“Nós estamos vendo o crime ser premiado”: Diz o senador Sérgio Moro

O senador Sergio Moro (União-PR) comemorou a aprovação do projeto de lei (PL 677/2021) na Comissão de Segurança Pública (CSP). O texto, de autoria do senador Marcos do Val (Podemos-ES), classifica a corrupção como crime hediondo e eleva a pena mínima de dois para seis anos. Relator da proposta, Moro afirmou que o combate à corrupção perdeu força nos últimos anos e que o projeto representa um passo necessário para restaurar o país.

“Hoje é um pequeno passo, e não ignoro as dificuldades que teremos para aprovar, até o seu cabo, esse projeto de lei, mas pelo menos a Comissão de Segurança, por um voto unânime dos seus membros, diz que não concorda com esse quadro. Diz que chegou o momento de dizer que a corrupção é, sim, um crime que fere a República, que destrói a moral mais do que vilipendia os cofres públicos”, declarou em seu pronunciamento no Plenário. 

O parlamentar citou o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu como exemplos de figuras públicas condenadas por corrupção que voltaram à cena política após terem sido beneficiadas por decisões judiciais que anularam suas condenações. Segundo Moro, a impunidade desmoraliza o país e permite que o crime seja celebrado, em vez de punido. “Nós estamos vendo, dia a dia, o crime ser premiado, anulações de condenações criminais por razões que nos causam estranheza, que fogem à nossa compreensão, e ladrões do erário se sentindo à vontade para tripudiar sobre a sociedade, para tripudiar sobre o contribuinte”, afirmou.

Jornal da Cidade Online

Mídia internacional vê com preocupação os poderes sem limites do ministro do STF, Alexandre de Moraes no Brasil

Publicações estrangeiras de peso vêm expressando preocupação com a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, apontando uma possível concentração de poderes e questionando os limites de sua autoridade. As críticas ganharam repercussão nesta semana em reportagens da revista britânica The Economist e da americana The New Yorker, além de menções no jornal The New York Times.

Em uma das matérias intituladas “A Supremo Corte do Brasil sob julgamento”, The Economist observa que, embora a democracia brasileira enfrente sérios desafios devido a políticos acusados de corrupção, outro fator preocupante é o papel cada vez mais central e poderoso do Judiciário — personificado, segundo a revista, por Alexandre de Moraes.

 “Seu histórico mostra que o Poder Judiciário precisa ser reduzido”, afirma o texto, sugerindo que o Supremo Tribunal Federal adote mais moderação, especialmente evitando decisões monocráticas e buscando maior colegialidade nas deliberações — como, por exemplo, ao levar o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro ao plenário.

A publicação destaca como Moraes, mesmo tendo trajetória anterior ao STF ligada à centro-direita, hoje conduz investigações que, para a revista, extrapolam os limites institucionais. Como exemplo, cita a ordem de busca e apreensão contra empresários bolsonaristas com base em mensagens privadas, além de bloqueios de contas em redes sociais sem justificativas claras às plataformas envolvidas.

Já a The New Yorker abordou o perfil do ministro de maneira detalhada, relembrando os antagonismos que acumulou — inclusive com figuras internacionais como Elon Musk e Donald Trump. A matéria inclui uma declaração contundente de Moraes: “Se Goebbels estivesse vivo e tivesse acesso ao X, estaríamos condenados. Os nazistas teriam conquistado o mundo.” Segundo a reportagem, investigações lideradas por Moraes chegaram a ultrapassar os limites esperados de sua autoridade, como no caso de multas e restrições contra usuários do X (ex-Twitter), com medidas aplicadas mesmo sem ampla explicação ou respaldo técnico divulgado.

O New York Times, por sua vez, chamou a atenção para o fato de Moraes ser tanto o relator do julgamento de Jair Bolsonaro quanto um dos potenciais alvos de um suposto plano de assassinato ligado à tentativa de golpe. O jornal questiona se é apropriado que ele permaneça diretamente à frente do processo, dadas as implicações pessoais.

Apesar das críticas, as reportagens ponderam que o STF frequentemente atua em um cenário de omissão de outras instituições brasileiras, e que suas decisões, embora incomuns em termos internacionais, ainda se mantêm tecnicamente dentro da legalidade. Para a The Economist, a chave seria um ajuste no tom: mais equilíbrio, maior colegialidade e respeito ao princípio da separação entre os Poderes. Está mais do que claro que sanções a Moraes podem ser o ponto de partida para colocar um fim em toda a cruel perseguição que atinge o Brasil.

Jornal da Cidade Online

‘Lula tem sido bastante omisso, diante de casos graves de corrupção envolvendo aliados’, detona senador

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) afirmou que o governo Lula tem sido omisso diante de casos graves de corrupção envolvendo aliados políticos. Ele citou a apreensão de R$ 500 mil escondidos na cueca do empresário Renildo Evangelista Lima, marido da deputada Helena Lima (MDB-RR), como exemplo de impunidade. Segundo Girão, o episódio, ocorrido em setembro de 2024, demonstra complacência com práticas que deveriam ser imediatamente investigadas e punidas. Girão ressaltou que o empresário é sócio da empresa Voare, que já firmou 17 contratos com o governo federal. Segundo ele, o contrato mais recente, no valor de R$ 15,8 milhões, foi celebrado com o Ministério da Saúde para prestação de serviços nas terras ianomâmis.

“Qual é o recado que se passa para a população brasileira quando alguém é pego com meio milhão de reais escondidos e tudo segue normalmente, sem nenhuma consequência? Isso mostra que há dois pesos e duas medidas no tratamento dado a diferentes casos de corrupção no país. O cidadão comum é punido com rigor, enquanto aliados do poder seguem blindados, como se estivessem acima da lei”, disse. Girão defendeu ainda a criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar prejuízos nas estatais federais. Segundo ele, os R$ 3,2 bilhões em perdas atribuídas à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) fazem parte de um rombo de R$ 7 bilhões registrado em 2024, o maior dos últimos 23 anos. Para o senador, é necessária uma apuração rigorosa sobre contratos e decisões administrativas que possam ter causado danos ao patrimônio público.

Jornal da Cidade Online

 

Sanções ao ministro Alexandre de Moraes avançam nos EUA

O ministro Alexandre de Moraes (STF) está sendo alvo de análises em quatro importantes departamentos do governo norte-americano, após críticas contundentes feitas por figuras próximas ao presidente Donald Trump. Jason Miller, conselheiro de Trump, declarou no último domingo (13/4) que Moraes seria “a maior ameaça à democracia no hemisfério ocidental”, reforçando a tensão diplomática entre os dois países. As possíveis sanções ao magistrado, no entanto, seguem em ritmo cauteloso e dependem da avaliação de múltiplos setores da administração americana. A tramitação do caso está nas mãos do Departamento de Estado, comandado por Marco Rubio, que terá papel central na definição da postura diplomática dos EUA. Ainda como senador, Rubio classificou o bloqueio da rede social X, ordenado por Moraes, como uma “manobra para minar as liberdades básicas no Brasil”.

Além disso, o Conselho de Segurança Nacional, atualmente sob liderança do coronel Mike Waltz, também está envolvido no processo. Waltz é conhecido por seu posicionamento crítico em relação à China e a governos com laços estreitos com o regime chinês, como o brasileiro, o que reforça a complexidade geopolítica do tema.

Como uma eventual sanção poderia implicar o congelamento de ativos financeiros, o Departamento do Tesouro dos EUA também está participando da análise. A equipe jurídica da presidência americana, por meio do White House Counsel, completa o grupo responsável por emitir pareceres sobre o caso.

A decisão final caberá exclusivamente a Donald Trump, que só receberá o texto das sanções após a manifestação de todos os órgãos mencionados, podendo aprovar, sugerir mudanças ou rejeitar integralmente a proposta. Em busca de informações mais detalhadas sobre o contexto brasileiro, membros do governo americano mantiveram contato direto com o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo, que relataram aspectos da atuação de Moraes. As críticas de Jason Miller se alinham às recentes declarações de Elon Musk, que além de ser o CEO da plataforma X, atualmente também lidera o Departamento de Eficiência Governamental na Casa Branca. Em fevereiro, Musk questionou publicamente se Moraes possui bens nos Estados Unidos, intensificando a pressão internacional sobre o ministro do STF. Está mais do que claro que sanções a Moraes podem ser o ponto de partida para colocar um fim em toda a cruel perseguição que atinge o Brasil.

Jornal da Cidade Online

Deputado aciona STJD e TCU e pede investigação sobre corrupção e favorecimento político na CBF

Denúncias incluem suspeitas de corrupção, favorecimento político e contratos com entidade ligada a ministro do STF. O deputado federal Evair de Melo (PP-ES) solicitou que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e o Tribunal de Contas da União (TCU) investiguem supostas irregularidades na gestão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). As denúncias envolvem suspeitas de desvio de recursos, assédio moral, espionagem interna contra funcionários, favorecimento político e contratos milionários entre a CBF e o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), fundado por familiares do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

Entre os pontos destacados estão os contratos da CBF Academy, que destinam 84% da receita — cerca de R$ 9,2 milhões — ao IDP, além do pagamento de R$ 6,5 milhões ao advogado Pedro Trengrouse, em meio a disputas judiciais da entidade. O deputado também denuncia a instalação de câmeras ocultas dentro da sede da CBF, no Rio de Janeiro, com captação de imagens e áudios enviados diretamente para a sala do presidente Ednaldo Rodrigues, além de orientações internas para espionagem de funcionários.

“O futebol brasileiro virou campo de guerra de interesses escusos e alianças políticas perigosas. A CBF precisa ser investigada com rigor. Não vamos aceitar que o esporte mais amado pelos brasileiros seja transformado em balcão de negócios e proteção de poderosos”, afirmou Evair. Os requerimentos apresentados cobram a identificação dos responsáveis, a análise da origem dos recursos usados nos contratos suspeitos e a adoção de medidas para garantir transparência, controle e respeito à moralidade pública.

Diário do Poder

 

Servidores do Estado pedem por reajuste salarial e esperança de entrar na propaganda do Governador

Os servidores públicos do Maranhão, especialmente os enquadrados no grupo Apoio Operacional, enfrentam uma preocupante defasagem salarial, agravada pela ausência de reajustes compatíveis com a inflação. No entanto, a análise dos dados do Relatório de Gestão Fiscal do Estado demonstra que há espaço financeiro para a concessão de um reajuste salarial sem comprometer a responsabilidade fiscal e a receita. A informação é de conhecimento de um considerável número de servidores públicos, principalmente pela propaganda agressiva e de ostentação feita pelo governador Carlos Brandão, de acordo com manifestações feita à direção do SINTSEP, diz o presidente Cleinaldo Bil.

De acordo com o relatório, a Receita Corrente Líquida (RCL) do Maranhão apresentou um crescimento expressivo de 28,2% em um ano. Já a Despesa Total com Pessoal registrada foi de 31,04%, percentual que está bem abaixo do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal, que corresponde a 46,55%, podendo chegar até 49% (limite máximo), demonstrando que o Maranhão possui caixa suficiente para fazer, pelo menos, a reposição salarial dos servidores.

Diante desse cenário, há margem para o Governo do Estado conceder um reajuste salarial que, no mínimo, corrija as perdas inflacionárias e alinhe os vencimentos dos servidores ao salário mínimo nacional. O SINTSEP tem buscado o diálogo com o governador Carlos Brandão para discutir o tão aguardado reajuste salarial e a reposição das perdas acumuladas, que já ultrapassam os 60%, mas ainda sem resposta ou avanços concretos. Vale lembrar que o salário-base de nenhum servidor deve ser abaixo do salário mínimo. Com um crescimento da receita acima da inflação e um percentual da folha de pagamento bem abaixo dos limites fiscais, a concessão de um reajuste salarial é não apenas viável, mas uma medida necessária para garantir a dignidade dos servidores públicos do Maranhão.

Fonte: SINTSEP

Bolsonaro X STF

                                                                                                                                                                                             *Yves Gandra

Considerações sobre a decisão da 1ª turma do STF que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu. A decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro de aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e torná-lo réu, entendendo que houve uma tentativa de golpe de Estado com base no que foi, fundamentalmente, encontrado no celular do coronel Mauro Cid e em sua delação premiada, merece algumas breves considerações. Trata-se de uma mudança na jurisprudência do Supremo, pois, no caso da Lava Jato, apesar do prejuízo de bilhões causado ao Brasil por corruptores confessos, a Suprema Corte não utilizou a delação premiada como fundamento de suas decisões e até entendeu que ela não poderia servir para embasar prisões.

Como um velho advogado, com 68 anos de exercício profissional e 61 de magistério universitário e 90 anos de idade, confesso que ainda tenho muitas dificuldades para compreender a decisão, sem, contudo, fazer qualquer crítica aos Ministros. Aliás, por não criticá-los, e muitas vezes elogiá-los, sou frequentemente censurado por meus leitores e seguidores das redes sociais. Fato é que, primeiro, para haver uma tentativa de golpe, seria necessária uma ação concreta, que só poderia ser realizada por militares. No entanto, nenhum militar com comando de tropas saiu às ruas para essa tentativa.

Lecionei durante 33 anos para coronéis que seriam promovidos a generais e, em 2022, creio que aproximadamente 90% dos generais haviam assistido às minhas aulas de Direito Constitucional. Lembro-me perfeitamente de que, durante as aulas, nos momentos de debate, não havia ambiente para que algum deles cogitasse golpes de Estado, até porque minhas aulas eram sobre o respeito à Constituição, jamais sobre sua ruptura. Reafirmo: para haver tentativa, é necessário que exista um ato de execução do crime. E, nesse caso, as Forças Armadas seriam as únicas que poderiam executar um eventual golpe. No entanto, não houve tentativa, pois sequer houve o início de uma ação.

Em segundo lugar, afirmar que o evento de 8 de janeiro foi um golpe é algo muito difícil de aceitar. Digo isso como historiador da Academia Paulista de História, com livros publicados na área. Como acadêmico da Academia Paulista de História, nunca vi, ao estudar a história mundial, um golpe de Estado sem a participação das Forças Armadas. Destaco, ainda, que a minha segunda tese acadêmica foi sobre o impacto das despesas militares nos orçamentos públicos, analisando todas as conhecidas batalhas mundiais até o ano 1.200, quando se tornaram tão numerosas a ponto de não ser mais possível citá-las individualmente.

Insisto que o ocorrido em 8 de janeiro não foi um golpe de Estado também porque ninguém estava armado. Foi uma baderna, mas não foi um golpe de Estado. Uma das participantes estava com batom e alguns tinham estilingues. Ora, com batom e estilingues não se faz uma revolução. O terceiro elemento que me impressiona é chamar de documento golpista um papel sem assinatura, onde constava uma declaração de estado de sítio.

Ora, o estado de sítio é uma figura constitucional que existe para garantir o Estado de Direito e não para rompê-lo. Para ser decretado pelo presidente, o estado de sítio deve ser autorizado por maioria absoluta do Congresso Nacional. Trata-se, portanto, de um papel sem valor algum, já que o Congresso Nacional jamais autorizaria o estado de sítio. Sendo assim, não vale nada, não é um documento. Quarto ponto que, como advogado, me parece importante: muitos dos advogados que eu conheço, alguns brilhantes e respeitadíssimos no Brasil, não tiveram acesso completo à delação premiada e a todos documentos.

Como é que eu vou defender o meu cliente sem conhecer todos os elementos que levaram à acusação? A Constituição, no inciso LV do artigo 5º prevê a garantia da “ampla defesa”. A palavra “ampla” é um adjetivo de uma força ôntica impressionante. Não é, portanto, qualquer defesa judicial e processual. Mesmo assim, a defesa queixou-se de ter tido acesso a apenas aquela parte que constava dos autos. Tratou-se, portanto, de uma defesa limitada e cerceada. Com todo o imenso respeito que tenho aos Ministros, a matéria teria, a meu ver, que ser decidida pelo Plenário da Suprema Corte, dada a importância da discussão.

Uma vez mais, quero deixar muito claro que não faço juízo de valores sobre os Ministros, até porque tenho livros escritos com alguns deles e sempre os admirei como juristas. Embora, nas decisões judiciais, nossa convergência seja muito grande, nossa divergência ocorre quando entendo que eles se transformaram em poder político.

Por essa razão é que, hoje, são obrigados a andar acompanhados de seguranças. Algo que não ocorria quando eu saía com os Ministros Maurício Corrêa, Moreira Alves, Oscar Corrêa, Cordeiro Guerra, Sidney Sanches, enfim, todos aqueles que foram meus amigos de tempos imemoriais, como os de Aliomar Baleeiro, Hahnemann Guimarães ou José Néri da Silveira. Não era necessário uso de seguranças, porque era o STF apenas Poder Judiciário.

Significa dizer que os nossos atuais Ministros recebem um tratamento típico de políticos: quando estão na rua, quem os aprova, aplaude, enquanto quem não gosta, os ataca. Como um modesto advogado de província e esforçado professor universitário de Direito Constitucional, creio que não foi essa a intenção dos Constituintes, até por conta do que presenciei ser discutido durante a elaboração da nossa Carta Magna. Nos 20 meses em que participei comentando a Constituição, fui ouvido em audiências públicas pelos Constituintes, mantendo contato permanente com Bernardo Cabral e visitando Ulisses Guimarães em sua casa, perto do Jóquei Clube, para discutirmos pontos da Constituição.

Naquele momento, o objetivo era, que ao sairmos de um regime de exceção, onde havia um poder dominante, estabelecer três poderes harmônicos e independentes. Retrato, pois, aquilo que vi na discussão e na formulação de uma Constituição ampla, prolixa, mas que tinha uma espinha dorsal fantástica, baseada na harmonia e independência dos Poderes, além da previsão dos direitos e garantias individuais, que são os dois maiores sustentáculos da Constituição de 1988.

Como um idoso de 90 anos, prisioneiro de São Paulo por conta da dificuldade de locomoção, mas com a cabeça ainda funcionando um pouco, embora não mais como antigamente, gostaria de trazer essas minhas reflexões para aqueles que me leem e viram a decisão de ilustres Ministros do STF, a quem respeito, mas que têm, entretanto, neste nonagenário, advogado e professor universitário, uma interpretação que, infelizmente, em relação ao direito, é bem diferente daquilo que foi decidido. Sem ter posição em relação a A, B ou C, mas apenas analisando o julgamento como um advogado com 68 anos de experiência e 61 anos como professor universitário, que passou 20 meses estudando para comentar com Celso Bastos, em 15 volumes e cerca de 10 mil páginas, a Constituição do Brasil, essa é a minha opinião.

Fico muito constrangido de divergir dos meus amigos da Suprema Corte, que tanto admiro. Mas, como cidadão, não poderia me calar.

Ives Gandra da Silva Martins é professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo, UniFMU, do Ciee/O Estado de São Paulo, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) e Superior de Guerra (ESG)

 

Ministro Flavio Dino mantém decisão que impede troca do nome da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo

O ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino manteve a decisão da Justiça de São Paulo que suspendeu a mudança de nome da Guarda Civil Metropolitana para Polícia Municipal de São Paulo. A decisão rejeitou o pedido da Federação Nacional de Sindicatos de Guardas Municipais (Fenaguardas) em uma arguição de descumprimento de preceito fundamental. A alteração ocorreu no mês passado e, numa ação direta de inconstitucionalidade estadual, o Tribunal de Justiça de São Paulo deferiu liminar para suspender o trecho da Lei Orgânica do Município de São Paulo que admitia o uso do nome de Polícia Municipal. Na ADPF, a Fenaguardas pretende cassar essa liminar, com o argumento de que a lei não exclui a nomenclatura original, nem retira sua identidade institucional, mas apenas utiliza outra denominação “sem desnaturar a instituição”.

Ao negar o pedido, Dino afirmou que a Constituição Federal é clara ao estabelecer que os municípios podem manter “guardas municipais”, e não “polícias municipais”. Trata-se, segundo ele, de uma opção jurídica e política deliberada, “resultado de uma escolha que reflete a distinção entre os diferentes órgãos de segurança pública”.

O ministro do STF ressaltou, que tanto a Constituição quanto as leis que regulamentam a segurança pública utilizam de forma sistemática o termo “guarda municipal”, como o Estatuto Geral das Guardas Municipais (Lei 13.022/2014) e a Lei 13.675/2018, que instituiu o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). “Permitir que um município altere essa nomenclatura por meio de lei local criaria um precedente perigoso, podendo levar à modificação arbitrária de outras instituições constitucionalmente nomeadas”, assinalou ele.

Além do aspecto jurídico, o ministro levou em consideração os impactos administrativos e financeiros da mudança. Conforme destacado pelo TJ-SP e ratificado por Dino, a alteração de nome exigiria uma série de medidas da administração pública, como a troca de uniformes, viaturas, placas e materiais de divulgação institucional.

O magistrado destacou decisões anteriores da corte que reconhecem as guardas municipais como integrantes do sistema de segurança pública, sem, contudo, equipará-las a polícias ou denominá-las dessa forma. A decisão será submetida a referendo do Plenário.

 Com informações da assessoria de imprensa do STF.

 

Janja usa tragédia com menina de 8 anos para mostrar o seu potencial indecoroso. Recebe lição de jornalista

Janja talvez seja pior do que Lula. É bem mais nova, e assim tem teoricamente mais tempo pela frente para fazer um péssimo uso de suas qualidades indecorosas e imorais. Para defender a ‘censura’, um sonho de consumo do regime petista, Janja usou e abusou da tragédia envolvendo a menina Sarah.

O jornalista Cláudio Dantas, com a veemência que lhe é peculiar, desmascarou a impostora e mandou um merecido “Cala a boca, Janja”.

“Eu não me importo com suas opiniões, mas tentar usar a morte de uma criança para escalar no projeto globalista de censura é perverso, é monstruoso. Janja não tem lugar de fala aqui, pois nunca foi mãe. Então, querida, cale sua boca, volte para seu provisório palácio e aproveite bem as viagens, pois elas cessarão em breve.”

Jornal da Cidade Online

STF enfrenta desconfiança de quase a metade dos brasileiros

Desconfiança é maior no Sul, onde 58,1% dizem não confiar na Corte; Nordeste apresenta maior índice de confiança. Pesquisa do Instituto Opinião mostra que cerca da metade dos brasileiros possui desconfiança em relação ao trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF).  O Sul é a região em que a população mais tem desconfiança da atuação da Suprema Corte: 58,1% não confiam.

Cerca de 22,6% dos sulistas “confiam muito” no trabalho do STF; 12,9% “confiam um pouco”; e 6,5% não souberam ou não opinaram. O Sudeste foi a segunda região em que a população menos confia na atuação da Corte. Veja:

  • Não confia: 50,1%;
  • Confia muito: 24,3%;
  • Confia um pouco: 23,4%;
  • Não souberam ou não opinaram: 2,2%.

Veja os dados das regiões Centro-Oeste/Norte:

  • Não confia: 50,6%;
  • Confia muito: 26%;
  • Confia um pouco: 20,1%;
  • Não souberam ou não opinaram: 3,2%.

A região Nordeste apresentou o maior índice de confiança: 25,7% confiam muito e 26,8% confiam um pouco. Cerca de 41,7% dos nordestinos disseram não confiar na atuação do STF, e 5,8% não souberam ou não opinaram.

Veja abaixo o índice geral da população brasileira sobre o tema:

  • Não confia: 49,1%;
  • Confia muito: 24,7%;
  • Confia um pouco: 22,5%;
  • Não souberam ou não opinaram: 4%.

O levantamento ouviu 2 mil pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 7 e 8 de abril, em todas as regiões do país, por meio de entrevistas telefônicas. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, com nível de confiança de 95%.

Diário do Poder