Agricultores que deixaram a reserva awáguajá se sentem enganados pelo INCRA e ameaçam voltar

         incraAs famílias de pequenos agricultores que moram em terras dos povos indígenas AwáGuajá,para deixarem as terras e abandonar suas raízes culturais, receberam da Justiça Federal a garantia de que seriam assentadas em outra área como beneficiários da reforma agrária e direitos garantidos a partir de casas de alvenaria e condições dignas para semear e retirar da terra o pão de cada dia. O ex-superintendente do INCRA, José Inácio Rodrigues Sodré durante reuniões com o juiz federal José Carlos do Vale Madeira , representantes do Ministério Público Federal e da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Maranhão garantiu que todas as providências necessárias para assentar as 166 famílias previamente cadastradas pela instituição já haviam sido adotadas e que ninguém deixaria de receber os seus lotes e condições para o trabalho e casa com água e energia.

         O ex-superintendente Jose Inácio chegou mesmo a impressionar o juiz e o procurador federal, afirmando inclusive que já recebido sinal verde do INCRA Nacional até para desapropriar áreas com pagamentos imediatos. O resultado é que ele deixou o cargo para se candidatar a deputado estadual pelo PT, não honrou qualquer compromisso e a sua substituta Fátima Santana, simplesmente não sabe o que fazer, demonstrando claramente total despreparopara o cargo, muito embora seja funcionária de carreira do INCRA.

               Juiz quer resolver o problema com o INCRA Nacional

      As 166 famílias enfrentando dificuldades e até mesmo passando fome, estão espalhadas pelos municípios de Zé Doca, Pedro do Rosário e outros um tanto mais distante em casas de parentes, chegaram a ocupar a sede do INCRA em busca de uma solução para o problema, estiveram com o juiz José Carlos do Vale Madeira. O magistrado se mostrou indignado com a inoperância e o desrespeito com que as famílias vêm sendo tratadas e encaminhou solicitação para o presidente nacional do INCRA, Carlos Guedespara vir resolver o grave problema que os gestores locais da instituição demonstram não ter competência.

      Como as dificuldades são graves, muitas famílias já admitem o retorno ao local em que viviam na reserva awáguajá. Uma comissão está tentando marcar uma audiência com o juiz José Carlos do Vale Madeira para solicitar que ele determine ao INCRA, pelo menos o fornecimento de alimentos para que possam enfrentar as dificuldades, uma vez se existe responsável pela situação, chama-se o INCRA.

 

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