Sindspem suspeita que haja mais corpos enterrados na área externa do Complexo de Pedrinhas

camaraNão será surpresa se a Assembleia Legislativa do Estado outorgar a medalha do mérito Manoel Beckman (maior comenda do Poder Legislativo Estadual), ao secretário Sebastião Uchôa, em reconhecimento a sua administração macabra na Sejap,até agora com 80 assassinatos dentro dos cárceres, em apenas um ano e cinco meses na direção da pasta. Ele já é cidadão maranhense com o titulo concedido pelo deputado ficha suja Raimundo Louro, com o apoio integral do presidente Arnaldo Melo.

A descoberta do corpo do preso Rafael Alberto Gomes, conhecido como Rafinha, enterrado na área externa do Bloco A, do Pavilhão 1, do Presidio São Luís 1, totalmente esquartejado e colocado dentro de um saco de lixo e a cabeça totalmente separada do corpo, mostrou como o preso foi executado e as facilidades existentes dentro das unidades prisionais para práticas criminais, sem falarmos no tráfico de drogas, armas, celulares e bebidas. Há suspeitas de que o tráfico passa por uma cantina dentro do presidio, que seria de um servidor temporário da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária.
O agente penitenciário Antonio Benigno Portela, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Maranhão, registra que o caso de Rafinha é a primeira vez que se acha o cadáver de um preso enterrado dentro da área do Complexo de Pedrinhas, o que suscita dúvidas quanto a existência de outros corpos enterrados, principalmente sobre o inexplicável desparecimento do detento Ronalton Rabelo.
O dirigente sindical destaca que, diante da realidade em que a maioria dos presos está fora das celas por terem destruído celas e pavilhões, seguramente afirmo que a Sejap não sabe com exatidão o número de presos de acordo com os registros. Para ratificar o que estamos dizendo, esta semana chegou ao Complexo Penitenciário, uma intimação do judiciário para um preso prestar depoimento.
Para surpresa da escolta, o detento não se encontrava no presidio e posteriormente informaram que ele havia sido posto em liberdade mediante mandado judicial e quehaviam esquecido de dar baixa. Para uma avaliação mais lógica, se foi posto em liberdade, o mandado não deveria ser encaminhado para o presidio, dai é que necessário se torna uma apuração detalhada para verificar onde está a falta grave. Quem sabe se não existem outros casos semelhantes? O que impede ações do Ministério Público, do Conselho Nacional de Justiça e do Tribunal de Justiça para sanar um problema sério e que é tratado com inoperância pela Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária.
Portela registra que, que o problema é da maior seriedade dentro do Complexo de Pedrinhas, diante das centenas de presos que estão fora das celas. Não está descartada a possibilidade de outros assassinatos venham ser registrados dentro de unidades prisionais. A verdade é como o governo tem sido bastante omisso na construção dos novos presídios, contando com a benevolência e a hipocrisia de outras instituições que deveriam ter a competência para a fiscalização, o Sistema Penitenciário continua sendo um barril de pólvora. A sociedade civil organizada também tem se mostrado acomodada e assim a banalização da vida caminha fazendo mais vítimas. Dentro dessa grave realidade, não se vê falar em Pastoral Carcerária, que se existe, não tem missão profética do evangelho em anunciar e denunciar. Pelo que demonstra, se comporta como aliada da Sejap, omitindo-se vergonhosamente aos desrespeitos aos direitos humanos, como os assassinatos, os tráficos de drogas, armas, celulares e bebidas alcoólicas e os tratamentos indignos que são dispensados aos presos.

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