Foram destaques nas mídias de todo o país, as denúncias de descaso no atendimento de pessoas que se tratavam ou buscavam atendimento por terem contraído o vírus chinês, em Manaus, capital amazonense.
Entre os fatos narrados pelos personagens envolvidos, o de idosos em quartos improvisados com macas no chão, poltronas no lugar de camas e até a presença, no mesmo recinto, de um morto, supostamente vítima da doença, por horas, junto aos pacientes.
Não vou dizer aqui que não tem vírus, que não tem pandemia, que não tem que tomar vacina, que não tem que tomar cloroquina, que não tem que isso ou aquilo outro. Não vou entrar nesse mérito.
Mas acredito que todo brasileiro tem que fazer, mesmo não sendo um profissional do jornalismo, algumas perguntas:
Onde está o dinheiro, milhões e milhões de reais, repassados pelo governo federal em regime de urgência e emergência no âmbito das medidas de combate à pandemia, para estados e municípios?
Cadê os tais gigantescos hospitais de campanha, montados com vergonhosos escândalos de superfaturamento?
Onde estão os equipamentos e respiradores de última geração, comprados aos milhares, por cifras escandalosas?
Quem vai responder?
E a grande imprensa, que noticiou as denúncias acima citadas, por que não fez estas perguntas aos que devem uma satisfação (ou muitas satisfações)?
Acreditar ou se satisfazer com reposta via “notinha” de imprensa de secretaria, é no mínimo duvidoso. Fosse algo diretamente ligado ao Palácio do Planalto e estariam berrando desesperados, apontando o dedo para o “eterno culpado pelo genocídio e tudo o que possa acontecer de ruim em nosso país”. Faz-se necessário, que governadores, prefeitos e outros gestores sejam intimados a prestar contas do dinheiro desviado, através do Ministério Público Federal, CGU e Polícia Federal, principalmente os que procuraram se esconder no manto da impunidade, dentre eles, governadores e prefeitos, os quais dizem que efetuaram compras com pagamentos adiantados e não receberam os equipamentos, no caso respiradores e nem o dinheiro de volta.
Uélson Kalinovski. Jornalista.