Stênio Garcia, 87, foi demitido da Globo após 47 anos na emissora. O ator está em choque, passou mal com pressão alta e ainda não consegue falar sobre o assunto. Em entrevista ao Yahoo, Marilene Saade, esposa do veterano, contou que está preocupada com o futuro deles, pois o custo de vida do casal é alto e vai ser difícil aparecer outro trabalho durante a pandemia.
Embora esteja sem saber o que fazer, ela diz que a demissão foi um “livramento”. Desde quando Silvio de Abreu assumiu a direção de teledramaturgia da Rede Globo, em 2012. Stênio “começou a sofrer perseguições e passou a ser descartado de grandes projetos”.
“Ele estava morrendo aos poucos. Teve depressão depois de tanto tempo sem ser chamado para uma novela. Ele se sentia um cachorro morto porque tinha outros atores velhos trabalhando e ele não”, afirma a companheira, que revela até ter procurado o diretor para uma conversa, mas não foi recebida.
Segundo Marilene, Stênio Garcia não chora e suas emoções acabam refletindo no corpo. Em sete anos, ela diz que levou o marido muitas vezes para o hospital por causa do descaso da Rede Globo. Além de se sentir humilhado, o ator tinha que lidar com a pressão do público nas ruas e redes sociais.
“As pessoas o atacavam como se ele não quisesse trabalhar. Era uma tortura. Foram sete anos muito difíceis e com muitas internações, vômitos por causa da pressão que subia. Sete anos de tortura mental. O Stênio tentou falar com esse diretor para resolver qualquer problema, dizer que ele é profissional, mas não nos recebeu. Achei que iam matar o meu marido”, desabafa.
Durante a quarentena, Stênio Garcia deve pensar na possibilidade de entrar na Justiça por assédio moral, mas a esposa é sincera ao garantir que não sabe se vale a pena. Para ela, que já superou um câncer, o que mais importa é a saúde do marido. A burocracia causará um desgaste muito grande.
Fonte: Yahoo Noticias