Será promovido, no dia sete de setembro, o 20º Grito dos Excluídos e Excluídas, que traz como tema: “Ocupar ruas e praças por liberdade de direitos”, temática que está ligada à Campanha da Fraternidade de 2014, “Fraternidade e Tráfico Humano”. Durante o encontro, serão trabalhados os eixos: “ParticipaçãoPopular e Direitos,” cobrando mais atenção para os direitos básicos da população de baixa renda como terra e trabalho, educação e saúde, transporte e segurança e alimentação de qualidade, entre outros.
A Arquidiocese de Mariana tratará, de forma especial, questões como o extermínio da juventude, a violência contra a mulher, o trabalho escravo, o direito à moradia e a defesa do meio ambiente tão maltratado pelo uso de agrotóxicos, construção de barragens e mineração devastadora.
Segundo o Padre Marcelo Santiago, coordenador da Dimensão Sociopolítica da Arquidiocese, a participação de todos é muito importante para o sucesso do evento. “Confiamos às nossas comunidades, a partir de seus presbíteros, das pastorais sociais, movimentos populares, sindicatos e associações, a organização de caravanas para o Grito dos Excluídos. Será muito bom que todas as paróquias, através de suas ‘forças vivas’ se façam representar”, exaltou Padre Marcelo.
Ainda segundo o Padre Marcelo, para agilizar o trabalho de motivação e organização do evento, é importante que as comunidades sigam alguns passos:
– Procurem falar ao povo, sobretudo às lideranças paroquiais, sobre o Grito dos Excluídos – sua importância e do compromisso cristão latente ao abraçar essa causa em favor da vida, da dignidade do ser humano e compromisso com a sociedade do bem viver, do bem comum.
– Mobilizem lideranças para participarem do Grito dos Excluído. Gritamos com todos e por todos, em comunhão com os esforços pastorais de nossa Igreja Particular do Brasil, comprometida com os afastados e os excluídos.
– Realizem, antes do dia sete de setembro, em suas comunidades, usando de criatividade, a celebração do Grito dos Excluídos, em comunhão com as Dioceses, valendo-se dos eixos “Participação Popular eDireitos”. Não deixem de celebrar o Grito em sua comunidade paroquial.
– Realizem, onde for possível, uma Assembleia Popular, com lideranças comunitárias (paróquia / cidade), aprofundando as temáticas do Grito e sua aplicação no contexto da própria paróquia, cidade e região.
– Os vigários episcopais, através de suas regiões, auxiliem as paróquias, no que estiver ao alcance, facilitando a melhor representação de suas áreas pastorais na realização do Grito dos Excluídos.
“Sonhamos a construção de tempos melhores para o nosso povo, a partir dos mais pobres e excluídos, na linha dos debates da 5ª Semana Social Brasileira. Para isso é necessário entrar em campo, ‘ocupar as ruas e praças’, e participar, de forma patrioticamente ativa, nas decisões em prol de um Brasil mais justo, solidário, sustentável e fraterno”, finalizou Padre Marcelo.
Programação
Historicamente, o Grito dos Excluídos tem sido uma manifestação popular e espaço de animação e profecia. Sempre aberto e plural a pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos e excluídas.
Como indica a própria expressão, o Grito dos Excluídos constitui-se numa mobilização com três sentidos: denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social; tornar público o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome; propor alternativas ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos e cidadãs. A programação da Arquidiocese de São Luís com as entidades da sociedade civil organizada ainda não foi tornada pública.