido por doença ocupacional (Ex.: LER / DORT).

Não existe um período de carência relacionado a esse auxílio, podendo ser requerido a qualquer momento. O trabalhador que receber o benefício tem ainda a garantia de estabilidade durante 12 meses após o retorno ao trabalho, além da obrigatoriedade ao empregador em depositar o FGTS durante o afastamento.

E mais:

Após o 16º dia de afastamento por doença, o funcionário deve protocolar cópia do atestado médico junto ao banco, que deverá fornecer ao bancário: DUT – Declaração do último dia trabalhado, marcar a perícia junto ao INSS e emitir a CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho, quando necessário.

Caso a empresa se omita, o bancário deve marcar a perícia numa agência do INSS ou pelo telefone 135 e procurar o Sindicato para emissão da CAT quando necessário.

No dia da perícia é necessário apresentar:

  • Documento original de identificação oficial com foto.
  • Número do CPF;
  • Carteira de trabalho, carnês de contribuição e outros documentos que comprovem pagamento ao INSS;
  • Documentos médicos decorrentes de seu tratamento, como atestados, exames, relatórios, receitas médicas, dentre outros, para serem analisados pelo perito do INSS.
  • DUT declaração carimbada e assinada do empregador, informando a data do último dia trabalhado;
  • CAT – Comunicação de acidente de trabalho se for necessário.

             Bancário, caso ainda tenha dúvidas, recorra aos serviços de assistência jurídica e de saúde e segurança no trabalho oferecido pelo sindicato. O SEEB-MA estará sempre à sua disposição.

Fonte: SEEB-MA

Lula mais perto da prisão que da Presidência

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Um operário que venceu a fome e conduziu o Brasil ao topo, ou o chefe de um dos maiores esquemas de corrupção da história: ninguém é indiferente a Luiz Inácio Lula da Silva em um país que se debate entre levá-lo à Presidência ou à prisão.

                 Aos 72 anos, o destino de quem Barack Obama chamou, há uma década, de “o cara”, ficou ainda mais sombrio nesta quarta-feira (24), quando um tribunal de apelações confirmou sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro, elevando a pena a 12 anos e um mês de prisão.

                 Em Porto Alegre, o trio de desembargadores encarregado de julgar seu recurso não hesitou em apontar Lula como o chefe do enorme esquema de propinas da Petrobras, comprometendo suas expectativas de voltar às eleições de outubro à Presidência que ocupou entre 2003 e 2010.

Ele poderá continuar recorrendo em liberdade, mas o tempo se esgota para o ícone da esquerda. “O ex-presidente foi um dos articuladores, se não o principal, do amplo esquema de corrupção” na Petrobras, argumentou um dos juízes em seu voto.

                 Mas o ex-torneiro mecânico, que comandou o milagre econômico do Brasil, já burlou vários finais durante sua carreira.

                   Esta manhã, em seu quarte-general no cinturão industrial de São Paulo, Lula disse estar com a consciência tranquila de não ter cometido nenhum crime. Favorito nas pesquisas, Lula se considera vítima de um pacto das elites para impedir que vença as eleições de outubro, em uma guerra que começou em março de 2016 com a Polícia acordando-o ao amanhecer para levá-lo para depor.

                    Não houve volta atrás na tensa escalada que resultou, em julho, em sua primeira condenação a quase dez anos de prisão, depois de o juiz Sérgio Moro considerá-lo beneficiário de um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, oferecido pela empreiteira OAS em troca de contratos na Petrobras.

                   “Quando era criança, conheci a fome e nunca ousei roubar nem uma maçã. Como poderia roubar um apartamento?”, afirmou Lula há uma semana. Com outros seis processos abertos, o confronto ressuscitou o combativo líder sindical, cuja trajetória não parou desde que deixou o chão de fábrica até ser eleito Presidente da República; mas os escândalos e a crise corroeram aqueles 87% de popularidade, com os quais deixou o Planalto, em 2010.

– ‘Estrela de rock’ –

                  Nascido na aridez de Caetés, interior de Pernambuco, Lula conheceu desde criança o lado dramático da pobreza que castigava quase um terço dos brasileiros.

                  Sétimo filho de um casal de analfabetos, foi abandonado pelo pai antes de a família emigrar para a industrial São Paulo, assim como outros milhões de conterrâneos.

                  Ele foi vendedor ambulante e engraxate. Aos 15 anos, iniciou a formação como torneio mecânico, perdeu um dedo mindinho ao operar um torno mecânico, ao final dos anos 1970 liderou uma greve histórica que desafiou a ditadura militar (1964-85).

                 Brasília, no entanto, precisou esperar e foi derrotado em três ocasiões como candidato à Presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que ele próprio cofundou em 1980.

                  Quatro anos antes, este sindicalista carismático havia se apresentado em uma conferência do economista Eduardo Suplicy. Na época, tinha formação de operário, mas queria saber tudo sobre distribuição de renda.

                 “O Lula tem uma capacidade de assimilar conhecimentos e de se pronunciar de uma maneira tão clara que conseguiu entusiasmar a população brasileira e, especialmente, porque ele sempre manteve um contato muito próximo com a população e inclusive com a população mais pobre”, contou à AFP Suplicy, que também foi cofundador do PT e senador durante 25 anos.

                   O político a quem a revista Foreign Policy chamaria posteriormente de “estrela de rock da cena internacional”, chegou finalmente à Presidência em 2003. Durante seus dois mandatos, empurrados pelo vento favorável da economia mundial, 30 milhões de brasileiros saíram da pobreza.

                  E coroou sua Presidência conseguindo a sede da Copa do Mundo de futebol de 2014 para o Brasil e os Jogos Olímpicos de 2016 para o Rio de Janeiro.

– ‘Sem limites’ –

                   Mas aqueles anos de glória foram a raiz dos problemas que o conduziram às portas da prisão, como muitos apontam e afirmou em setembro seu ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, agora preso por corrupção.

                “[Lula] dissociou-se definitivamente do menino pobre retirante para navegar no terreno pantanoso do sucesso sem cítica (…), do poder sem limites”, escreveu aquele que foi um dos mais influentes líderes do PT.

                  Os dois haviam sobrevivido juntos ao escândalo do Mensalão, em 2005, um esquema milionário de contabilidade ilegal para comprar o apoio de congressistas, após o que Lula desmontou a direção do partido.

                 Ele conseguiu se manter à margem, foi reeleito em 2006 e em 2010 carimbou a vitória de sua sucessora e afilhada política, Dilma Rousseff (destituída em 2016 pelo Congresso).

                  Pouco depois, foi diagnosticado com um câncer na laringe, do qual foi curado, embora a doença tenha deixado ainda mais rouca sua voz, que agora ergue para dizer que continuará lutando para voltar ao poder e restituir a honra de sua esposa, a falecida Marisa Leticia, citada com ele em alguns processos a que responde.

Fonte: YAHOO Noticias