A governadora Roseana Sarney, diante dos problemas criados em menos de um mês de gestão na pasta e a preocupação do pré-candidato a governador Edinho Lobão, de que as Secretarias de Segurança Pública e a de Justiça e Administração Penitenciária não venham prejudicar a sua campanha, como já fizeram com a atual administração estadual, decidiu tomar algumas providências. O poderoso Ricardo Murad deverá deixar a Segurança Pública e será substituído por um delegado de carreira, com o descarte do secretário adjunto Laércio Costa, indicado pelo próprio Ricardo Murad e o ex-secretário Aluísio Mendes.
A princípio o cargo poderá ser ocupado pelo delegado Marcos Afonso, um homem experiente e que já exerceu a presidência da Associação dos Delegados do Maranhão, se constituindo também em uma pessoa que conhece de perto as dificuldades dos próprios colegas para o exercício profissional, além de constituir em uma aspiração da própria categoria em ter um delegado dirigindo a pasta. A verdade é que o delegado Marcos Afonso sempre teve uma postura bem identificada com os colegas e poderá colocar o Sistema de Segurança Pública no rumo correto, desviado desde o último ano da administração passada.
Roseana Sarney também se apressou em tomar uma atitude, devido os sérios problemas criados por Ricardo Murad na Policia Militar. A promoção de quatro coronéis, todos por merecimento com avaliação do próprio secretário, criou um clima de hostilidade na corporação, levando-se em conta que existem vários tenentes coronéis com mais de oito anos aguardando promoção. Vários deles estão se articulando para recorrer à justiça contra a Medida Provisória do Governo do Estado, que se constituiu apenas para atender interesses políticos, além de criar um clima pesado dentro da instituição. Foi mais um sério desgaste criado para a combalida administração de Roseana Sarney.
Por enquanto a governadora ainda não se manifestou de como deve controlar o Sistema Penitenciário para atender as preocupações de Edinho Lobão. As cobranças continuarão e qualquer problema, que venha a ser registrado dentro do falido sistema, a responsabilidade passará exclusivamente da própria dirigente do executivo estadual.