Lula não assina lei que cria Dia da Amizade Brasil-Israel e ela será promulgada pelo presidente do Congresso

O presidente Lula decidiu não sancionar a lei que cria o Dia da Amizade Brasil-Israel, aprovada pelo Congresso Nacional no fim de maio. Com a tramitação do projeto no Legislativo concluída, em 29 de maio, Lula tinha 15 dias úteis para assinar a sanção ao texto. O prazo terminou no último dia 20, sem a manifestação do petista ou do chefe da Casa Civil, ministro Rui Costa.

Como Lula ignorou a proposta, o texto segue automaticamente para ser promulgado pelo presidente do Congresso Nacional, o senador Davi Alcolumbre (União-AP). A decisão de Lula ocorre em meio à escalada da guerra no Oriente Médio, o que levou o petista a hostilizar Israel. Lula é declarado persona non grata no país após comparar a atuação israelense em Gaza com o genocídio dos judeus promovido por Adolf Hitler.

Diário do Poder

TCU investiga licitação de compra de insulina em dólar no Ministério da Saúde por Alexandre Padilha

Três meses após assumir, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, já coleciona escândalos, além do seu “orçamento secreto” que beneficia aliados. São dois contratos sob suspeita para adquirir insulina humana. Diz a denúncia ao Tribunal de Contas da União (TCU) que, em vez de contrato em reais, como determinava o edital do pregão 90104/24, a turma de Padilha o fez em dólares com uma GlobalX Technology Limited, registrada em Hong Kong. A manobra poderá custar até R$50 milhões a mais ao Brasil. O relator no TCU é o ministro Aroldo Cedraz.

Dólar a R$5,46?

O contrato do Ministério de Padilha utilizou a cotação de R$ 5,46 para a compra de 74,6 milhões de tubetes de insulina regular e NPH.

Somente em reais

Além da exigência do edital, o pregoeiro confirmou, em resposta a uma consulta no sistema Compras Gov, que tudo deveria ser em reais.

Eis a jogada

Os contratos em dólar (US$52.2 milhões cada, cerca de R$600 milhões) fazem o Ministério pagar valores superiores aos previstos na licitação.

Doce feriadão

A coluna pediu esclarecimentos ao Ministério da Saúde já na sexta (20), mas informaram que somente seria possível responder nesta terça, 24.

Coluna do Claudio Humberto

 

Mais um ex-assessor e delegado de confiança do ministro Alexandre de Moraes e hoje na Abin entra na mira da PF

A Polícia Federal indiciou José Fernando de Moraes Chuy, atual corregedor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), por três crimes ligados a uma suposta tentativa de interferir nas investigações da chamada “Abin Paralela”. Segundo o inquérito, Chuy, que é delegado da PF, teria atuado de maneira deliberada para desacreditar a ex-corregedora Lidiane Souza dos Santos, colaboradora da própria PF e da Controladoria-Geral da União (CGU) nas apurações. Antes de assumir o cargo na Abin, Chuy liderou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), período em que o ministro Alexandre de Moraes presidia o tribunal, pouco antes das eleições de 2022.

De acordo com as investigações concluídas recentemente, Chuy ainda ocupa posto de comando na Abin e teria promovido ações internas com o objetivo de minar a credibilidade de Lidiane. Entre as práticas atribuídas a ele está a elaboração e entrega de um “documento apócrifo”, que traria supostas acusações contra a ex-corregedora. O material teria sido entregue ao então diretor de Inteligência Policial da Abin, Leandro Almada da Costa, e ao coordenador-geral de Contrainteligência, Rafael Caldeira.

O encontro em que o dossiê foi apresentado teria sido convocado por Chuy sob o pretexto de tratar-se de um tema sensível e sigiloso. Para a PF, a atitude caracteriza uma “clara investida contra o curso da presente investigação”, especialmente por tentar introduzir elementos informais e não verificados no processo. Segundo o relatório da Polícia Federal, a estrutura da Corregedoria teria sido usada para compilar o dossiê com o objetivo explícito de intimidar e desqualificar o trabalho da ex-corregedora. A PF aponta que, após assumir o cargo, Chuy promoveu a troca completa da equipe do setor e reabriu processos antigos na tentativa de encontrar falhas atribuíveis a Lidiane.

Apesar de não possuir experiência anterior em correição federal, Chuy foi nomeado para o cargo por indicação do atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, logo após o término do mandato da ex-corregedora. Os investigadores destacam que a troca de comando foi acompanhada de ações classificadas como uma tentativa de “asfixiar” os trabalhos conduzidos por Lidiane, que até então haviam resultado em operações de busca, prisões e afastamentos de funcionários da agência. Com base nesses fatos, José Fernando de Moraes Chuy foi formalmente indiciado pelos crimes de obstrução de investigação envolvendo organização criminosa, prevaricação e coação no curso do processo.

Jornal da Cidade Online

 

Fogo destruiu 30 milhões de ha em 2024 superando média histórica em 62%. Maranhão teve a maior área queimada

Mais da metade das áreas queimadas foram na Amazônia e o Cerrado foi o bioma mais afetado, diz Mapbiomas. Em 2024, o Brasil registrou incêndios em uma área de 30 milhões de hectares, o equivalente a 3,5% do território nacional. Os dados são do Relatório Anual de Fogo (RAF), divulgado pelo MapBiomas, com base em imagens de satélite. O número representa um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Essa foi a segunda maior extensão que o fogo alcançou nos últimos 40 anos, ficando 62% acima da média para o período entre 1985 e 2024, como aponta o Mapbiomas.

O Cerrado foi o bioma mais afetado, concentrando 61% das áreas atingidas. Em seguida, vêm a Amazônia, com 20%, e o Pantanal, com 10%. O relatório aponta que 92% das queimadas ocorreram em áreas de vegetação nativa, o que acende um alerta sobre a conservação dos biomas.

Entre os estados, o Maranhão lidera o ranking com a maior área queimada, seguido por Tocantins, Pará, Bahia e Piauí. A análise do MapBiomas também mostra que a maior parte do fogo se concentra entre julho e outubro, período mais seco do ano. Apesar do impacto ambiental, o relatório destaca que mais de 94% dos focos de incêndio estão associados a atividades humanas, como uso do fogo na agricultura e na pecuária. A organização alerta para a necessidade de políticas públicas mais eficazes de prevenção e controle do fogo.

Diário do Poder

Ligado ao ministro Flávio Dino, Ricardo Cappelli gasta R$63 mil impulsionando ataques ao governador do DF

Braço direito de Flávio Dino, ataca Ibaneis em vídeos patrocinados, que podem ser de origem pública. O atual presidente de uma Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), cuja utilidade é desconhecida, Ricardo Cappelli (PSB) tem intensificado sua movimentação eleitoral com investimento pesado em redes sociais para atacar adversários como forma de tentar viabilizar sua candidatura. De acordo com dados da Meta, plataforma responsável pelo Instagram e Facebook, Cappelli desembolsou cerca de R$ 63 mil em impulsionamento de conteúdo entre os dias 20 de março e 17 de junho.

Entre os conteúdos patrocinados por Cappelli nas redes sociais incluem vídeos nos quais, o ex-interventor federal e braço-direito do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, direciona críticas à atual gestão do governador Ibaneis Rocha (MDB). Também há postagens impulsionadas sobre temas de apelo local, como a tentativa de privatização da Rodoviária do Plano Piloto, as mobilizações de professores da rede pública e a situação do Parque da Prainha, no Lago Sul.

Segundo especialistas ouvidos pelo Globo, embora não haja uma proibição expressa para esse tipo de impulsionamento durante o período pré-eleitoral, a Justiça Eleitoral pode interpretar gastos elevados como potencial abuso de poder econômico, ainda que, no caso de uma disputa para o governo estadual, o valor atual não seja considerado “absurdo”. Ainda assim, o uso intensivo dessas ferramentas tende a ser monitorado pelos órgãos de controle. Com o aval do PSB, Cappelli conta com o apoio do ex-governador Rodrigo Rollemberg.

Diário do Poder

 

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta vira garrafa de uísque em festa bancada por Lula, na Paraíba

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta participou neste sábado (21) de uma festa de São João patrocinada pelo governo Lula em São João de Patos, na Paraíba. O registro foi publicado nos stories do Instagram pelo humorista Renan da Resenha. A brincadeira começou com o também humorista Fabiano.

“Fabiano, mostre como é que dá um gole de uísque”, diz Renan Da Resenha, enquanto Motta serve um pouco da bebida no copo. “Não, dê o litro a ele”, diz o influenciador ao deputado. Depois, o presidente da Câmara entrega a garrafa para Fabiano. “Cuidado, cuidado”, diz Motta.

“Beba com cautela. Cautela. Não é moderação, não”, declara Fabiano antes de beber direto da garrafa. Na sequência, Motta faz o mesmo aos gritos de “aê”. “Eita, porra”, diz uma voz ao fundo. Motta dá risada.

Jornal da Cidade Online

 

Partido de Portugal, anuncia investigação contra Gilmar Mendes por influência, patrimônio e interesses no país

O deputado André Ventura do partido Chega, atualmente um dos, com maior representatividade em Portugal, anunciou nesta segunda-feira (23) que irá proceder uma investigação sobre ‘influência, patrimônio e rede de interesses’ do ministro Gilmar Mendes, no país. André Ventura alega que já recebeu milhares de denúncias e que a investigação será feita por conta própria do Chega.

Eis a publicação do parlamentar português no X:

“Depois de milhares de denúncias recebidas, o CHEGA irá fazer uma investigação própria à influência, patrimônio e rede de interesses do ministro do STF Gilmar Mendes, em Portugal. Todos sabemos que o Governo Lula e os seus amigos tiveram e ainda têm em Portugal um lote grande de amigos que lhes apara os golpes, mesmo tendo em conta a ditadura em que o Brasil está a se tornar. Esse tempo, no que depender do CHEGA, vai acabar.”

Jornal da Cidade Online

 

Revista Veja publica a nova “delação” de Mauro Cid: Alexandre de Moraes tem “raiva e ódio” de Bolsonaro.

Explosiva a reportagem da Revista Veja, publicada neste final de semana, sobre os diálogos trocados entre o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, e o advogado Eduardo Kuntz.

Transcrevemos:

“Em mensagens trocadas com o advogado Luiz Eduardo Kuntz por meio de uma rede social, o tenente-coronel Mauro Cid detalhou uma série de conversas que teriam sido mantidas entre o comandante do Exército, general Tomás Paiva, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

De acordo com Cid, foi o próprio chefe do Exército quem detalhou os diálogos a ele e ao pai dele, o general Mauro Lourena Cid. O general Tomás e o ministro do Supremo têm uma sabida boa relação. Apesar disso, interlocutores do comandante afirmam que ele jamais repassou à família Cid informações sobre o Supremo ou Moraes.

As conversas entre Kutz e Mauro Cid aconteceram entre janeiro e março de 2024 por meio do perfil no Instagram @gabrielar702, que supostamente pertencia à mulher do militar. À época, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro já havia firmado um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

Na última segunda-feira, 16, Kuntz anexou à investigação no Supremo sobre a tentativa de golpe, relatada por Moraes, a íntegra das conversas com Mauro Cid.

Bolsonaro ‘acabou com a vida dele’

Eduardo Kutz é responsável pela defesa do coronel Marcelo Câmara, que trabalhou com Cid na ajudância de ordens é também alvo de investigação do STF. Em um dos trechos, o advogado afirma que a prisão de seu cliente é uma ‘vergonha’ e tem como objetivo pressioná-lo a ‘tentar fazer com ele o que fizeram com você’.  Mauro Cid, então, afirma que ‘ele’, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, ‘não vai soltar tão cedo’. ‘Ele tem raiva e ódio… Ele acha que o Pr [presidente Jair Bolsonaro] acabou com a vida dele…’, respondeu.

Na sequência, o militar afirma: De onde veio essa informação: ‘CMT EB que conversou com ele e passou para o meu pai’, disse Cid, referindo-se ao comandante do Exército Brasileiro, Tomás Paiva. O militar também disse que o general Tomás e o pai dele ‘conversam sempre’.

O militar ainda concluiu que Moraes ‘vai querer acabar com a vida do Pr [ex-presidente Bolsonaro] e do entorno’. Marcelo Câmara é investigado, entre outras coisas, por monitorar o ministro Alexandre de Moraes depois das eleições de 2022.

‘Falo quando ele encontra’ o ministro

Em outro trecho, Mauro Cid é questionado se tem falado com mais alguém. ‘Com ninguém… Eu só falo com o CMT EB [general Tomás] quando ele encontra com o AM [Alexandre de Moraes]’, respondeu. O advogado então questiona se o comandante e Moraes têm se falado bastante e sobre uma suposta ordem do general de ‘mandar o Carmona [general que chefia o Comando Militar do Planalto] organizar os quartos’.  ‘Foi verdade… Quando eu estava preso… Eles já estavam preparando para o Pr [ex-presidente Bolsonaro]’, respondeu o militar.

Ressentimento com o chefe do Exército

Demonstrando um certo ressentimento, Cid também escreveu que o general Arruda, antecessor de Tomás Paiva na chefia do Exército, ‘nunca deixaria eu ser preso’. Em outro trecho, afirma que pediu para seu pai não falar com o chefe do Exército sobre a promoção a coronel, uma das ambições do Cid mesmo após as investigações, porque não ia se ‘rebaixar’. ‘Mas uma coisa é certa… O General Tomás, que já não tem apoio na força, vai perder tudo de vez’, afirma.”

Jornal da Cidade Online

Preços abusivos de hospedagem em Belém, assustam organizadores da ‘pré-COP30,’ reunidos na Alemanha

Os preços astronômicos de hospedagem em Belém (PA) durante a realização da COP30 causaram espanto e dominaram as discussões na Conferência do Clima de Bonn, na Alemanha, espécie de “pré-COP” para discutir a infraestrutura da sede do encontro oficial, em novembro. Hotéis de duas estrelas cobram até R$80 mil por duas semanas de estadia. Um membro de delegação encontrou um quarto de pousada por R$170 mil e casas para alugar por temporada nos milhões de reais.

Choque geral

“Uma semana não sai por menos de R$30 mil” aponta a advogada ambientalista Samanta Pineda, que participou do encontro em Bonn.

Dor no bolso

“As delegações estão achando um absurdo,” revela Pineda. O governo brasileiro jurou, em Bonn, que “haverá hospedagem para todo mundo”.

Outro mundo

Há casas em Belém anunciadas no Booking.com por R$2 milhões para a temporada e apartamentos com diárias entre R$100 mil e R$200 mil.

Passagens

As passagens aéreas ainda não sofreram o mesmo aumento de preços que hotéis em Belém, mas o trecho de São Paulo já custa R$1,2 mil.

Coluna do Claudio Humberto

 

O desastroso governo Lula: Retrocesso, falta de credibilidade e crise institucional e moral

O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, iniciado sob o lema de “reconstrução nacional”, rapidamente perdeu a credibilidade, retrocesso e crise institucional. A figura do Lula que um dia mobilizou as massas parece hoje deslocado, encobrindo um governo em crise, moralmente desgastado e politicamente incoerente. Já não se trata de debate ideológico até setores historicamente simpáticos ao petismo reconhecem: o Brasil vive um colapso de liderança, de ideias e de prioridades.

A retórica da justiça social sucumbiu ao pragmatismo de gabinete. A política econômica, travestida de responsabilidade, preserva os lucros recordes dos bancos enquanto penaliza quem vive do salário. Os juros altos estrangulam o consumo, a inflação esvazia o carrinho do mercado, e a reforma tributária, longe de ser o avanço prometido, ameaça ampliar a desigualdade sob a sombra de uma burocracia cada vez mais hostil ao pequeno empreendedor. O resultado é um paradoxo cruel: enquanto os grandes bancos celebram, o povo aperta o cinto. Lula, outrora símbolo da luta popular, hoje governa como fiador das elites que jurava combater. É uma inversão simbólica que define o fracasso moral do projeto petista.

No exterior, o Brasil voltou sim, mas como motivo de perplexidade. Lula coleciona declarações desastrosas: relativizou a escravidão, igualou agressor e vítima na guerra da Ucrânia, desdenhou democracias ocidentais e elogiou regimes autoritários. A política externa “ativa e altiva” virou, na prática, reativa e atabalhoada. A imagem do Brasil, construída com esforço durante décadas, está sendo comprometida por improvisos e uma retórica desconectada das exigências diplomáticas contemporâneas. Num mundo em conflito, o país precisava de liderança. O que temos é um presidente que fala mais do que entende e entende menos do que deveria.

A coalizão de esquerda que deu sustentação ao retorno do PT ao poder está em frangalhos. Os movimentos sociais foram engolidos pela máquina estatal, silenciados por cargos ou ignorados pela lógica centralizadora do Planalto. A militância digital, antes engajada, hoje ironiza o governo que ajudou a eleger. A taxação de importados, o abandono de pautas ambientais e o distanciamento de agendas progressistas evidenciam a desconexão crescente entre o discurso e a prática. Há, no ar, um sentimento de traição. Lula voltou ao poder prometendo justiça e diálogo, mas governa como se estivesse sitiado mais próximo de bancos e caciques partidários do que da sociedade civil que o sustentou nas urnas.

Os números divulgados pelo governo não traduzem a realidade das ruas. O PIB rasteja, o desemprego “oficial” ignora o exército de subempregados, e a inflação da cesta básica corrói o salário mínimo com eficiência matemática. O dólar dispara, o arroz vira símbolo da crise, e a solução do governo é taxar a classe média consumidora de plataformas internacionais, como se isso resolvesse um desequilíbrio estrutural. Enquanto isso, bilhões são despejados em crédito subsidiado, emendas parlamentares e favores setoriais. A lógica é clara: alimentar a base fisiológica no Congresso, mesmo que à custa da sustentabilidade fiscal e da confiança do setor produtivo.

O discurso da transparência naufragou. Há sigilos inexplicáveis, escândalos abafados, e práticas antigas recicladas sob nova embalagem. O caso do INSS e dos consignados, com envolvimento de sindicatos, parlamentares e a máquina estatal, é um sintoma grave: indica que o velho Brasil clientelista, opaco, instrumentalizado voltou com força. Promessas feitas em palanque se dissolvem na prática: o pobre voltou a ser taxado, o Congresso voltou a mandar, e o discurso de “governar para o povo” virou uma sombra retórica. A gestão Lula 3, até aqui, parece ser menos um governo e mais uma coalizão de conveniências que se equilibra sobre um castelo de areia política.

O governo Lula caminha para entrar na história como um governo sem projetos e sem rumo. Um governo que perdeu a conexão com o presente, que traiu o seu passado e que não oferece perspectiva de futuro. A reconstrução prometida se converteu em estagnação; o estadista em declínio.

Carlos Arouck

Policial federal. É formado em Direito e Administração de Empresas.