Parece até que os problemas relacionados ao uso e abuso de drogas não são de maior importância! Embora pesquisas anteriores ao período eleitoral tivessem apontado a questão como uma das que maior interesse os eleitores teriam em ver discutida, continuamos a perceber que pouco se fala e menos ainda se faz. As ações que existem tendem a ser dispersas e descontínuas. O governo federal já lançou vários planos de enfrentamento ao crack, com grande alarde e com a sinalização de muitos recursos envolvidos, mas na prática pouco aconteceu. Ninguém se entende nas esferas palacianas e o sentimento é de que falta de governabilidade, falta designar o real articulador que fará o plano sair do papel e se concretizar em política continuada e consequente. A dívida com a sociedade é grande e antiga, no que tange aos tratamentos para os casos mais graves e despertam a angústia, especialmente dos familiares.
Os projetos assistenciais, as comunidades terapêuticas e os Centros de Recuperação que ainda relutam em sobreviver, aguardam ansiosamente por uma resposta clara na sua tipificação e consequente recebimento do apoio, coisa que já acontece em outros estados do território brasileiro. No estado do Maranhão não se tem nenhuma notícia, pouco ou quase nada se sabe, sobre como e onde buscar os recursos para utilizar nos tratamentos, mas sem que tenhamos essa informação clara, é essencial seguir critérios mínimos que permitam assegurar a garantia, a dignidade, o respeito com a vida humana. As Ongs, o terceiro setor da sociedade e as instituições religiosas tem carregado com muita coragem e angústia essa cruz de levar a esperança a essas pessoas que enfrentam esse sofrimento. E AGORA JOSÉ?!!!
Num país como o Brasil, onde se fala muito em direitos humanos e defesa da cidadania, ver-se a cada dia esses direitos desrespeitados e violados. Quando se anda nas ruas, observa-se uma quantidade expressiva de delinquentes e dependentes de drogas sem nenhuma perspectiva para mudança de rumo. É hora sim de ouvirmos os candidatos aos governos estadual e federal e saber dos seus sentimentos para este quadro depreciativo, um verdadeiro estado de sítio.
O Maranhão precisa avançar e muito, ou melhor, começar construir políticas sérias e duradouras sobre drogas para que encontremos uma resposta convincente que produza resultados satisfatórios, até mesmo a criação de órgão regulador para desenvolver ações voltadas para o combate, a prevenção e o tratamento de usuários, uma demanda muito significativa da população precisa urgentemente de um horizonte, de uma solução. Até os espaços democráticos para debates dessas questões como os Conselhos e Fóruns estão desarticulados. Do que vale mutirões para tirar pessoas viciadas das ruas sem ter nenhuma proposta de acolhê-los para assisti-los e tratá-los?
O que sabemos, e que muita gente também sabe ou precisa saber, é que a droga, apesar de não ter partido (sigla partidária), ela, através do tráfico, financia grandes campanhas políticas e eleitorais em nosso país. E fica a grande pergunta: Será que um projeto corajoso e permanente de combate repressivo, prevenção ao uso nocivo de drogas e a assistência ao dependente, não daria um retorno social mais concreto para a população brasileira e para seus representantes na política? Droga não tem partido, mas os Partidos são uma “droga”: Partido da Mobilização Depressora Brasileira – PMDB; Partido dos Traficantes de Barbitúrios – PTB; Partido de Defesa ao Tráfico – PDT; Partido dos Toxicômanos – PT; Drogas de Ecstasy com Morfina – DEM;Partido dos Craqueiros no Brasil – PCdoB; Partido da SkunkBrasilieira – PSB; Partido da Socialização das Drogas no Brasil – PSDB; Partido dos Viciados – PV; Partido do Tráfico de Cocaína – PTC; Pó, Seringa e Cachimbo – PSC; Partido de Merla e seus Narcóticos – PMN ; Partido do Silêncio no Tratamento de Usuários – PSTU; Partido dos Senhores Bombados – PSB; Partido da Heroína e Sintéticos – PHS; Partido Comprometido com a Overdose- PCO; Partido de Tranquilidade ao Narcotráfico – PTN; Partido da Solução Oxi com Lsd – PSOL; Partido da Resistência – PR, que poderia ser o Partido da Resposta.
Falta-nos partidos verdadeiros para solucionar: PSOL Partido da Sobriedade e Liberdade; PSDB – Partido para Solucionar as Drogas no Brasil.
*Rogerio Napoleão Pastoral da Sobriedade Regional MA