“Em vez de banir o Telegram, TSE deveria responsabilizar candidato beneficiado por fake news”

Especialista em Direito Eleitoral e Digital, Alexandre Basílio afirma que não adianta atacar “o meio”, mas buscar uma “vacina”

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Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as plataformas digitais Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai firmaram dias atrás um novo acordo para combater a desinformação no processo eleitoral de 2022Segundo o TSE, o objetivo é enfrentar as fake news para garantir a legitimidade e a integridade das eleições. 

Especialista em Direito Eleitoral e Digital, o advogado Alexandre Basílio (foto) disse a O Antagonista que a rápida disseminação de uma desinformação no meio digital é uma característica do mundo atual e precisamos aprender a lidar com ela.

Sobre a ameaça de Luís Roberto Barroso de banir o Telegram, Basílio diz que não adianta atacar “o meio”, mas buscar uma “vacina” para “tentar garantir que para toda desinformação haja uma informação de qualidade esclarecendo os fatos”.

E talvez responsabilizar o candidato beneficiado com aquela fake news. “Essa responsabilização poderia ter como punição forçá-lo a divulgar, em todos os seus canais oficiais, um esclarecimento sobre o fato, ainda que ele não tenha relação comprovada com a divulgação da desinformação. Esse dever de esclarecimento é algo que já consta no projeto do Novo Código Eleitoral, que infelizmente não foi aprovado para 2022.”

O Antagonista

 

As 05 fraudes mais comuns e como se proteger dos golpistas do Pix

Com mais de 348 milhões de chaves cadastradas, o Pix foi amplamente aceito por boa parte da população brasileira que passou a utilizar o novo método de pagamento. Lançado em novembro de 2020, um levantamento do Banco Central mostrou que 104,4 milhões de pessoas utilizaram o serviço pelo menos uma vez.

Em janeiro deste ano, o Pix bateu um novo recorde de transações diárias: foram R$ 52,4 milhões movimentados em apenas um dia. No total, o Pix já movimentou mais de R$ 4 trilhões em transferências financeiras.

A alta adesão pode ser explicada pela praticidade, facilidade e rapidez oferecidas pelos pagamentos via Pix, que atrai diariamente novos adeptos, mas também golpistas de toda sorte. Os criminosos criam desde armadilhas digitais grosseiras até fraudes mais sofisticadas.

Veja a seguir os 5 principais golpes do Pix e como se proteger:

  1. “Capturador de sessões”
  2. SMS Fraudulento
  3. Clonagem de Whatsapp
  4. Perfil falso do Whatsapp
  5. Golpe com QR Code
  6. Como se proteger?

“Capturador de sessões”

Essa fraude consiste no envio de um PDF ou um e-mail para a vítima com um arquivo que, se aberto, infecta o dispositivo ou computador com um vírus que notifica o criminoso quando um aplicativo ou o site do banco é aberto, permitindo assim a captura das credenciais de acesso da conta bancária.

Esse golpe é chamado de “capturador de sessões”.

SMS Fraudulento

O golpe do SMS Emergencial é uma fraude que poucas pessoas caem, mas ainda assim é utilizado pelos golpistas. Os criminosos disparam milhares de SMS pedindo socorro e solicitando uma transferência via Pix, para solucionar um problema financeiro urgente.

Para os fraudadores, basta uma pessoa cair e já será um grande lucro para eles e um estrago gigantesco para a vítima.

Clonagem de Whatsapp

A clonagem de Whatsapp é um ataque comum mesmo antes da existência do Pix. A fraude foi aprimorada com a nova tecnologia lançada. O golpe funciona da seguinte maneira: o criminoso entra em contato com a vítima fingindo ser representante de uma empresa em que a pessoa tem algum tipo de cadastro e solicita um código de segurança que é enviado por SMS supostamente para manutenção, atualização ou confirmação de cadastro. Esse código permite a clonagem do Whatsapp. A partir disso, os golpistas começam a enviar mensagens para os contatos da vítima pedindo ajuda financeira por transferência via Pix.

Fonte: Yahoo Finanças

 

Situação em Cuba é séria com prisões e protestos por democracia, diz comissário da OEA

Organização manifestou preocupação com centenas de pessoas presas após protestos a favor da democracia em julho de 2021

Criminalização de protesto pacífico, prisões arbitrárias, julgamentos sumários, penas de até 30 anos de prisão, opositores presos com a saúde deteriorada: a situação dos direitos humanos em Cuba é “dramática”, advertiu nesta quinta-feira (17) o relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos para a ilha.

O jurista Stuardo Ralón, um dos sete membros da CIDH, conversou com a AFP depois que esse órgão da OEA (Organização dos Estados Americanos) manifestou preocupação com as centenas de pessoas detidas e processadas por terem participado das manifestações de julho passado em Cuba, e pediu a libertação delas.

Pergunta: Qual é a situação dos direitos humanos em Cuba?

Resposta: É dramática, porque a liberdade das pessoas não é respeitada. Existe um único partido, o Partido Comunista, ao qual você deve pertencer para participar da política. E quem se manifestar contra o regime, emitir uma ideia diferente ou exigir liberdade estará sujeito a prisão arbitrária, processo e pena de prisão de até 30 anos.

P: O Movimento San Isidro, criado em 2018 por artistas e intelectuais para exigir maior liberdade de expressão, informou nesta quarta-feira (16) que um de seus fundadores, Luis Manuel Otero Alcántara, preso em 11 de julho, estava em greve de fome e que sua saúde era precária. O que a CIDH sabe sobre ele?

R: A última coisa que sabemos é sobre condições de prisão em que sua saúde é muito delicada, e com a qual estamos extremamente preocupados. A informação que temos é que a situação nas prisões é de superlotação, sem as condições básicas de respeito à dignidade das pessoas, e que, quando os detidos estão em greve de fome, sua saúde é extremamente afetada. Temos informações de que há outras pessoas em condições semelhantes às de Otero Alcántara.

P: Quantos ainda estão detidos pelos protestos de julho?

R: Há 790 pessoas presas sujeitas a processos, muitos deles sumários, sem garantias reais de direito de defesa, com penas de prisão de até 30 anos. E o que essas penas em julgamentos sumários pretendem é enviar uma mensagem de censura, de punição por pensar e se expressar de forma diferente daquela do regime da ilha.

P: A CIDH destacou em comunicado a prisão de dezenas de adolescentes, assinalando que é uma medida que deve ser usada como último recurso.

R: Esse é outro dos princípios que foram quebrados.

P: Muitos manifestantes foram acusados de sedição. Qual a opinião da CIDH?

R: Percebemos que, em muitos desses processos sem garantias, são usadas tipificações ambíguas, como crimes de sedição ou terrorismo. Pretende-se, na verdade, criminalizar um ato que pedia abertura democrática.

P: Cuba foi excluída da OEA em 1962, após a revolução castrista. Desde 2009, quando essa decisão foi anulada, não se pediu a sua reincorporação. A CIDH tem competência para se pronunciar sobre Cuba?

R: Sim. A competência da comissão para monitorar o respeito aos direitos humanos em todo o continente inclui Cuba.

P: A ativista Anamely Ramos denunciou que foi impedida de retornar a Havana “por motivos políticos”. Um governo pode negar a entrada de um de seus cidadãos no país?

R: Um padrão internacional é que um cidadão não pode ser proibido de entrar no próprio país. O problema é que, quando não há democracia, mas um único poder, que violou direitos humanos e garantias individuais, esse tipo de abuso pode acontecer. Isso é claramente algo extremamente grave, e também uma clara violação dos direitos humanos.

P: O que a comunidade internacional deve fazer?

R: Acredito que há enorme responsabilidade dos diferentes órgãos internacionais, de diferentes Estados, cada um de acordo com suas competências, de dar visibilidade e denunciar, como faz a CIDH quando há violações, e exigir que essas situações não aconteçam. Se essas vozes forem em uníssono, pode-se gerar uma possibilidade esperada de mudança.

P: Cuba afirma que tem soberania para resolver os assuntos internos.

R: Cada Estado tem soberania para estabelecer certas normas e instituições, e mecanismos ou políticas para a própria realidade social. Isso é reconhecido pela própria OEA. No entanto, esse conceito não pode ser aplicado para que um poder de determinado Estado viole os direitos humanos.

P: O governo cubano acusa os dissidentes de ser financiados pelos Estados Unidos, que buscam uma mudança de regime em Cuba, e a OEA de ser um instrumento de Washington. O que você pensa sobre isso?

R: Não fazemos avaliações políticas. Como órgão técnico de monitoramento dos direitos humanos, parece-nos que existem reivindicações legítimas. Condenamos que haja violações sistemáticas dos direitos humanos em Cuba.

Fonte: R7

 

Importante alerta de um coronel do Exército Brasileiro: Os Hackers Russos

Tive o desprazer de assistir a um vídeo que reunia três ministros do STF, presidentes eventuais de seu puxadinho, o TSE. Nele, o próximo donatário daquele feudo finalmente admite, impotente, que o sistema é vulnerável à invasão de hackers e, com ameaças patéticas e vazias, principalmente para agentes estrangeiros, deixa clara sua incapacidade para evitá-las. A admissão tardia dessa verdade após ter gasto dinheiro dos contribuintes em propagandas sabidamente mentirosas para afirmar o contrário, mesmo após um hacker ter permanecido viajando pelos escaninhos do TSE e de outras unidades da justiça eleitoral por cerca de oito meses, em pleno ano de eleições e, o que é mais revoltante nisso tudo, sem ser descoberto pelos servidores do próprio TSE, é um acinte para com a sociedade brasileira.

De acordo com informações tornadas públicas, essa pessoa teve acesso a tudo, absolutamente tudo que desejou, inclusive o código fonte, mas o presidente em exercício do TSE teve a desfaçatez de minimizar tal invasão e ainda declarar que ela não prejudicou os resultados do pleito, embora não tenha explicado em que ele se baseou para fazer essa declaração, pois todos os logs que poderiam esclarecer o percurso do invasor foram cuidadosamente apagados, segundo o TSE, acidentalmente…

Fica evidente a quem tem olhos de ver que, sem prejuízo de outras fragilidades, o TSE é incapaz de evitar uma invasão em seus sistemas, é incapaz de perceber uma invasão mesmo que ela transcorra por longo prazo e é incapaz de preservar informações tão importantes quanto os logs que permitiriam avaliar tal invasão.

O que mais falta para enquadrar essa organização nos quesitos de imperícia, imprudência e negligência?

É nessas mãos que repousam a isenção, a lisura e a exatidão dos resultados que deveriam traduzir a legítima vontade do povo soberano na escolha dos dirigentes de nosso País?

Em uma atitude deselegante, impatriótica e com o evidente intuito de causar embaraços ao nosso Presidente, que naquele momento personificava o Brasil em visita à Rússia, para a qual foi gentilmente convidado, naquele mesmo vídeo o futuro presidente do TSE acusa aquele país de estar se preparando para interferir dolosamente em nosso processo eleitoral.

Senhor Ministro, em um sistema como esse que o Sr. vai presidir, qualquer hacker, de qualquer país, tem condições de se locupletar. Como exemplo, o hacker que acampou em sua futura sesmaria por oito meses é português. Os russos, se vierem, ainda não chegaram.

Há anos que um número enorme de profissionais sérios e competentes vem reiteradamente apontando a precariedade de nosso processo eleitoral. E desde os tempos do Prof. Diego Aranha (hoje exilado na Dinamarca) e da Dra. Maria Aparecida Cortiz (hoje afugentada em Portugal) os Srs., ao invés de corrigir as evidentes deficiências do sistema, preferem ameaçar e perseguir aqueles que as denunciam.

Agora, em uma explosão de autoritarismo, um já afirmou que será considerado crime qualquer opinião exarada por quem quer que seja, que coloque em dúvida os resultados eleitorais impostos pelo TSE.  Como Oficial do Exército Brasileiro, cioso de minha honra e de meus deveres, lhe afirmo Sr. Ministro, que crime na verdade é ter conhecimento de toda essa gravíssima situação, e não denunciá-la.

Como o que realmente interessa é a confiabilidade da apuração dos votos, simples impressoras poderiam resolver todos esses problemas, mas desde a lei 12.034/09 que em seu Art. 5º exigiu que eles fossem impressos, o TSE se opõe encarniçadamente a essa solução. Afinal, o que há por trás dessa oposição? O que poderia estar ocultando tamanha renitência?

Sabe-se que o Exército encaminhou ao TSE uma série de questões sobre o funcionamento do processo eleitoral e que essas perguntas já foram respondidas. A sociedade espera que ditas respostas esclareçam perfeitamente todas as dúvidas, que elas não contradigam o que o Sr. Fachin declarou no referido vídeo e que explicitem como fará o Tribunal para derrotar todas as eventuais ameaças cibernéticas que até agora zombaram de sua segurança.

José Gobbo Ferreira. Coronel do Exército Brasileiro.

 

Desembargadora Federal do TRT, manda a PF prender presidente e diretores dos Rodoviários

Finalmente se tem informação de uma atitude bastante esperada pela população para o desrespeito e afronta aos princípios emanados da lei, com a expedição de mandado de prisão determinado pela desembargadora federal Solange de Castro, do TRT para o presidente e demais dirigentes do Sindicato dos Rodoviários pela Polícia Federal. Na greve dos rodoviários em conluio com os empresários em novembro do ano passado, acintosamente o presidente Marcelo Brito não tomou conhecimento e afrontou uma decisão judicial para que 80% da frota fosse mantida em circulação, o que está repetindo agora. À época, apesar das multas arbitradas no mandado, o dirigente sindical, entendeu que estava acima da lei e impôs as suas regras, resultando em 16 dias de paralisação com enormes prejuízos a população da Região Metropolitana de São Luís, além de prejuízos incalculáveis para o setor produtivo.

Nesta nova greve a articulação criminosa contra a população pelos rodoviários e empresários, tem objetivo principal dos dois, a majoração dos preços das passagens e subsídio do governo municipal para atender os interesses avarentos dos empresários.

             “Liminar não faz ônibus rodar”

Na atual greve, os rodoviários liderados pelo presidente Marcelo Brito, deixou bem claro que a estratégia seria a mesma de novembro do ano passado, desobedecendo mandados da Justiça do Trabalho e impondo as próprias regras. A audácia e a certeza de impunidade é tanta, principalmente sobre a questão de multa, uma vez que para sindicalistas elas nunca são pagas, que um deles chegou a dar declaração a uma emissora de televisão, dizendo que “liminar não faz ônibus rodar,” numa afronta a Justiça do Trabalho e assim potencializar o desrespeito perante os seus liderados.

                   PF vai apurar conluio dos empresários

Por determinação da desembargadora federal Solange de Castro, do TRT, a Polícia Federal vai investigar sobre conluio entre empresários e rodoviários. A verdade é que tem se conhecimento, que quando os salários dos rodoviários atrasam, e eles reclamam intensivamente, os empresários respondem que estão operando no vermelho. Deixam bem claro, que se houver um reajuste nas tarifas dos coletivos, passarão a ter suporte para honrar as suas dívidas. Mais recente, os comentários ficam por conta de que se houver um subsídio maior da prefeitura de São Luís, o problema tende a diminuir.

Esta semana, a Justiça Comum rejeitou um pedido de reajuste de tarifas solicitado pelos empresários. A categoria tem uma visão unilateral, em que quer sempre mais para prestar um serviço de péssima categoria, penalizando todos os dias as centenas de milhares de usuários, com um serviço de péssima qualidade em que todos os dias se pode ver nas ruas e avenidas coletivos parados com panes mecânicas.

Outro fator determinante para o enfrentamento do problema é falta de autoridade do poder público em cobrar um serviço de um mínimo de qualidade. A Câmara Municipal sempre fica à distância e não é de desconhecimento público, de que inúmeros vereadores têm ligações bem próximas com empresários. Há poucos dias, um dirigente sindical da entidade dos usuários, prestando depoimento na CPI dos Transportes, afirmou categoricamente em depoimento que a existe corrupção na SMTT e que tem um empresário fazendo articulações dentro da secretária. Apesar da declaração ter sido pública, a Prefeitura de São Luís, ainda não se posicionou sobre a séria e grave denúncia.

Fonte: AFD

General dá resposta contundente à declaração de Fachin

O ministro Edson Fachin, próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta terça-feira, 15, que o Brasil vive uma época de “populismo autoritário”.

O magistrado disse que o órgão está atento e preparado para “ameaças do populismo autoritário” e “teorias conspiratórias” que colocam em cheque a credibilidade da Justiça Eleitoral.

A resposta mais contundente para o ministro Fachin, veio do deputado federal General Girão Monteiro.

Eis o que disse o parlamentar:

“Alô Fachin, que história é essa de “Brasil vive populismo autoritário”? Vamos deixar de ativismo político dentro do STF. Isso não está dentro do “livrinho”. Ou será que o Sr não o conhece, assim como alguns de seus pares? Respeito é uma via de mão dupla. Esticar a corda é perigoso.”

Jornal da Cidade Online

Imperatriz, Itinga e Balsas do Maranhão tiveram bloqueadas a segunda parcela do FPM de fevereiro

Repasse desta sexta (18) adiciona mais R$ 1,1 bi aos cofres municipais. Receita é fundamental para municípios de pequeno porte

As prefeituras já receberam mais de R$ 12,1 bilhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em fevereiro. O montante é quase 21% maior do que os cofres municipais embolsaram no mesmo mês do ano passado. A tendência de alta dos repasses se mantém nesta sexta-feira (18), quando o FPM repassa cerca de R$ 1,1 bi. O valor já leva em conta o desconto dos 20% para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Na mesma época de 2021, ou seja, o segundo decêndio de fevereiro, os municípios receberam em torno de R$ 840 milhões. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o segundo decêndio costuma ser o menor do mês, e equivale a 20% do esperado para os 28 dias.

Com o peso da inflação, que está em 10,38% nos últimos 12 meses, a alta no repasse diminui para 18,66% em termos reais, explica a entidade. O FPM é ainda mais importante para as prefeituras de pequenos municípios, que têm menos possibilidades de arrecadar recursos suficientes com a atividade econômica local ou impostos.

É o caso de Umirim, que fica no norte do Ceará. Darlan Brito de Freitas, secretário de Finanças local, diz que o FPM é a principal fonte de renda do município, onde há carência de indústrias ou comércio fortes. “Nossas despesas de maior volume são a folha de pagamento, INSS, o duodécimo da Câmara Municipal e os fornecedores, de modo, geral, são pagos, em sua maioria, com os recursos do FPM. Com exceção do Fundeb, que é um recurso específico para a educação, não tem nenhuma receita que se compare ao FPM no município de Umirim”, destaca.

Após queda drástica nas receitas por causa da crise econômica que as medidas restritivas no combate à pandemia da Covid-19 causaram, ele diz que os repasses têm melhorado bastante, o que ajuda a manter as contas da prefeitura em dia. Nesta sexta, a cidade recebe quase R$ 195 mil do fundo.

Bloqueio

De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, até 17 de fevereiro, 52 municípios estavam entre os entes bloqueados por causa de alguma pendência, em que aparecem os maranhenses: Balsas, Imperatriz e Itinga do Maranhão. Entre os principais motivos para bloqueio estão: ausência de pagamento da contribuição ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), dívidas com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), débitos com a inscrição da dívida ativa pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), e falta de prestação de contas no Sistema de Informações sobre Orçamento Público em Saúde (Siops). Para desbloqueio do repasse, o município deve identificar o órgão que determinou o congelamento. Em seguida, deve conhecer o motivo e regularizar a situação.

Fonte: Brasil 61

 

PGR se manifesta para arquivar inquérito que investiga Bolsonaro sobre ataques cibernéticos

O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal que pede o arquivamento do inquérito que investiga o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Felipe Barros (PSL-PR). O procedimento foi instaurado para apurar se Bolsonaro e o parlamentar cometeram crime ao divulgar, durante uma live, o conteúdo de investigações da Polícia Federal sobre os ataques cibernéticos contra o Tribunal Superior Eleitoral.

Na manifestação, Aras argumenta que a investigação sobre a invasão de sistemas e bancos de dados do TSE não estava protegido por sigilo e que, por isso, a divulgação de informações sobre ela não configura crime.

Aras aponta que a Instrução Normativa 108/2016DG/PF, que regulamenta a atividade judiciária da Polícia Federal, estabelece procedimento específico para que a tramitação reservada ou o segredo de um inquérito possa ser determinado pela autoridade policial. A tramitação reservada dessas investigações portanto não seria obrigatória e deve ser registrado nos autos e em sistema oficial da PF.

“Referidas cautelas deixaram de ser adotadas no IPL 1361/2018-SR/PF/DF, a se concluir que o expediente não tramitava reservadamente entre a equipe policial, nem era agasalhado por regime de segredo externo ao tempo do levantamento, pelos investigados, de parte da documentação que o compõe”, sustenta.

O documento também cita depoimento do delegado Victor Neves Feitosa Júnior — que presidiu a primeira parte do inquérito — à Polícia Federal, em que informa que não adotou o regime de segredo de justiça no inquérito. Para o PGR, por esse motivo, “não há como atribuir aos investigados nem a prática do crime de divulgação de segredo nem o de violação de sigilo funcional”.

Aras também cita jurisprudência do STF no sentido de que o princípio da publicidade é aplicado integralmente à fase pré-processual, o que inclui inquéritos e investigações. E que, embora a Constituição autorize que a lei crie exceções para garantir sigilo de alguns tipos de atos processuais por meio de decisão que deve ser expressa e devidamente fundamentada, o que não ocorreu no caso.

Por fim, o PGR também rechaçou os pedidos do senador Randolfe Rodrigues e do advogado Ricardo Bretanha Schmidt para que a PGR tome as providências cabíveis contra o presidente da República por não ter comparecido ao depoimento à PF. Segundo Aras, tanto o parlamentar como o advogado não têm legitimidade para peticionar.

Fonte: CONJUR

 

STF rejeita ação da ANJ e restrições à propaganda eleitoral em jornal estão mantidas

Por maioria, o Supremo Tribunal Federal decidiu manter as normas que limitam a publicidade eleitoral em jornais impressos e proíbem a sua veiculação paga na internet. Em sessão finalizada nesta quinta-feira (17/2), a Corte considerou constitucionais as restrições da Lei Eleitoral e rejeitou ação da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) que as contestavam.

Seis ministros (Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski) votaram por rejeitar o pleito da ANJ. Os ministros Luiz Fux, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Carmen Lúcia, para acolher a demanda.

André Mendonça considerou que deve ser admitida a propaganda paga em sites de empresas jornalísticas na internet, mas as limitações, diversas das estabelecidas para os veículos impressos, devem ser fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Prevaleceu o entendimento do ministro Nunes Marques, que julgou a ADI totalmente improcedente. Ele considera que, embora a lei tenha sido editada em um período em que a internet não tinha tanta influência na disputa eleitoral, esse fator, por si só, não constitui uma inconstitucionalidade. Para o ministro, apenas o Congresso pode alterar as restrições legais impostas à propaganda eleitoral questionadas pela ANJ.

O relator da matéria, ministro Luiz Fux, ficou vencido. Ele considerou que a propaganda eleitoral deve ser regulada de modo a assegurar a igualdade de condições entre os candidatos, mas a legislação atual contém uma diferença expressiva de tratamento entre a propaganda eleitoral gratuita na internet e a paga. Para o ministro, a vedação da propaganda paga na internet causa um desequilíbrio injustificado entre as plataformas de comunicação, beneficiando empresas gestoras de redes sociais, com a autorização do impulsionamento eleitoral remunerado, e prejudicando as empresas jornalísticas, que ficam proibidas de se financiar com a propaganda eleitoral na internet.

Restrições
De acordo com o artigo 43 da Lei das Eleições (Lei 9.504/1997), a propaganda em meios de comunicação impressos fica restrita a dez anúncios por candidato, por veículo e em datas diversas. Além disso, a peça não pode ocupar mais de 1/8 de página de jornal padrão e de 1/4 de página de revista ou tabloide. A divulgação pode ocorrer até a antevéspera das eleições. O artigo 57-C veda a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet, admitindo somente o impulsionamento de conteúdo devidamente identificado.

Já o inciso I do parágrafo 1º desse artigo veda a qualquer empresa (pessoa jurídica) a difusão de propaganda eleitoral em site próprio na internet, mesmo gratuitamente.

Na ação, a ANJ sustentava que a restrição à publicidade em veículos impressos é desproporcional, inadequada e não atinge seus fins. Em relação à internet, alega que cria mais espaço para a veiculação de fake news.

Fonte: CONJUR

 

MPF pede suspenção de obra de transmissão da Equatorial Energia em território indígena de Viana (MA)

O empreendimento não possui licença ambiental do Ibama e não realizou consulta prévia com a população indígena Akroá Gamella

Nacional do Índio (Funai) e a Equatorial Energia S.A., para que a empresa suspenda as obras de implantação da linha de subtransmissão Miranda – Três Marias até que ocorra a sua regularização ambiental O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública na Justiça Federal, com pedido de liminar, nesta quarta-feira (16), contra o Estado do Maranhão, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Fundação perante o Ibama e que sejam realizados estudos sobre a população indígena local, além de consulta à comunidade impactada, sob pena de multa por descumprimento.

Foi pedido, ainda, que a Justiça determine à Equatorial que não realize visita à área do empreendimento, que corta o território indígena Taquaritiua, do povo Akroá Gamella, localizado no município de Viana (MA), sem prévia comunicação aos indígenas. Para tanto, é preciso informar dia e horário, abstendo-se do uso de segurança armada privada.

Também foi pedida a suspensão da Licença de Instalação e Operação, concedida de forma irregular pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema), já que o órgão competente para emitir licença ambiental em área da União é o Ibama, que deve ser acionado para realizar o levantamento da viabilidade do empreendimento e a consulta prévia, livre e informada junto à população indígena.

Além disso, foi requerido que a Funai deixe de apresentar manifestações contrárias aos interesses do povo Akroá Gamella e passe a realizar a oitiva junto à comunidade. De acordo com o MPF, a fundação havia expedido ofício à Sema autorizando não somente o prosseguimento do licenciamento ambiental, como também a continuidade das obras, após ter aprovado um novo Termo de Referência sem a participação da comunidade indígena.

Entenda o caso – O MPF instaurou, em novembro de 2021, procedimento administrativo para apurar um conflito entre os indígenas da etnia Gamela e funcionários da empresa Equatorial Energia que, de acordo com notícias veiculadas na imprensa no dia 18 do mesmo mês, invadiram a terra indígena para realizar a implantação dos circuitos 1 e 2 da linha de subtransmissão Miranda – Três Marias. Dessa forma, o MPF requisitou à Polícia Federal que instaure inquérito policial para investigar possíveis crimes de racismo, invasão de domicílio e abuso de autoridade cometidos contra os indígenas.

Em reunião realizada em dezembro de 2021, por videoconferência, com a presença do MPF, representantes do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), da Comissão Pastoral da Terra e de membros da comunidade indígena Gamella, as lideranças noticiaram que, no dia 18 de novembro de 2021, observaram a presença de pessoas não identificadas executando serviços no território, algumas destas portando armas de fogo, o que teria gerado o desentendimento entre os presentes.

Ainda na reunião, o representante do povo Akroá Gamella também explicou que, no dia do conflito, os indígenas questionaram a presença de pessoas armadas no território, sendo informados que os funcionários armados seriam de uma empresa de segurança privada que estavam a serviço da Equatorial Energia. Afirmou que somente posteriormente tomou conhecimento de que as armas de fogo retidas pelos indígena eram, na verdade, de uso restrito da polícia militar.

Foi dito que, na sequência, policiais militares teriam se deslocado para a aldeia Cajueiro, realizando abordagem truculenta, retendo celulares dos indígenas, invadindo casas e intimidando as lideranças, sob o argumento de que estariam realizando busca por armas que teriam sido roubadas, o que teria culminado na prisão de um grupo de indígenas do povo Akroá Gamella. Os fatos comunicados pela comunidade indígena foram confirmados a partir de documentação encaminhada pela Secretaria de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop). Número do processo para consulta na Justiça Federal: 1007207-54.2022.4.01.3700

Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal no Maranhão