O senador João Capibaribe, do Amapá, quando esteve em dezembro em São Luís, como membro da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias do Senado Federal, que veio ver de perto as barbáries praticadas no Complexo de Pedrinhas, em conversa comigo afirmou que não havia a mínima hipótese de qualquer composição do seu grupo politico com o do senador José Sarney. Afirmou que José Sarney não é confiável, e tenta por todos os meios destruir as pessoas que não lhes são subservientes e é capaz de utilizar os métodos mais escusos para se mante em evidência e garantir interesses políticos e pessoais. João Capibaribe e sua esposa que é deputada federal, quase foram alijados da vida pública por José Sarney, mas felizmente o povo descobriu as manobras e a justiça reconheceu os nossos direitos políticos, destaca o senador amapaense. À época, Capibaribe registrava que José Sarney iria encontrar muitas dificuldades para se reeleger, uma vez que ele conseguiu dividir o grupo que lhes dá sustentação e que a vaga dele já era reivindicada por vários políticos.
O senador José Sarney fez inúmeras articulações envolvendo a presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula da Silva e o vice-presidente Michel Temer, com vistas que ele fosse candidato único ao senado. A proposta acabou causando maior indignação aos seus adversários e fragmentou ainda mais a sua base, mas ele começou a intensificar o jogo de bastidores como tentativa para reverter a sua situação bastante difícil. Nos últimos dias, mostrava-se bastante macambúzio e decidiu acompanhar a presidente Dilma Rousseff ao Amapá, para o lançamento de ações do programa Minha Casa, Minha Vida, mesmo sabendo que uma pesquisa encomendada por aliados mostrou os reduzidos números favoráveis à sua candidatura e a elevada rejeição. Durante a solenidade chegou a ser vaiado por mais de cinco vezes com gritos de Fora Sarney! Dizem que o velho cacique, acostumado a ter tudo nas mãos e em algumas das dificuldades foi favorecido pelo judiciário, chegou a olhar para os lados e viu que não tem mais a força do quero, posso e mando. Temendo sair da vida pública derrotadonão hesitou em jogar a toalha e apresentou as desculpas que já eram esperadas. A repercussão da sua desistência causou um grande mal estar na politica maranhense, principalmente para os candidatos a governador e senador do grupo que obedece a sua orientação.