Apesar da presença de homens da Força Nacional de Segurança desde o final do ano passado no Complexo Penitenciário de Pedrinha, em São Luís, no Maranhão, o número de assassinatos no presídio não para de crescer e já soma seis, em 2014. No último final de semana, foram confirmadas as mortes de mais dois detentos.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), ontem (13) o preso Wesley de Sousa Pereira foi encontrado morto, com sinais de enforcamento. No sábado (12), o detento João Altair Oliveira foi encontrado pelos monitores no corredor da unidade, na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), com perfurações pelo corpo.
As circunstâncias das mortes estão sendo investigadas pela Sejap, com apoio da Força Nacional. Ao todo, já são nove o número de presos mortos no sistema prisional do Maranhão, em 2014. Se forem levados em conta os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), chega a 66 o total de detentos assassinados em Pedrinhas desde o início de 2013.
As outras mortes registradas no complexo neste ano foram de Pedro Viegas, estrangulado no interior de uma cela; Sildener Pinheiro Martins, que teve o corpo encontrado em uma cela do Centro de Detenção Provisória; Josivaldo Pinheiro Lindoso, que estava no Centro de Triagem, para onde tinha sido levado apenas dois dias antes, quando foi detido, e apresentava indícios de estrangulamento; e Jô de Souza Nojosa, que cumpria pena no CCPJ, também estrangulado.
Pelas informações fornecidas pela assessoria da Sejap à Agência Brasil, no início do ano, havia cerca de 2.196 detentos presos em Pedrinhas, cuja capacidade é 1.770 pessoas.