Hoje antes do início da sessão ordinária da Câmara Municipal de São Luís, o clima de indignação de alguns vereadores já indicava que, haveria manifestações, diante da maneira covarde, truculenta e selvagem como a Polícia Militar agiu contra famílias de cidadãos de bem, que se manifestavam e lutavam em defesa das suas moradias, muitas das quais de posse secular. A desapropriação autorizada pelo juiz Marcelo Oka, da Vara de Interesses Difusos e Coletivos em favor da empresa WPR e executada de forma violenta pela Polícia Militar, chegando a pegar os moradores da comunidade Cajueiro desprevenidos
Além de chegarem bem armados como se fossem para operação de conflito e confronto, o contingente de força chegou até com caminhões de mudanças e ambulâncias. O pessoal da Secretaria de Direitos Humanos, do Ministério Público e da Defensoria Pública não estavam presentes. Pelo menos mais de 20 casas foram totalmente destruídas por máquinas pesadas. Balas de borracha e gás de efeito moral marcaram a cena vergonhosa e covarde do Governo Flavio Dino, contra famílias que lutam na justiça por direitos.
Como se a operação na área do Cajueiro, fosse vista como ação normal da PM, à noite eles tiraram as famílias a acampadas em frente ao Palácio dos Leões, com balas de borracha e muito gás lacrimogênio. As duas operações foram vistas como práticas de forças opressoras e determinar para atender interesses da WPR.
Vereadores condenaram a força covarde do Governo Flavio Dino
Na sessão ordinária de terça-feira, os vereadores Marcial Lima e Cézar Bombeiro denunciaram que a operação desproporcional estava sendo executada, mas não avaliavam a dimensão da força empregada de maneira perversa. O presidente Osmar Filho não apareceu na sessão e o líder do governo, o vereador Pavão Filho, ocupou a tribuna na abertura da sessão e depois sumiu. Se manifestaram em defesa da população do Cajueiro, os vereadores Marcial Lima, Cézar Bombeiro, Estevão Aragão, Sá Marques e Umbelino Júnior. Nenhum vereador da bancada governista teve coragem de defender ou tentar justificar a violência covarde do Governo Flavio Dino.
Os vereadores consideraram um total desrespeito do governador Flavio Dino, que foi para as redes sociais expressar de maneira sádica, que não poderia deixar de cumprir um mandato judicial e que um poder não pode se sobrepor a outro, deixando claro, a sua total responsabilidade sobre as duas operações.
Os vereadores entenderam que o governador se posicionou em favor de um interesse dele e naturalmente do estado, numa demonstração clara, de que quando se trata de direitos de servidores públicos como o caso 21,7%, ele recorreu com o integral \apoio do Tribunal de Justiça e suspenderam o pagamento. Quantas pessoas já morreram, principalmente idosas, decorrente do Governo Flavio Dino, não acatar ordem judicial e simplesmente a justiça não ter feito valer a sua decisão, as quais não foram internadas em casas de saúde, não foram transferidas de unidades e os vergonhosos casos dos pacientes que precisam de hemodiálise, que são submetidos a todo tipo de humilhação e práticas desumanas, sendo que os que não resistem morrem. Essa é a realidade, infelizmente que vem dominando todo o Maranhão, destacaram os vereadores.