Depois de expectativas criadas, o ministro Luís Roberto Barroso decidiu antecipar aposentadoria do STF

Ministro deixa o STF, após ter exercido o mandato de presidente, com 67 anos de idade e poderia ficar na Suprema Corte até os 75 anos. Se tornou referência por algumas declarações públicas que atingiram não apenas ele, mas todo o colegiado, como: “Eleição não se ganha, se toma” e “Perdeu Mané”. Recentemente teve acrescido ao seu currículo, a sanção dos EUA, de que ele e nem qualquer membro da sua família pode entrar no território norte-americano.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso anunciou nesta quinta-feira (9) sua aposentadoria da Corte. O magistrado afirmou que vai seguir outros rumos e que se despede do tribunal “com o coração apertado”.

“Por doze anos e pouco mais de três meses ocupei o cargo de ministro desse Supremo Tribunal Federal, tendo sido presidente nos últimos dois anos.  Sinto que agora é hora de seguir outros rumos, sem sequer tenho os bem definidos, mas não tenho apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais da vida que me resta sem a exposição pública, as obrigações e as exigências do cargo, com espiritualidade, mais literatura e poesia”, destacou Barroso.

Barroso tem 67 anos de idade e deixa a Corte oito anos antes do prazo previsto, já que a Constituição estabelece aposentadoria compulsória para os ministros aos 75 anos. Ao anunciar a aposentadoria, o ministro afirmou que a sessão plenária desta quinta, é sua última na Corte. No entanto, ele ainda deve permanecer no STF até a próxima semana. O anúncio ocorre poucos dias após transmitir o cargo de presidente do STF ao ministro Edson Fachin, que assumiu o cargo no dia 29 de setembro.

Luís Roberto Barroso vai encerrar um ciclo de 12 anos na Suprema Corte. O magistrado tomou posse em 26 de junho de 2013, na vaga decorrente da aposentadoria do ministro Ayres Britto. Ainda no discurso de hoje, o magistrado afirmou que não se arrepende das decisões tomadas durante a trajetória no tribunal.

“Todos nós aqui julgamos causas difíceis, complexas, com interesses múltiplos, e cada um procura fazer o melhor. De minha parte, ao longo desses anos, diante de questões delicadas, estudei e refleti sobre a coisa certa a fazer. E fiz. Não carrego arrependimentos. Não foram tempos banais, mas não carrego comigo nenhuma tristeza ou mágoa”, afirmou.

Diário do Poder

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