Se o Secretário de Segurança Pública Marcos Afonso Júnior, não der todas as devidas garantias para os delegados da Superintendência Estadual de Investigações Criminais trabalharem efetivamente na apuração dos fatos e como eram as negociações dentro da Casa de Detenção para as fugas facilitadas mediante consideráveis somas em dinheiro, tudo poderá ser prejudicado e facilitar a impunidade do principal acusado e naturalmente de outros envolvidos. O secretário Sebastião Uchôa, que é delegado e era amigo íntimo e protetor do ex-diretor da Casa de Detenção, Cláudio Henrique Bezerra Barcelos, querendo se desvincular do elo bem próximo e também de maneira antiética surgiu informando que foi ele quem primeiramente levantou suspeitas contra o acusado e pediu a apuração pela Policia Civil, o que foi desmentido pelos delegados André Grossain e Tiago Bardal.
A verdade é que o secretário Sebastião Uchôa deveria ser investigado pela excessiva proteção ao ex-diretor da Cadet, principalmente que era uma espécie de dedo duro e informante de tudo que se passava dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, com uma especial atenção para a Policia Militar e a Força Nacional. Outra questão séria e que se tornou bastante socializada dentro da Sejap, seria de que o Cláudio Barcelos já estivera internado em uma casa de saúde para tratamento como usuário de drogas, mas como a sua ligação era muito boa com o ex-governador Washington Oliveira, hoje ministro do Tribunal de Contas, lhes seria muito útil no caso em que corresse riscos de vir a ser demitido, assim como usou pessoas das Igrejas Católicas e Evangélicas e outras que receberam empregos através da empresa Gestor Serviços sem a necessidade de trabalhar, com custos de 1,5 milhão de reis todos os meses, em um Estado, em que existem mais 700 mil pessoas passando fome e miseráveis para influenciar Roseana Sarney e mantê-lo no cargo até hoje.
Uma questão precisa ser bem esclarecida reside nos aspectos de monitoramento da Casa de Detenção. Se ele foi iniciado desde o mês de junho, conforme registra a Superintendência Estadual de Investigações Criminais, pergunta-se o que impediu da policia evitar a fuga dos três assaltantes de bancos, ocorrida na madrugada do dia 22 de agosto. Todos portavam documentos falsos fornecidos por Cláudio Barcelos, de apresentação ao juiz de Montes Altos para prestarem declarações em juízo, para evitar problemas em abordagens, muito embora nenhum tenha qualquer processo na mencionada comarca. Se as investigações já tinham autorização do judiciário, o serviço de videomonitoramento, com certeza estava com controle da SEIC, que poderia lavrado um flagrante no dia 22 de agosto, quando os três assaltantes deixavam a Casa de Detenção pela porta da frente. Muita coisa ainda está bastante obscura, mas como pode ser estratégia de ação, prefiro aguardar um pouco as investigações.
O secretario Sebastião Uchôa, está procurando desviar a atenção dos seus colegas da SEIC, no sentido de evitar queseja chamado para prestar declarações em torno da contratação de Cláudio Barcelos, com serviços prestados e sem nenhuma experiência que lhes respaldasse conhecimentos técnicos específicos e experiência profissional para um trabalho da mais alta responsabilidade, que como bacharel em direito não o credenciaria. As outras inúmeras atribuições que ele declarava e apresentava resultados contra servidores penitenciários e monitores, principalmente no campo da perseguição funcional, que sempre eram concretizadas. Para que se tenha uma dimensão da audácia do Cláudio Barcelos, a chave do gabinete da Casa de Detenção vivia em poder um preso, uma espécie de auxiliar particular.
De uma coisa eu tenho plena certeza, o secretário Sebastião Uchôa vai quebrar lanças e fazer o impossível para opinar no inquérito e até evitar que seja ouvido como testemunha e não deve estar tranquilo diante da exacerbada proteção que deu ao ex-diretor do Cadet.