Eu estava presente à reunião da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias da Assembleia Legislativa do Estado, presidida pela deputada Eliziane Gama, quando a mãe do preso que sumiu misteriosamente do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, fez um amplo relato sobre o desaparecimento do seu filho Ronaldon Silva Rabêlo, que se encontrava no presidio São Luís 2. Ela informou que o seu filho foi preso em Santa Inês e transferido para São Luís. Revelou que esteve algumas vezes com ele no presidio e diariamente recebia telefonemas dele de dentro do cárcere, mas que em algum momentorevelou que estivesse sofrendo qualquer tipo de ameaça. Quando foi informada que ele seria posto em liberdade, inclusive com alvará de soltura concedido pela justiça, ela se apressouem vir recebe-lo para retornarem juntos a Santa Inês.
Quando ela, já com a informação de que o alvará de soltura estava em poder da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária, procurou pelo filho, ninguém soube informar, muito embora tenha feito uma peregrinação caminhando de um local para outro com informações e orientações recebidas. Foi a partir dessa audiência, que a deputada Eliziane Gama começou a fazer cobranças sobre o paradeiro do preso para a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária. O secretário Sebastião Uchôa, através da televisão registrou claramente que o preso teve fuga facilitada, mas nunca conseguiu esclarecer a questão, uma vez que o nome de RonaldonRabêlo nunca apareceu em lista de presos que fugiram ou foram mortos dentro dos cárceres.
A verdade é que dentro do próprio presidio, segundo comentários de presos, Ronaldon Silva teria sido assassinado e esquartejado e o seu corpo desovado em sacos de lixo. Se a Sejap apurou o fato deve estar sendo mantido em sigilo, muito embora não acredite em providências dessa ordem, levando-se em conta que o Complexo de Pedrinhas é marcado por sérias esculhambações com assassinatos, fugas, escavações de túneis, sem falarmos nas apreensões de armas de fogo, munição, armas brancas, o que demonstra claramente de que com a administração existente dentro da Sejap, não adianta colocar dentro no local a Policia Militar, a Força Nacional de Segurança, segurança armada privada e centenas de monitores, uma vez que todos juntos sem devida capacitação e experiência não vão poder fazer o que os agentes penitenciários sabem fazer , levando-se em conta que não capacitados para um trabalhoque requer conhecimentos específicos.
A deputada Eliziane Gama, bem que pode convidar o secretário Sebastião Uchôa para fazer esclarecimentos sobre o fato para a própria comissão ou para o plenário do legislativo. Ela também pode pedir em plenário a convocação de Uchôa, o que neste momento não seria difícil em ser aprovada, o que também serviria para muitos esclarecimentos sobre a escabrosa corrupção dentro da pasta que dirige.