O governo brasileiro divulgou que Lula (PT) teria solicitado a Donald Trump, nesta segunda-feira (6) a retirada das sanções contra autoridades brasileiras, durante a reunião por videoconferência nesta segunda-feira (6), mas o governo dos Estados Unidos não confirmou que esse assunto foi tema da conversa.
Durante a ligação, o petista pediu para que Trump retire as tarifas de 40% sobre produtos brasileiros e as sanções contra autoridades, sendo uma delas a Lei Global Magnitsky, denominada como a “morte financeira” contra autoridades que violam os direitos de liberdade de expressão, a qual foi aplicada contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“O presidente Lula descreveu o contato como uma oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente. Recordou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os Estados Unidos mantêm superávit na balança de bens e serviços. Solicitou a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras”, diz a nota divulgada pelo Palácio do Planalto.
Conforme o comunicado, a chamada entre os mandatários durou cerca de 30 minutos, sendo conduzida em um “tom amistoso”, confirmando que pretendem se encontrar pessoalmente “em breve”.
Em destaque, Trump designou que o secretário de Estado americano Marco Rubio negocie diretamente o tarifaço com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT).
Sobre a reunião presencial, “o presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos”.
A reunião contou com a presença dos ministros Geraldo Alckmin (Desenvolvimento Industrial), Fernando Haddad (Fazenda), Sidônio Palmeira (Secom), Celso Amorim (Assessor Especial) e o chanceler Mauro Vieira (Relações Exteriores).
Diário do Poder