O Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão marcou para amanhã em frente a Penitenciária de Pedrinhas, uma mobilização com paralização de 24 horas para chamar a atenção das autoridades e informar a sociedade para a precarização e a falta de moralidade na administração do Sistema Penitenciário do Estado. Depois de se ver barbáries com assassinatos e decapitações, fugas constantes e a continuidade de mortes dentro dos cárceres, o tráfico de armas, munições, drogas e celulares e a impunidade prosperando com muita intensidade diante da total omissão dos gestores da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária não causou surpresa o que ocorreu ontem com a prisão do diretor da Casa de Detenção. A identificação de negociatas para a fuga de presos do Complexo de Pedrinhas foi apenas mais um dos inúmeros desvios de condutas dentro das unidades prisionais, todos de total conhecimento da direção da Sejap, afirma César Bombeiro, vice-presidente do Sindspem.
A categoria registra que este é o período negro que o Sistema Penitenciário do Estado registra desde a criação, com tendências de novos fatos graves virem a ocorrer dentro do Complexo de Pedrinhas. Dentre as reivindicações que se fazem necessárias e que deveriam fazer parte do planejamento da pasta, estão: Treinamento específico para escolta, condução, imobilização e padronização dos procedimentos de escolta e treinamentocontra escolta para os integrantes do NEC – Núcleo de Escolta e Custódia; Armamento letal (pistolas e armas longas) e não letal (pistola tazer); Coletes balísticos para todos os servidores ( agentes e inspetores penitenciários) que trabalham diretamente na escolta e custódia de apenados e fora das unidades prisionais; Acessórios afins (algemas, tontas, espargidores de pimenta e lacrimogêneo, granadas de pimenta, lacrimogêneo, luz e fumaça) para as equipes do NEC e GEOP; Viaturas em perfeito estado de conservação com itens de segurança funcionando; Reforçar a segurança interna e externa das Unidades Prisionais com o reforço da Policia Militar para garantir a segurança dos presos, visitantes, monitores e servidores penitenciários; Sistema de Rádio – comunicação entre as unidades prisionais e viaturas e Sistema de telefonia fixa em todas as unidades, visto que editada portaria proibindo o uso de aparelho celular por parte dos servidores. Antonio Portela, presidente do Sindspem destaca que o Sistema Penitenciário vem sendo sucateado de tal forma, que acreditamos na existência de uma prática para destruí-lo totalmente, dai os fatos que estamos vivenciando no dia a dia e as instituições dos poderes constituídos fazem que nãovêm e a sociedade civil organizada peca pelo silêncio obsequioso, afirmou o dirigente sindical.