Diante da incompetência e irresponsabilidade do Governo do Estado e do Comitê de Gestão Integrada, da omissão das instituições que têm o dever de fiscalizar e da indiferença das entidades da sociedade civil organizada, a violência com assassinatos e fugas toma conta do Sistema Penitenciário do Maranhão. Necessário se faz excluir da relação dos indiferentes, a Associação dos Magistrados do Maranhão, que tem tido a postura ética e o compromisso de cobrar efetivamente providências dos poderes constituídos, um basta para a violência exacerbada no Sistema Penitenciário do Estado, que hoje chegou a 12 mortes, sendo nove na capital e três no interior. Do sábado passado ate hoje foram registrados quatro homicídios nas unidades prisionais da capital, sendo três no Complexo Penitenciário de Pedrinhas e um na Central de Custódia de Presos de Justiça do Anil, este último registrado de ontem para hoje.
Como a governadora Roseana Sarney já deu mostras claramente que é impotente para enfrentar a problemática e o Comitê de Gestão Integrada nunca deu respostas efetivas para as responsabilidades assumidas, entendo que necessário se faz uma imediata intervenção federal no Sistema Penitenciário do Maranhão, antes que novas barbáries venham a ser registradas. O que ratifica a inoperância é que durante o período de 180 dias da emergência, o governo não conseguiu construir nenhum presidio e nem concluir os que já estavam em fase bem adiantada. Para que se tenha uma ideia da falta de seriedade e gestão, a Casa de Detenção, conhecida como Cadet, localizada no Complexo de Pedrinhas, que foi destruída pelos presos, apesar ter contrato firmado com uma empresa, sem licitação e a utilização das ferragens antigas e depreciadas, não conseguiu concluir as obras previstas para 60 dias. Pasmem! O secretário Sebastião Uchôa quer fazer dela em pleno Caldeirão do Diabo, uma unidade ressocialização. É querer tripudiar da população, uma vez que entre governo e comitê, tudo é inteiramente possível, uma vez que fica cada vez claro, que ninguém entende de nada e não há a mínima vontade em tentar pelos aprender.
O secretário Sebastião Uchôa, um dos articuladores para retirar o coronel Ivaldo Barbosa, do comando da unidade da Policia Militar, do Complexo de Pedrinhas vem solicitando a governadora Roseana Sarney o retorno dele, mas o oficial superior da PM já demonstrou claramente que a sua missão foi cumprida e que não deseja retornar, em razão de que há muitos desmandos praticados pelos diretores de unidades prisionais, o que facilita a entrada de armas, drogas e bebidas alcóolicas que podem ser por servidores do próprio sistema prisional, excluídos estranhamente das revistas. O coronel Ivaldo Barbosa chegou a advertir a direção da Sejap, mas ela preferiu manter o próprio sistema utilizado pelos diretores e os resultados tendem a ser piores do que vem sendo demonstrado, afirmou o coronel. A verdade é que existem denuncias de parcerias entre diretores e famílias de presos, que ficam bem evidentes, e que a Sejap não toma as necessárias providências para apurar, assim como os casos de presos que são deslocados para residências de servidores para exercerem serviços de construção civil, principalmente de pintura e tantas outras práticas ilícitas que não são segredos dentro do Sistema Penitenciário do Complexo de Pedrinhas. O que não se pode negar é que s Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária é um antro de corrupção e fiel referência do governo Roseana Sarney.