A governadora Roseana Sarney garantiu até agora para o seu currículo, a marca macabra de 85 assassinatos no Sistema Penitenciário do Maranhão e o registro histórico da pior administração de um Sistema Penitenciáriono Brasil.
À noite de ontem, sem maiores dificuldades, diante das inúmeras fragilidades existentes no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, uma caçamba que teria sido roubada, com manobra de ré, derrubou uma parte do muro dos fundos do Centro de Detenção Provisória, mais conhecido como Cadeião do Diabo. O impacto despertou a atenção dos vigilantes da empresa Atlântica. Um violento tiroteio foi registrado entre bandidos ea segurança do presidio, proporcionando fugas e ferimentos emem pelo menos 04 presos que não conseguiram se locomover. O problema não tomou proporções mais sérias devido a ação imediata do GEOP, que evitou uma fuga em massa e até mesmo um morticínio.
A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária divulgou inicialmente que escaparam do Cadeião do Diabo, apenas 06 presos, dos quais 04 feridos foram logo recapturados e outro foi pego bem nas proximidades da unidade prisional. Posteriormente foi admitido o número de 11 presos que teriam escapado, mas na primeira conferência o número teria chegado a 37 detentos com possibilidades de terem sido mais, que está sendo mantido em sigilo para evitar um escândalo maior, segundo me afirmou um monitor presente a conferênciados presos
Vídeomonitoramento desligado e celas serradas
Como o Sistema Penitenciário de Pedrinhas foi transformado em esculhambação e retrato fiel da administração da governadora Roseana Sarney, o vídeomonitoramento do Cadeião do Diabo teria apresentado defeito inexplicável na última terça-feira e não foi acionado o serviço de restabelecimento do funcionamento das câmeras. Na mesma data, foi descoberto que as grades das celas em que ficam recolhidos poucos presos haviam sido serradas, uma vez que a maioria transita livremente por toda a unidade prisional. Seguindo o exemplo das câmeras desligadas, as grades ficaram para serem reparadas posteriormente. Os dois casos estão diretamente ligados à derrubada do muro, numa demonstração clara de que tudo foi planejado. Sem o monitoramento através de imagens e sem serviço de inteligência interno e externo, os presos não encontraram maiores dificuldades para executarem mais um plano de fuga.
Por duas vezes o Cadeião do Diabo que é bastante vulnerável, por não ter uma forte proteção frontal e facilidades nos acessos laterais e dos fundos, já registrou fatos semelhantes ao que ocorreu à noite passada. Um caminhão guincho chegou a arrebentar parte do portão frontal e um automóvel deslocou totalmente o mesmo portão da unidade prisional, mas as consequências foram pequenas nas duas oportunidades distintas.
Constantemente tenho chamado a atenção das autoridades para os graves problemas que estão ocorrendo dentro das unidades prisionais, principalmente da corrupção que envolve alguns diretores de unidades, todos devidamente escolhidos pelo secretário Sebastião Uchôa, pessoas terceirizadas e sem nenhuma experiência para o exercício de uma função bastante específica, muito além de apenas uma semana de palestras de autopromoção do instrutor como preparação técnica.
Os reflexos dos fatos registrados na semana passada na Penitenciária de Pedrinhas, que resultaram em um assassinato, as fugas facilitadas pela porta da frente de três assaltantes de bancos, envolvendo muito dinheiro e agora o caso do Cadeião do Diabo, tende a se espalhar pelas demais unidades, e não será surpresa se novos fatos vierem a ser registrados. A verdade é que a maioria dos detentos está fora das celas em quase todas as unidades e com facilidades para escavar túneis, construírem armas artesanais, receberem celulares, drogas, armasde fogo, munição, bebidas alcóolicas e articularem fugas e mortes. O Sistema Penitenciário está completamente falido e abandonado pelas instituições públicas que têm a responsabilidade do exercício da fiscalização e acompanhamento, o que proporciona a que seja na realidade um antro de corrupção e desmandos. É o retrato fiel do governo Roseana Sarney.