A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário do Maranhão vai solicitar ao Ministério Público para que seja realizada perícia técnica em toda a área externa do Complexo Penitenciário de Pedrinhas para a verificação se não há restos mortais de presos enterrados no local. A iniciativa é decorrente de que recentemente foi encontrado enterrado no local, o corpo esquartejado do preso Rafael Alberto Gomes, conhecido como Rafinha, com a cabeça separada do corpo todo mutilado e acondicionado em sacos de plásticos. Foi a primeira vez, que identificaram um corpo enterrado na área externa do complexo. O preso se encontrava recolhido no Presidio São Luís 1 e o seu corpo foi encontrado nas proximidades do Bloco A, do Pavilhão 1 do presidio em que estava recolhido. O pessoal que trabalha no videomonitoramento chegou ao ridículo de ter identificado dois presos lavando o xadrez em que estava recolhida a vítima, mas não identificou a execução, o que não deixa de ser uma conivência com a violência dentro do cárcere. Se houvesse um mínimo de seriedade e respeito na Sejap, o pessoal do monitoramento deveria também ser responsabilizado pelo crime, em razão de não ter dado o alarme e evitado o assassinato.
O Sindspem se baseia para a solicitação ao Ministério Público, em razão do desaparecimento de uma das unidades do complexo, do preso Ronaldon da Silva Rabêlo, desde o ano passado e a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária, não tem explicações para o seu desparecimento. O secretário Sebastião Uchôa, afirmou publicamente que Ronaldon teve fuga facilitada, mas nunca apresentou provas, observando-se que no dia seguinte ao seu desaparecimento, ele deveria ser posto em liberdade mediante ordem judicial. Diante das suspeitas de que ele também pode ter sido enterrado em algum lugar da área externa do complexo é que a diretoria do Sindspem recorrerá ao Ministério Público para queseja feita uma perícia técnica no local. Apesar do surgimento de conversas na época do desaparecimento do jovem RonaldonRabêlo, de que o seu corpo teria sido totalmente retalhado e desovado em sacos de plásticos nas lixeiras das unidades prisionais, nada ficou provado, o que tem causado um profundo sofrimento para os seus familiares.Outra questão bem séria é que com os presos fora das celas, as administrações das unidades não estão conseguindo fazer a conferência do número de presos. Há poucos dias foi encaminhado para o Complexo de Pedrinhas, um mandado judicial de convocação de um preso para audiência e ele não localizado. No dia seguinte a escolta foi informada que o preso foi colocado em liberdade e que esqueceram de dar baixa, mas não falaram sobre a justificativa encaminhada para a justiça.
A verdade é que o Complexo Penitenciário de Pedrinhas é um corredor da morte e que tem se constituído com referência para muitas rebeliões em presídios por todo o país. O exemplo bem identificado com Pedrinhas é o caso da cidade de Cascavel, no Estado do Paraná.