Governo atrasou envio da Força Nacional e multou caminhões que levavam donativos
O observatório da Oposição traz um olhar sobre as omissões e as ausências do governo Lula em meio a tragédia que assola o estado do Rio Grande do Sul. O editorial elenca que o presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, demorou dois dias para visitar o Rio Grande do Sul e que priorizou interesses partidários, a exemplo da participação em evento no dia 1º de maio, quando pediu apoio político para a pré-candidatura de Guilherme Boulos (PSOL-SP) ao comando da prefeitura de São Paulo.
Outro erro apontado foi o envio da Força Nacional. A tropa só desembarcou no estado no dia 10 de maio, sendo que o desastre se iniciou em 27 de abril. O número de saques, furtos, roubos e abusos sexuais disparou no estado gaúcho após o início da tragédia. O efetivo destinado ao estado foi de 100 militares, destoando da informação disponível no site da Força Nacional que é de 1.200 homens.
Outro erro tão desastroso quanto o cenário do estado gaúcho versa sobre a atuação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que admitiu a aplicação de multas a caminhões que transportavam donativos às vítimas. Usando a premissa do suprimento para o desabastecimento de arroz no país, o governo Lula publicou Medida Provisória que autoriza a importação de 1 milhão de toneladas de arroz pela Conab, livre de licitações e livre de certificações sanitárias (ou seja, aumentando o risco da introdução de pragas exóticas ao Brasil).
O problema é que, apesar de o Rio Grande do Sul representar 70% de toda a produção nacional, 84% da área gaúcha com a cultura já havia sido colhida antes das chuvas que causaram prejuízos às lavouras.
Diário do Poder