O líder do movimento sindical rural Chico Miguelvem demonstrando muita preocupação com os acentuados conflitos agrários no período eleitoral. Outrora o período era marcado por uma espécie de trégua com vistas a cooptação de trabalhadores e trabalhadoras rurais para o voto, principalmente em políticos defensores da exploração humana e da violência no campo. Como o nível de consciência de homens e mulheres cresceu bastante no meio rural e está crescendo o número dos que não se deixam enganar,políticos, grileiros, latifundiários e o pessoal do agronegócio decidiram acentuar a pressão impondo força e pressão para tentar expulsar famílias das suas posses seculares.
O dirigente da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Maranhão vem acompanhando de perto o movimento do Ouvidor Agrário Estadual, Paulo Jorge Sabá, com visitas a áreas de conflitos nos municípios de Pirapemas, Benedito Leite e São Domingos do Azeitão, verificando a realidade de cada. Ele também deverá ir a Benedito Leite para reunir com os trabalhadores te trabalhadoras da comunidade quilombolaSão Miguel, que podem a qualquer momento ter confronto com o gaúcho Renato Saraiva, plantador de soja.
A realidade é que em todas as áreas de conflitos, o Estado é ausente e até cria facilidades para o surgimento dos conflitos, principalmente que o INCRA e o ITERMA mostram em muitas oportunidades o total desinteresse em fazer desapropriações e quando o fazem mediante a pressão do Movimento Sindical Rural, postergam a regularização fundiária, principalmente quando se trata dos direitos de quilombolas, destacou Chico Miguel.