Diante da exacerbada fragilidade das autoridades, demonstrada na última greve dos rodoviários, em que tripudiaram do Ministério Público do Trabalho e da Justiça do Trabalho, desconhecendo acintosamente determinações das duas instituições, acreditando na impunidade, que pelo visto acabou se concretizando.
A greve acabou, quando o prefeito Eduardo Braide, que inicialmente se mostrou publicamente contrário ao reajuste de tarifas, mas temendo pelos desgastes políticos acenou com um repasse de R$ 12 milhões para os empresários sendo R$ 2,5 milhões mensais para os empresários honrarem compromissos com os rodoviários e R$ 1,5 milhão para o “cartão cidadão” no período de novembro a janeiro. O acordo que venceu em janeiro, data base do acordo salarial dos rodoviários, a prefeitura de São Luís decidiu prorrogar por mais dois meses os repasses mensais, elevando o valor total para R$ 20 milhões.
Empresários e rodoviários estão em processo de negociação do acordo coletivo de trabalho, em que propostas e contrapropostas não têm gerado desentendimentos cada vez mais acentuado. A última proposta dos empresários apresentada aos rodoviários destaca um reajuste de 5% condicionado a demissão de todos cobradores das empresas de São Luís.
Os rodoviários receberam a proposta como um total desrespeito a categoria e muito mais pela audácia indecente avaliada por eles, em que os rodoviários quer impor a demissão de cobradores, trabalhadores integrantes da categoria. A revolta foi tamanha pelo condicionamento dos empresários, que resultou na decisão de uma greve que deve ter início na a zero hora.
Empresários querem mais dinheiro da prefeitura
Os empresários que em novembro do ano passado receberam presente de papai noel antecipado da prefeitura de São Luís e já elevaram até março, agora entendem que precisam de mais recursos e para tanto tripudiam com os rodoviários forçando-os a greve para um eventual entendimento, forçando a prefeitura aumentar ainda mais os repasses e acabe os tornando fixos. Enquanto isso o serviço é cada vez deficiente e a inoperância do poder público para com os direitos dos usuários é vergonhoso. Há poucos dias, o sindicalista Paulo Henrique da Silva da categoria dos usuários, ao depor na CPI dos Transportes Coletivos, denunciou corrupção na SMTT, envolvendo também o empresário Manuel Cruz, que tem escritório dentro da Secretaria de Trânsito e Transporte.
Apesar da grave acusação feita pelo sindicalista perante a CPI, ela foi ignorada pela Prefeitura de São Luís, o que torna o problema bem mais sério e comprometedor.
Fonte: AFD








