Lúcia Vieira, Secretária Agrária da Fetaema, esteve com os quilombolas.
A líder sindical Lúcia Vieira, Secretária de Politicas Agrárias da Fetaema, esteve reunida com lideranças de mais de 30 comunidades quilombolas da região do município de Itapecuru-Mirim, no sentido de tomar conhecimento da realidade, que os levaram a interditar a BR-135 à altura do povoado de Santa Rosa, por quatro horas. Bastante indignadas, as lideranças disseram que foram vítimas do engodo do ex-superintendente do INCRA, que havia firmado um acordo com eles para fazer a titulação das terras de dezenas delas e paralelamente investimentos com politicas sociais. Segundo os quilombolas, o ex-superintendente afirmou que já havia conseguido a liberação dos recursos e que antes de deixar o órgão para se candidatar a deputado estadual, todos os problemas seriam resolvidos. Com mentira deslavada e a constatação de que toda a problemática está sem solução, as lideranças no dia do protesto exigiram a presença da nova superintendente do INCRA, a assistente social Maria de Fátima Santana. A secretária agrária da Fetaema, Lúcia Vieira foi indicada pelas lideranças para intermediar a solicitação de encontro, uma vez que caso não haja uma resolução imediata para as sérias questões, eles irão reunir lideranças de mais de 200 comunidades quilombolas para interditar a BR-135, por tempo indeterminado, afirmando que não temem consequências, uma vez que chega de serem explorados pelo poder público, principalmente no campo politico, dizendo que por muitas vezes já foram vítimas de estelionato eleitoral e por pouco quase que seriam novamente pelo ex-superintendente do INCRA, José Inácio Rodrigues, do PT e integrante da base aliada da governadora Roseana Sarney. Se os entendimentos não prosperarem com a nova superintendente Fátima Santana, os quilombolas prometem endurecer as reivindicações e não medirão esforços em ir para a luta.
Hoje, a diretoria da Fetaema, esteve reunida para analisar o grave problema, temendo por consequências graves que possam vir a ser registradas, uma vez que os quilombolas estão realmente em pé de guerra, devendo uma equipe técnica se destinar para o local para acompanhar as negociações.